57. Aventuras á espera

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         Dois anos depois Wen já tinha idade o suficiente para ser um garotão da mamãe e ajudar com seus irmãos, enquanto isso pela manhã Ruby já está calçando seus velhos sapatos de couro e amarrando os cardaços.

—Bom dia Capitã. —cumprimenta Nathaniel passando perto dela.

—É tão bom ouvir essa frase de novo. —responde ela e Nathaniel da um sorrisinho.

—Sem dúvidas Capitã, aliás Hikari está uma fera. —diz ele e ela estranha.

—Porque?

          E então ele puxa o máximo de ar e solta.

—Hikari está reclamando que Anne está crescendo muito rápido e eu não estou lá.

—E qual é o problema? Tem sido bem mais presente do que eu com as crianças. —responde ela e ele desvia o olhar.

—É, mas não é o suficiente Ruby. Ainda mais agora que voltamos para nossa antiga vida. —responde ele e ela ri trazendo atenção do mesmo curioso.

—Antiga já tá morta, agora tem uma manada de filhos por aqui. —responde ela—E eu preciso ver Wen, preciso incentiva-lo a se defender. Com licença. —diz ela e ele chama-a.

—Ruby, Ruby! —diz Nathaniel.

—Sim?

—Você não acha que está muito cedo para isso? —pergunta ele.

—Nathaniel já passou da hora, aqui mesmo é muito perigoso para ele se ele não souber se defender. —responde ela —E de qualquer forma, precisamos refazer o treinamento básico. —emenda ela e ele assente um sim até que ambos tomam rumos diferentes.

             Ruby vai a uns dos gabinetes e abre a porta encontrando seu filho de pé vendo o mar pela pequena janelinha.

—E aí filhão? —pergunta ela e a criança se vira para ela empolgado.

—Isso é demais! Então você herdou esse navio do vovô? —perguntou ele e ela ri se sentando no beliche percebendo que era o mesmo que dormia na sua infância.

—Por incrível que pareça, conseguiram recuperar. —diz ela olhando ao redor.

—Você dormiu aqui? —perguntou ele.

—Toda a minha infância e quase toda adolescência, quando me casei e foi passado a pose passei a dormir no sub-capitao até o vovô sair, depois comecei a dormir com o seu pai no qual durmo hoje.

—O de capitão. —diz ele admirado e ela dá um sorrisinho toda boba.

—Sim.

—Mamãe aquele homem era o meu pai? —pergunta Wen e Ruby se assusta com a pergunta repetina.

—Quem?

—O da floresta, vocês estavam muitos próximos. —específica ele e ela fica quieta.

                      Ruby demora um tempo para formular uma pergunta até que volta sua atenção a Wen e finalmente responde.

—Você vai saber, no momento certo. — diz ela e se levanta da cama indo em direção ao corredor.

—Isso é injusto! — rebate ele enquanto ela simplesmente segue seu rumo.

—Nem adianta fazer birra! — responde e continua seu caminho sem nem olhar para trás.

—Além de mão de vaca é injusta. — resmunga ele e ela volta para a porta.

—Mão de vaca era o seu avô e eu não sou injusta! — responde ela apontando o dedo indicador para ele—E eu nem sei porque estou discutindo com uma criança que julga tudo o que eu faço. 

—Eu sou seu filho! — rebate ele com os braços cruzados.

—Então aja como um, não como uma criança birrenta. — rebate ela furiosa saindo aos passos pesados passando como um vento ao lado de Nathaniel que ia para o lado oposto.

—O que aconteceu? — pergunta ele desacelerando os passos e para olhando de frente para ela que ao contrário dela não parou e continuou de costas.

—Wen e suas perguntas. — responde curta e abre a porta que dava para o "terréo" do navio que fecha em seguida.

—Nem vou me meter, porque sei que não é para me meter. — diz ele e prossegue seu caminho balançando a cabeça de um lado para o outro como se essa ideia fosse um bicho que ele queria tirar.

                  Pelo outro lado lá estava a Capitã no mastro.

—Como você sabe navegar? — pergunta Samantha do lado dela.

—Aprendi. — responde curta enquanto o sol está entardecendo.

                 As horas passavam rapido, assim como a paciencia da Ruby.

—Certo. — diz ela hesitando— E oque você fazia antes de ser capitã do navio e engravidar do Wen? — pergunta ela e Ruby muda sua atenção para a garota.

—Está me interrogando em pleno mar? 

—Só estou curiosa. — diz ela.

—Curiosa uma ova, olha aqui o... — e não da tempo de ela terminar antes que Nathaniel segure a ruiva para que não faça nada que se arrependa depois.

—Ruby acho que precisa descansar, não está sendo muito disposta hoje. — diz ele enquanto segura ela que se debate um pouco.

—Tanto faz, parem de me fazer perguntas por hoje. — responde ela se soltando dele e saindo dali.

—Oque aconteceu? — pergunta Samantha.

—Acho que Wen perguntou sobre o Mike. — diz ele e não estava errado.

—Morgan é dificil mesmo, mas não tenho dúvidas que Wen tenha puxado isso. Ruby vai nos matar.— responde ela e Nathaniel olha assustado.

—Estamos fritos.

— Eu estava brincando. — diz ela e ele pôe suas mãos no ombro de Samantha.

—Não isso, é aquilo surgindo no mar. — mostra ele virando ela para trás.

                 Havia alguma coisa surgindo no mar ao leste do sol se pondo, como se estivesse decidido sua rota e alvo. Lembrando ele da seguinte tragédia há anos. Felismente, Samantha entendeu o recado e compartihou do mesmo sentimento enquanto botava a mão no resto tentando ter uma visão mais ampla da coisa.

—Precisamos avisar a Ruby. — diz ele e ela assente.

—Eu vou correndo avisa-lá, cuide-se. — responde ela e faz exatamente o que diz.

                Enquanto isso Ruby estava no seu gabinete, tocando nas coisas e velhos moveis tentando resgatar lembranças. Aquelas que Mike Morgan prometeu que faria-as, infelizmente sua memoria a resgate foi interroupida com Samantha gritando seu nome e simplesmente quase arrombou a porta ao entrar.

—Temos uma emergência. — diz ela e Ruby se apavora e põe o objeto que estava em sua mão no lugar na mesa.

—Me mostre. — responde determinada.

                  Infelizmente, acho que podemos concordar que não precisaria só de determinação para este momento, mas sim, a coragem que ela tanto arrumou durante os anos e o sangue que sempre quis derramar estaria em suas mãos em breve.

        

A Capitã e o pirata [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora