16. Uma pista para à verdade III

36 9 79
                                    


Não demorou muito, mas o suficiente para Ruby repletir-se e trançar um plano novo até o destino desejado. Mesmo com o remorso em seu coração, ela sabia que não podia deixar aquilo afetar-se tanto, pelo menos não agora. Ela tiraria à limpo todo este suspense, todo este drama e toda essa coisa ansiosa que havia dentro de si. Hoje, ela resolveria as questoes deixadas no passado, hoje ela iria tentar por fim seguir em frente. Livrar-se de si e amar outro alguém, nem que seja preciso ser outra pessoa. Ela ia, não ela precissa e necessitava disto. Ela tinha a total consciência que não conseguiria cuidar de uma criança sozinha, principalmente porquê ela mesmo tendo ou não um novo marido ou rapaz em sua vida, ela teria que voltar para o mar, para a sua mãe.

Seu destino sempre foi este, a água sempre foi seu único refúgio, e talvez, sua morte também.

-Chegamos. - disse ele agora com a voz um pouco normal, ronca e tal.

Mas Ruby não deu bola, pelo contrário admirou o seu redor. O local sem dúvida aparecia pobre, mas também atraente de um forma. A fonte jorrava água como qualquer fonte, apensar de aparecer velha e cheia de fuligens em suas pedras, ela estava em um bom estado. As casas todas eram naqueles contrastes de preto, marrom, branco e cinza. Algumas tinham mato guardado em paredes como se a vegetação quissese tomar a casa para si, como as ervas daninhas da fonte. Tudo aparecia simples e calmo, se eles pudessem deixar ela ao menos pensar assim.

-Elioton! - gritou uma mãe correndo atrás de uma criança loira que passou como um vulto.

-Ah então, o senhor Adrien é tão lindo. - disse uma adolescente com roupas simples mas estilosa.

-Nem me diga, dizem que ele é rico. - afirmou a outra garota estrelaçada em seus braços.

Ruby não consegue acompanhar à fofoca pela carroça mas, meio que isso não tinha importância, já que ela nem poderia os pés ali outra vez. Não sentia necessidade nenhuma em tentar descobrir aquela coisa ao seu redor, ela só tinha um propósito. Apenas um. E ela iria cumprir. Porém, diriamos que o ar daquele lugar não fosse "tão" perfeito assim.

-Atchin! - espirrou ela.

-Ah, desculpe. Esqueci do quanto a fumaça pode fazer a gente espirrar, venho tantas vezes aqui que eu até me acustumei. - disse ele vasculhando os bolsos- Toma. - ofereceu ele um lenço.

Ela podia muito bem aguentar um arzinho assim, mas estava grávida, então não valia a pena correr este risco. Ela aceitou gentilmente o lenço e pós em seu rosto, impedindo a fumaça de adestrar mais afundo.

Eles viraram a direita, depois a esquerda, adestram novamente a esquerda, à direita e ultrapassa uma curva esquisita e mais imunda que as outras, para em seguida parar num hotel. Não era nada luxuoso, nem tão chique ou fino, aparecia mais um refúgio do que um hotel. Mas, vai se lá saber. Jake saltou da carroça e deu os arreios ao menino que estava a espera deles, ofereceu a mão a ruiva para descer que aceitou sem mais e nem menos, pousando a mão em baixo da barriga como se tivesse carregando-o ela realmente estava cansada.

-Espere um pouco. - pediu ele subindo na carroça e pegando duas malas de mão e um cobertor.

-Para que isto? - perguntou ela se referindo ao cobertor.

-Acredite em mim, você vai me agradecer depois. - disse ele e começara a entrar no hotel.

Como era de esperar, nada luxuoso ou divino, tudo era simples e até entendiante, mas pelo menos não seria por muito tempo. Ruby alcançou logo depois, carregar um bebê não é tao fácil assim que você pensa. Quando ela chegou finalmente alcançando-o que aparecia ter sido uma eternidade, Jake terminará de conversar com a moça recepcionista pelo quarto. Ela achando que podia ter um breve descanso, estava enganada.

-Venha. - disse ele e ela o acompanhou, pelo menos até ver onde isso ia dar- O que foi? - perguntou ele subindo dois degrais da escadaria.

Ela tossiu para chamar sua atençao e gesticulou para a barriga.

-É serio? - perguntou ela.

-Se eu pudesse te carregar eu te carregaria mais isso aqui não rola. - murmurou ele referindo-se as tralhas na mão- Segure-se em mim, assim não cansará muito e ajudará a equilibrar-se. - ofereceu ele.

A ruiva revira os olhos, mas aceita como se não tivesse opçao. (Porque ela realmente não tinha).

-Isso, um passo de cada vez. - disse ele à incentivando mas ela apenas o olhou emburrada com aquela cara de quem podia te socar.

-Eu não sou uma criançinha de 5 anos e muito menos uma idosa! Não me faça te derrubar escadaria à baixo. - ameaçou ela irritada.

Humor de grávida.

-Não ta mais aqui quem falou. - retrucou ele em defesa.

Eles chegaram depois de quase meia hora para subir no andar desejado, porque segundo andar? Quando chegaram no quarto 243 Jake despejou as bagagens no chão e pediu para a ruiva segurar o cobertor enquanto ele abria à porta. Em seguida pegou tudo de volta e deixou ela passar, se apoiando nas coisas pelas dificuldades.

-Só não vai parir aqui. - brincou ele ainda com um sorriso nos lábios e ela deu um olhar daquele que estava à um pouquinho de estrangula-ló.

-Até parece que eu iria parir aqui, é só negócios nada de crianças. - retrucou ela.

-Nada de crianças. - repetiu ele com um sorriso travesso.

-Mal posso esperar para dormir. - disse ela assim que avistou à cama.

-Espere. - disse ele tirando os lençóis, roupa de cama e o edredom bagunçado deixando Ruby sem entender nada.

Jake substituiu pelos lençois novos encontrados num armario, e deslizou o cobertor de forma suave e impressionante com a delicadeza.

-Para quê tudo isso? - perguntou ela curiosa.

-Você acha mesmo que eu ia deixar você dormir naquelas coisas imundas? Pessoas que vem aqui trasam etc? - perguntou ele sério deixando Ruby um pouco alarmante.

-Nossa, nem percebi isto. Estou tão cansada. - disse ela botando a mão na testa como se segurasse para não cair.

Jake passou delicadamente para o lado dela, pegou sua mao e a acariciou.

-E é por isso mesmo que eu não queria que você viesse, Kalamanta não é o melhor lugar para grávidas. - disse ele ajudando-a a sentar na cama e deslizar aos poucos pelos cobertores e se aconchegar.

-Obrigada. - agradeceu ela- Por mais que eu seja cabeça dura e teimosa. - disse a última parte fazendo-o rir.

-E é por isso que eu quero você. - disse ele cravando os olhos nelas.

Não foi impressão, mas ela via Mike um pouco mais adulto em Jake. O mesmo cuidado, a mesma itimidade, o mesmo amor... Será que podia existir dois deles no mesmo tempo?

-Vou acertar umas coisas. -disse ele se desfazendo do encanto- enquanto isso podes descansar em paz. - comentou ele tirando o chapéu boné e colocando-o de volta num ajuste melhor.

Como Ruby não tinha mais nada o que dizer de volta, então ele saiu.

A Capitã e o pirata [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora