33. Verdades ou Falsas mentiras?

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Acordei por William outra vez, a mesma rotina de sempre. Enquanto amamentava pensava sobre este caos que rodeava minha vida, o problema era eu? Se eu estivesse morrido antes nada disso aconteceria não é? Então porque eu sobrevivi? Pensava sem parar com esses demais pensamentos, até ouvir William se afogar.

-Merda. - xinguei baixinho e fiz ele de desafogar, dando um sorrisinho travesso cheio de covas- Seu bagunçeiro. - falei deitando-o ao meu lado, pensei que iria chorar ou resmungar mais apenas me olhava com atenção.

Acariciei seu rostinho e continuei observando o comportamento incomum, pelo o que eu sabia bebês eram agitados. Larguei essa ideia de lado e curti meu momento com William, peguei-o e levei para passear outra vez. Não sabia por que mais havia algo nele que sentia atração pelo desconhecido, talvez seria outro eu em uma aparência idêntica ao meu amor. Então percebo que William não tem nada meu visível, exceto uma mesma marca que eu no pescoço. Então sinto o tempo parar e minha cabeça rodar por informação, e se ele for outro amaldiçoado? E se tivermos o mesmo destino? Eu sei o que me reserva, ou pelo menos acho. Mais não quero que William sofra pelo oque terei que pagar, não quero que o mundo envolva mais sofrimento do que ele já tem. Determinada a buscar mais respostas, dei a criança a Samantha que estava em casa, William pela volta estava feliz entao nao reclamou.

-Onde vai? - pergunta ela.

-Dar uma volta. -menti indo rumo a cidade.

As perguntas sem respostas voltaram, mais eu as enganei pois eu sabia que poderia ter mais fonte se encontrasse ela, Morgana. Possivelmente estaria na curadeira então fui para lá, mas demorou mais do que eu pensava sem Jake para me levar meio que apareci perdida. Mais continuei e avistei a casa ao longe, bingo. Assim que eu percebi eu já estava lá com a criada, me guiando a uns dos corredores que só agora que percebi eles estão meio que... sujos e desgatados, como eu não percebi isso antes? Penso mais não tenho muito tempo para formular uma resposta. Longo a criada para e olha para mim de um jeito doce e delicado mas seu sorriso aparecia de um psicopata.

-Deixamos apenas meia-hora por visitante, espero que seja o suficiente. - fala ela e some.

Estranho a maneira como ela aparece uma boneca de porcelana ainda maníaca, desfaço esses pensamentos quando vejo Morgana em seu estado frágil. Me agacho ao seu lado do leito, e faço carinho pelos os cabelos. Ela aparecia uma princesa com aquela pele branca e bem jovial, só que aí que eu lembrei. Ela está voltando para sua forma, sem consciência. Isso me dá um alerta mais do que suficiente para olhar para os lados e ver que não havia ninguém. Suspirei fundo e sussurrei no seu ouvido, sem sucesso. Me sentindo uma total fracassada, sentei na cadeira ao seu lado. Eu não fui a única que veio aqui pelo visto... Sento ao perceber que isso é muito estranho, se Samantha não estivesse sempre comigo eu até deixaria de lado mais não. Observei ao seu redor, tudo aparecia tão limpo e novo. Verifiquei o seu lado direito e percebi algo estranho, um pedaço de papel. Ao tira-lo de lá me arrependi profundamente de ter lido: "Eu te encontrei, nao pense que iram se safar isso é so o começo :)" A carta me deixa sem chão, como um pedaço de papel pode arruinar uma vida? Se eu não estivesse tanto medo do outro lado do desconhecido deste universo, provavelmente jogaria fora esse papel e me despediria de Morgana indo para casa feliz para dar notícia a Samantha. Mais isso é completamente diferente do esperado. Fiquei mais um tempo aflita e hesitante, guardei o papel comigo e obseevei Morgana dormindo como una princesa sem preocupações. o quao desesperada estou? Me pergunto avaliando minhas opções, de 0 a 10 provavelmente seria um belo de um 9. Não entendo esse universo maluco que Samantha me disse, não entendo os meus sonhos idiotas que surgem e vão, muito menos porque isso acontece tudo em minha volta. Eu sou o problema? O que eu conheço até então foi uma farsa? O pior ainda vai piorar? Desde quando eu cai nisso? Nessa emboscada sem solução? Eu estou cansada e esgotada, como isso pode acontecer envolvendo todas as pessoas queridas minhas? Por que tem que ser eu? Por que não outra? Por que eu fui poupada? Ao me perder em tantos "por ques" sem respostas não senti a mão da enfermeira -criada que me guiou até aqui fazer este pequeno gesto. Estranhei mais logo me dei conta, "Está na hora de ir." alertou ela e mais nada, fui saindo sozinha da curadeira mais não sei observar cada detalhe. Será que isso surge até aqui? e se tiver outra pista? Continuo formulando milhares de perguntas sem fim, algo aqui tem que ter além da carta estúpida. Penso mais não encontro nada, antes que posso fazer qualquer movimento suspeito saio. Alguém aqui deve ter, mais quem? Continuo a pensar sem parar, pode ser a mesma pessoa que ateou fogo na pousada? São um batalhão? Que guerra é essa? E que mundo é este? Tudo isso estava me deixando paranoica. Chega, eu não vou pensar mais nisso! Decido irritada no meio de do caminho eu avisto um navio ao longe, acho que não saio tanto por isso, por saudade.
Mais de repente vejo os cidadãos se alinharam perto da costa animados, principalmente as crianças. Era um navio de pesca? Penso me aproximando da costa e espanto ao conseguir distinguir o símbolo da bandeira ao longe, a mesma madeira, a mesma cor, o mesmo navio. E tudo oque eu puxe fazer era sorrir e me debater no meio daquela multidão a fim de ver se era o que eu estava pensando. Meu coração pulava e palpitava sem parar, mais entao eu me lembrei do que haviamos combinados... Mesmo dopada naquele dia eu havia escutado, so nao queria que fosse tao cedo...

A Capitã e o pirata [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora