26. O relógio da vida

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"Tik- tak", "tik-tak". O som que me assombrava continuava a tocar, Morgana fazer a irmã voltar a vida mais uns minutos e ela estaria perdida.E isso me deixava péssima, fazendo o barulho repetino do relógio martelar na minha cabeça, mas o inesperado aconteceu.

-Saia. - exigi fazendo Morgana reagir exatamente como foi pedido, meu corpo... o que está acontecendo? Eu não sei nada de medicina!

Era como se fosse uma pessoa me manipulando, eu cheguei mais perto do corpo quase-morto, toquei em sua pele me trazendo um arrepio outra sensação estranha. Eu já havia caído em cima, ou ser posta de baixo de corpos mortos mas isso foi diferente porquê... havia vibração?!

-Samantha, fala comigo. - pedi e comecei a tocar em várias partes de seu corpo, como se estivesse resgatando a energia há pouco- Saiam, preciso de espaço. - rosnei para eles, não era eu que estava controlando o meu corpo... - 1,2. 1,2. - contei a cada segundo tentando fazer ela voltar a respirar e então ela acordou-se como estivesse em um pesadelo.

Pus minhas mãos atrás de suas costas inclinando-a para frente permitindo respirar, foi um susto... E dos grandes.

-Samantha! - abraçou-a Morgana com delicadeza chorando em seu ombro.

Ouvi elas sussurrei algo, nas não entendi e então Morgana respondeu carinhosamente para ela.

-Isso não importa, você está de volta. - respondeu a mais velha com um olhar de ternura e amor.

Enquanto eu estava olhando as duas não percebi o braço musculoso livre de Jake me puxar para um abraço.

-Você foi bem, ela vai sobreviver. - consolou Jake com o pequeno William no colo- Mas não posso garantir que esse garotinho não fique com fome. - lembrou-a do pequeno William fazendo Ruby rir e pegar seu pequenino.

-Quem está com fome? - brincou ela com o bebê- É você é? Então vamos papar. - disse ela indo para frente da casa branca com detalhes azuis, ja que estava em seu interno da casa da curadeira.

Ruby levou seu pequeno a varanda, onde tinha um banquinho de madeira perfeito para amamentar. Quando pôs seu pequenino a se alimentar Jake surgiu admirando o pequenino mamando e quase dormindo.

-Esse aí vai dar trabalho. - brincou ele esboçando um sorriso gentil.

-Concerteza. - respondeu ela brincando com o pé de William- Acho que vai ter a mãe para puxar isso. - respondeu ela um pouco profunda fazendo com que mostrasse o real problema.

Não demorou muito para Jake perceber, saindo do encosto da porta e se sentar ao lado dela. E ficou olhando para um lugar vago em sua direção, como se estivesse se preparando para ouvir o que viria a seguir.

-Você nunca o superou não é mesmo? E nem irá. - falou ele como se lesse seus pensamentos- Seu coração só pertencem à um, e já sabemos quem. - completou ele tentando não deixar se levar pela emoção.

-Você está certo. - admitiu ela após um tempo- Mas isso não significa que eu não te ame. - responde ela encarando seus lindos olhos que apareciam aguentar o choro- Eu posso não ser mais a mesma, - e ela arrumou o cabelo dele num toque gentil- e por mais que eu não consiga amar-lhe como eu o amei, eu ainda sinto algo por ele Jake. Mas você também está crescendo dentro de mim. - Admitiu ela fazendo-o deixar escorrer as lágrimas, como alívio e felicidade.

-Você não sabe o quanto isso significa para mim. - respondeu ele secando as lágrimas- Obrigado, por confiar em mim. Prometo ser o homem que eu te prometi, e... - então ela o cortou.

-Um passo de cada vez lembra? - repreendeu ela sorrindo de lado e então ele também retribuiu o sorriso.

-Não acredito que você se lembra ainda disso. - riu-se ele.

-Como não? - perguntou ela sorrindo- Me dizia o tempo todo quando ficava estressada ou emotiva demais, até mesmo quando eu teimava em dizer que ia sim, buscar a lenha e cinco minutos desistia por conta da barriga. - riu-se ela ao lembrar dos momentos.

-Ou quando você queimou-se tentando fritar a carne. - lembrou ele e mais umas das tardes malucas com uma pessoa maluquinha.

-Eu era realmente fogo não é? - perguntou ela o óbvio e eles caíram na risada.

Ruby olhou para o pequeno William que já estava dormindo, arrumou-se e ao levantar Jake ergue os braços para receber a criança.

-Obrigada Jake, você é um bom homem. - elogiou ela antes de entrar para dentro deixando os a sós.

Fazendo Jake repensar sobre a conversa deles enquanto Ruby saia de seu alcance.

* * *

-Então você acha mesmo? - pergunta Samantha curiosa conversando com sua irmã quando Ruby chega elas param de conversar imediatamente.

-Podem continuar, não queria atrapalhar. - Diz Ruby envergonhada a flor da pele.

-Está tudo bem já terminamos. - responde Morgana se levantando e se encaminhando a Ruby- Olha, muito obrigada pelo o que você fez por mim e pela Samantha. Fico eternamente grata, a curadeira falou que só mais vinte e quatro horas e já podemos sair e largar essas preocupações. - alerta Morgana sobre os avisos- E... Como você conseguiu fazer isso? - perguntou ela.

-Ah... não foi nada eu...eu, aprendi com o Doutor da nossa tripulação. Eu sou quase inunde as doenças. - menti ela Morgana desconfia mas não implica.

-Mesmo assim, obrigada. E perdão pelo incômodo. - Diz Morgana.

-Foi um prazer tê-la conosco, ficaria feliz em ter vocês novamente. Afinal, somos como uma família. - tenta ajudar sua situação, mais suas mãos nervosas lhe entrega facilmente.

Morgana da um sorrisinho de lado.

-Não precisa se preocupar, nós ficaremos bem. Na noite anterior antes de eu vir encontrei uma pousada perto de vocês. Não ficaremos muito longe, e sei que você deseja descanso ainda mais com seu pequenino. - relaxa Morgana.

-Tem certeza? Temos alguns colchões de sobra ainda... - antes que Ruby pudesse terminar Morgana a interroupe.

-Ficaremos bem Ruby, obrigada. - agradece com gentileza.

-Então as vejo na pousada? - pergunta Ruby com uma feição cansada.

-Concerteza, passaremos na tua casa pela manhã. - Marca a mais velha fazendo um carinho gentil em Samantha.

Ruby confirma e começa a sair, mas não sem olhar para trás. Havia algo que à deixava inquieta, como se houvesse algum mau em deixá-las daquele jeito. Mentiu para si mesma murmurando que seria apenas um sentimento ruim, mas arrependeu-se horas depois...

A Capitã e o pirata [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora