A Capitã e o pirata [Volume 1]

36. Aliados I

Ruby ri de uma maneira leve que faz o coração de Haruki se suavizar, já que sabia que ela estava sofrendo muito por ve-los naquele estado. No momento Haruki pega William que logo dá uma risada e brinca enquanto Ruby se levanta e vai para o seu quarto buscar roupas folgadas que dê em Haruki, provavelmente algo de Mike.

-Achei umas coisas do Mike, não tenho certeza que vai caber já que... -ela se corta ao ver Haruki prestar atenção de um jeito inocente.

-Porque me tornei mais gato? - retruca ele brincando fazendo ela rir e jogar as roupas nele.

Ruby pega o pequeno William enquanto Samantha se aproxima com a sopa, logo entra a curadeira e aqueles dois que saíram mais cedo. A velha aproxima-se do rapaz, examina-o fazendo Ruby ficar tensa. Samantha da uma volta com William e o grandalhão que os acompanhou Ruby dispensa com um obrigado, enquanto o magricelo permanece ali fazendo ela ficar pensando. Meio indignada, ela leva o rapaz para fora para conversarem.

-Por que você não vai com seus amigos? - pergunta ela.

-Não são meus amigos e já faz um tempo Sra. Stevens, eu queria saber se tenho chances em entrar em sua tripulação. - diz o rapaz e Ruby pensa.

-Tem treinamento?

-Não senhora. - responde obediente.

-Você começará assim dentro de uma semana, se certifique de vir todas as segundas feiras. - diz ela e quando está prestes a entrar ele chama-a.

-Espere, eu não tenho para onde ir. - fala de uma maneira desesperada 3 Ruby volta sem dizer nada e o manda entrar calada.

O rapaz volta para dentro junto com ela, Haruki a olha com dúvida sobre o que o rapaz ainda faz ali enquanto temos o prisioneiro.

-Vigie este rapaz por enquanto. - ordena ela ao garoto que faz exatamente oque ela pede enquanto ela chega mais para perto de Haruki.

A curadeira estava na mesa anotando coisas enquanto Natah tossia algumas vezes.

-O que esta acontecendo? - pergunta preocupada.

-Ela injetou algo para dor e desidratação fez o tomar agua mas, muita mesmo. - responde Haruki.

-Ele comeu pelo menos?

-Ela não falou nada por enquanto, está apenas observando, fazendo e escrevendo. - fala ele.

A curadeira logo dá o papel que escreveu para Ruby e aponta ao paciente deitado, se encaminha para sair quando Ruby a chama.

-E Morgana? - pergunta e a velha volta para olhar com uma expressão assustada- Saiba que amanhã iremos tira-la de lá se não apresentar nenhuma melhora dona Ovim, não acredito em seus métodos mais acho bom que estejam certos. - fala se aproximando da velha de uma maneira intimidador fazendo a baixinha engolir em seco.

-E-e-está, b-b-e-em. - responde a velha gaguejando e sai sem mais nem menos.

Ruby fecha a porta com cara emburrada seus punhos estão abrindo e fechando enquanto ela confere a suposta receita.

-O que foi? -pergunta Haruki e Ruby vira o rosto para o lado se contendo de raiva.

-É uma farsa, mataram a curadeira aquele cretino filho da puta. - fala ela se referindo ao capitão da farsa- Ou sequestraram a velha ou está entre os corpos mortos, precisamos tomar uma ação urgente. E começamos por Morgana. - emenda ela.

-Quem é Morgana? -pergunta Haruki.

-Você vai entender quando Samantha explicar. - disse ela e olha ao pirralho amarrado.

Caminha até ele com passos curtos mais cheio de ódio.

-Você tem duas opções, me servir e sobreviver ou morrer já que sabe informações demais. - propõe ela.

-Você não teria coragem de matar um inocente. - argumenta ele e ela solta sua risada de psicopata.

-Rapazinho, eu matei toda minha tripulação possuída. Isso que aqueles que restaram, vi pessoas morrerem na minha frente desde pequena. Então acha que sua vida insignificante vai mudar algo para mim? - pergunta rude- O máximo que você pode fazer é me servir para sobreviver, se parar de ser uma ameaça e jurar promessa do que foi feito aqui talvez possa viver uma vida depois digna. - supõe ela- Ou simplesmente se nega e morre hoje mesmo. - sugere por fim.

O rapaz fica assustado com suas palavras, pensa um pouco e olha para ela buscando em seus olhos alguma pista para revanche... Mas nada encontra.

-Eu aceito. - diz por fim.

-Ótimo, seu parceiro é este outro frouxo aqui. -informa ela ao rapaz recém-tripulante- Você está responsável por este garoto encrenca, se algo acontecer a responsabilidade é completamente sua. - emenda ela ao garoto ao lado.

-Sim senhora. - fala ele apensar de nervoso, obedece.

-Quais são os seus nomes? - pergunta por fim tirando a corda que mantia preso o garoto encrenca.

-Robert. - fala o que estava sendo libertado das cordas.

-Elvin. - diz o outro atento a todos movimentos do liberto.

-Muito bem, agora preciso que vocês fiquem aqui ou melhor, cuidem deste homem aqui. - aponta ao Natah- Enquanto eu saio e volto em breve, alimente-o com sopa e o hidratam sempre que puderem faze-lo tomar e comer. - diz ela e toca o dedo indicador em Elvin em seu peito em forma de "culpa"- Você está no controle da situação por enquanto, considere-se um homem morto se algo acontecer com o meu irmão. -diz ela em raiva contida- Todos vocês na verdade. - aponta incluindo Robert.

Eles entendem o recado fazendo Ruby chamar Haruki com o dedo para irem para fora onde iam direto para a curadeira. Haruki até tentou falar com ela, recusar mais sabia que não estava em condições. E então decidiu observar a mesma, que se mantia mais bela e madura. A maternidade fez seu corpo amadurecer junto com si mesma, quando ela citou eles como família seus olhos brilharam tanto e com a voz firme que mostrou que no final este tempo todo Ruby ainda pensava neles, cuidava deles mesmo de longe. E ele estava feliz por isso, ao ponto de não tirar o sorrisinho besta.

-Do quê tanto sorri? - pergunta ela também abrindo um meio sorriso.

-Nada e Ruby... Obrigado. - fala ele de um jeito sincero que aparece que quebra todas as barreiras da mesma.

-Por quê você está falando isso de repente? - pergunta.

-Nada demais, está é a casa da curadeira? - pergunta ele ao avistar a casinha branca longe.

-Sim.

-Aparece uma casa mau-assombrada. -respondeu ele.

-Você nem espera por ver lá dentro. - responde ela e os passos ficam mais intensos.