Fui para a casa fervendo de pensamentos, este só podia ser mais uns dos avisos. Nathan já deve estar desconfiados com as coisas, provavelmente dado o nosso tempo juntos ele estaria pesquisando tudo sobre isso e em breve estaria aqui fazendo as mesmas perguntas que estou fazendo. Preciso de respostas, e urgente. Pensei. Voltei para casa com fôlego fazendo Samantha assustar-se e perguntar sobre o meu estado.
-O que aconteceu? - perguntou ela assustada.
William ainda nao tinha chegado.
-Problemas. - respondi jogando o jornal na mesa fazendo ela pegar e ler enquanto estou emocionalmente nervosa com as maos na cintura e ao mesmo tempo secando o suor da testa.
- Isso é... - disse ela tentando encontrar as palavras depois de ler.
-Imprevissivel. - falei tirandos as palavras que ela quis dizer e virei para ela- Seja o que for estar acontecendo, está indo rapido demais. - falei tensa.
-Como você pode tirar isso? Deve ser so questão de sorte. - falou ela tentando abrir um sorriso tranquilo.
-Não, não é sorte. - resmunguei- Isso é uma lenda de mil e quatrocentos anos atrás, Joshua Bardeman de Oz descobriu bestas raras que engoliam tesouros do fundo do navio e depois que matavam achavam as pilhas de ouros e outras riquezas. - expliquei- Mas não há nada de normal, estas bestas nao "comiam" isso, eles "produziam" pelo proprio corpo. Porem em menos de cem anos eles foram existintos tanto pela coroa tanto pelos piratas, na qual é o império de hoje. Elas deviam estar mortas. -falei- Durantes todos esses anos, além de sumir mais de 70% de riquezas, sumiu todo o perigo que essas bestas monstruosas causavam. Primeiro elas atraiam outros mosntros, andavam em grupos de tres e ainda por cima eram quase o dobro dos navios da monarquia. Morriam milhoes de pessoas por anos, seja pirata, seja do imperio, seja as pessoas que moravam nas costas e proximas do mar. Isso só pode dizer uma coisa...- deixo ela completar.
-Magia, - completou como se entendesse.
-Exatamente, e se aquela foi a primeira... haverá mais, muito mais. - respondi tensa, aquelas era as pragas que eu queria que nunca estivessem existio para inico de conversa- O povo nao sabe do perigo que elas são, sabem somente das riquezas. Isso vai causar muitas mortes do que sobreviventes. - digo quase como uma general.
-E o que devemos fazer? - perguntou ela aflita.
Dei uma volta na mesa e me sentei de frente para ela, ergui a xicara de chá e dei uma bebiricada enquanto deixava ela impaciente.
-Esperar. - falei calma tomando mais uma vez um gole e fechando os olhos para a cena a seguir.
-Esperar?! Você acabou de dizer que elas são a especie mais perigosa que ja existiu e que são tão perigosos quanto oque lidamos em segredo, como assim esperar?! - pergunta explodindo de raiva.
-Você entenderia se fosse capitã. - respondi calma e seria sem olhar para ela pois nao estava afim de ver sua raiva em mim.
-Você não está no navio Ruby! - lembrou ela.
-Exatamente por isso. - respondi e so entao olhei para ela- Não há nada para fazermos em terra firme, portanto espere. - falei e continuei a bebericar o chá ate que estava bom.
-Como voce pode ficar calma com isso? - pergunta ela se sentando tambem.
-Simples, eu sei o capitão que esta no comando. Ele é mais merecedor da minha confiança do que pensa, e nós combinamos mais do que todos saibam. - esclareci.
-E que planos são esses? - perguntou ela.
-Nada demais, você vai entender quando eles chegarem. - respondi outra vez.
-Eles quem? - perguntou ela curiosa.
-O meu bando. - respondi levantando da mesa em direção ao quarto, William já chorava por minha ausencia- Oh meu bebê, desculpa a mamae ta? - falei com uma voz fofinha e William parou de chorar para dar um sorriso de covas, igual Mike fazia quando me via.
Dei ao pequeno de mama, troquei-o e decidi dar uma volta com meu pequeno. Quero deixar William explorar com seus olhos o mundo bom agora, pois em breve. Terá que aprender a se virar nesse mar de sangue, e talvez eu nao estarei lá. Respirei fundo, nao posso deixar este medo pelo futuro atrapalhar o momento meu e do meu filho. Este momento será só nosso, e ninguem podera tirar isso. Levei William ao fundo do quintal, mostrei as arvores e seus formatos de folhas diferente. Expliquei como era e sua textura, como se ele púdesse entender tudo isso mas valia a pena ver o sorriso e os olhos curiosos ao olhar cada planta, cada formato de folha, cada espécie. Até uma borboleta resolveu aparecer e pousar no nariz de William na qual eu ri muito e convidei a borboleta ficar no meu dedo indicador. William amava tudo e eu so podia ficar cada vez mais sastifeita dos olhos curiosos dele, por fim antes de voltarmos levei-o a cidade para a dona da pousada ve-lo e algumas mocinhas que me ajudaram na gestação e sempre que me viam pediam para traze-lo um dia para elas verem-o. Todos amaram-o e brincaram, cantaram, pegaram no colo e conversaram com o meu pequeno. E so entao quando a dona da pousada pegou William e levou a um canto para mostrar ao seu marido Jasper, eu vi Mike outra vez. Lá estava ele perto do piano dando um sorriso travesso, de repente ele aponta para a dona da pousava fazendo eu olha-lá que vinha em minha dirção outra vez com o bebê William feliz quando voltei a olhar outra vez só havia o piano. Nada de Mike outra vez, tentei disfarçar esse vazio que me traz e forçei um sorriso por William.
-Quem quer vir com a mamãe? - perguntei e William tentava mexer as maozinhas em sinal para pega-lo, rimos juntas e peguei meu homenzinho.
-Ele é uma graça Ruby, devia trazer ele mais vezes. - sugeriu a dona.
-Concerteza, esse homenzinho precisa explorar muito. - falei olhando para ele e senti ela me olhar com uma expressão de julgamento, mas nao durou muito pois agradeci e em seguida sai com meu pequeno.
A noite depois de William dormir aquela imagem de Mike na pousava ficou martelando sobre minha cabeça, ele estava com um traje aparecido com o do menino mais cedo e aparecia mais maduro, além de aparecer que envelheu um pouco. Isso estava me deixando louca, e não era somente eu que o via. Isso me fez perguntar o que será que Samantha viu quando falou que não queria dormir pois Mike estava nele? Será que isso seria só uma ilusão nossa? Uma distração? Neguei tentando dormi, quebras- cabeças tambem servem para me quebrar. Resmunguei ate cair no sono, e isso nao durou muito.
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A Capitã e o pirata [Volume 1]
ActionUma garota é treinada desde cedo quando é órfã, um capitão ríspido a recrutou e adotou junto com outras crianças, o tempo passa e essa garota não é mais criança logo seguindo e trilhando sua própria jornada, o único problema é que sua felicidade já...