A Capitã e o pirata [Volume 1]

44. Membro novo?

-Isso é sério? - pergunta Kan com um rosto assustado mais feliz.

-Sim!! - exclama a ruiva e ele a pega pela cintura rodopiando um pouco.

            E logo Kan muda seu foco para Wen, e meio que balança o menino para frente e para trás não muito exagerado. 

-Você vai ter um irmão ou uma irmã Wen! E agora cara?! - pergunta ele repleto de felicidade e o rosto do menino se ilumina como uma lampada com ideias.

-Posso ver? Onde ele ou ela está?! - pergunta o mesmo e Lidy ri.

-Só vocês dois mesmo. - diz contendo os risos e sente o abraço da cunhada.

-Ai Lidy estou tão feliz por você! Você não tem ideia. - fala a mais velha e logo Samantha da um abraço coletivo nas duas.

-To começando a achar que vou ter que virar parteira. - Resmunga Soraya/Samantha e a irmã ri.

-Nem vem, dá ultima vez faltou só você desmaiar. - retruca Ruby e Hikari/Morgana fazendo-a rir mais ainda.

-Você quase quebrou os meus ossos! - resmunga a outra.

-Você quase me deixou surda! - retruca Lidy/Ruby.

-Tabom, deixa a menina deixa. - diz Nathan/Nathaniel, pondo sua mão no ombro da ruiva fazendo o velho truque de pare.

-Vamos dar uma volta pessoal?  -Pergunta Kan.

-Vamos! - responde Lidy e seus cabelos ruivos balançam de acordo com o movimento alegre dela.

-Não to muito bem para caminhar hoje, mas podemos cuidar do Wen até vocês voltarem. Afinal, a casa é ao lado. - diz Hikari.

-Exatamente, cuidamos daqui enquanto vocês saiem. - complementa Nathaniel.

-Bom eu preciso ir, mais te vejo amanhã. - responde Kaio/Haruki.

-Tudo bem, Wen! - chama Kan e a criança aparece correndo- Não de trabalho ok? Eu e a sua mãe já voltamos logo. - diz o mesmo e a criança da um joinha com as mãos e corre pelo corredor.

                       Em seguida Lidy e Kan sai da casa de mãos dadas pela vila, eles acabam se distraindo e chegam perto de uma propriedade antiga. 

-Ei. - chama a ruiva e aponta para a placa que dizia " Cuidado, cão bravo." 

                    Kan balançou a cabeça negativamente e deu um sorriso de lado.

-Besteira, to vendo nenhum cachorro aqui. Deve ter sido há tempos! - diz ele e no mesmo instante um cachorro surge nas sombras devagar atrás de Kan.

                  Lidy aponta o dedo para a direção do cachorro fazendo Kan olhar para trás e voltar a olhar para ela.

-Ta amarrado, deixa de ser medrosa. - responde ele.

-Kan, uma coisa que eu não sou é isso mas, tu já viu o tamanho da coisa? - pergunta.

-Eu já disse, deve estar amarrado. O animal não é louco de vir para cima da gente do nada! - exclama ele.

-TÁ AMARRADO É O CACETE, TA LOUCO O SUFICIENTE PARA TÁ SOLTO! CORRE DESGRAÇADO DA MISERA!!!! -grita ela correndo e quando ele vê o cachorro quase que perto o suficiente para dar uma mordida de tubarão, ele sai aos berros correndo também.

             Depois de eles correrem até não verem mais o cachorro, eles param perto de algumas arvorés resgatando o folêgo.

-Idiota. -resmunga ela e ele ri.

-Pelo menos eu não morri. - retruca aos risos.

-E é isso que eu chamo de sortudo. - diz ela e ele ri.

             O passeio depois em todo o resto foi bom, eles conversam sobre seus planos, as coisas, mas Lidy sentia um sentimento estranho e incerto. Ela estava com medo de algo, mas não sabia de quê.

-O que houve meu amor? - pergunta ele pondo umas das mechas ruivas para trás da orelha dela.

-Nada. - responde ela meia distante.

             Kan respira fundo e deita no gramado, enquanto ela ainda continua sentada ao seu lado.

-E lá vem bomba. -resmunga ele e ela se vira para olha-lo.

-Como assim lá vem bomba? -pergunta ela o encarando.

-Tem alguma coisa te incomodando e você não vai me contar denovo. -retruca ele e ela revira os olhos.

-Foi uma vez só! E você tinha me beijado enquanto eu ainda não estava bem para isso! -argumenta ela e o semblante dele endurece.

-Eu nunca quis me aproveitar de você! Eu só queria que me incluísse também na sua vida. -responde ele- Porque mesmo que estejamos casados eu estou mais distante do que o que morreu!

-Kan, você não está fazendo isso comigo. - resmunga ela deixando cair algumas lágrimas enquanto seu rosto de enfurece de raiva-Você sabe muito bem porque estamos aqui e não é justo comigo Kan, se fosse você no meu lugar? - pergunta ela.

-Eu já estive no seu lugar Ruby e nunca deixei de lhe ama-lá. - responde ele numa tranquilidade de paz, logo em seguida enxurga as lágrimas insistentes de Ruby.

              Acaricia a bochecha da mesma por um tempo, a troca de olhares nunca mais significou que milhares de palavras ditas antes, o amor em seu olhar sempre permaneceu ali...O coração também. Quando ela achava que ele ia beijá-la, ele sorriu e se levantou, indo a algum lugar sem rumo, deixando-a sozinha na luz do luar. Ela podia sofrer, mas nunca entenderia a dor dele que passa frequentemente e despercebida por todos. Até os mais legais e pacientes sofrem, mesmo que se demonstrem ser mais fortes.
                 Ruby umedece o lábios, estava frio e tinha esquecido de como vieram. A garota pega o casaco que Kan deixou por sem querer e se agasalha em seguida, se arrumando de uma forma confortável perto das árvores. O perigo podia vir, mas seu sono não. As palavras de Kan deixava sua mente desperta, o que ele tanto sofreu que ela não fez nenhuma ideia, isso sempre passou despercebido e isso a agoniou. Será que ela realmente o conhece? ou apenas fragrâncias dele? ele sempre foi sincero o tempo todo? ou realmente queria se aproveitar da fragilidade dela? aquilo a deixou muito confusa e pensativa. Quando deu conta por si, acabou adormecendo naquele frio no meio das árvores.
                A única coisa que foi deixada foi o casaco e como se fosse a sua vida, ela adormeceu com o mesmo em si, agarrada garantindo que não a roubariam. Só que ninguém sabia que ela estava sendo protegida por um alguém que poderia ser mais uns dos seus inimigos, só que de todos eles...Esse a vigia o tempo todo...