19. A dor da minha vida

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-Ruby? - disse ele pasmo ao olhar a criança ao seu lado, Ruby apertou a mão da criança sem querer.

-Jake, o que faz aqui acordado? Eu disse que... - e é interropida por ele, não que isso não fosse ruim já que ela estava quase gaguejando de nervosa.

-Eu ia já te procurar. - disse serevo mas por trás nervoso- Quem é está criança? É sua outra filha? - referiu-se à Samantha com certa raiva por achar que ela estava mentindo para ele este tempo todo.

-Jake. Não é o que você ta pensando. - disse ela se aproximando- Vamos lá em cima, eu te conto tudo. - murmurou ela.

Ele mesmo estando com raiva ou certo ódio, à seguiu. Pois ele a amava mas, também queria tirar à limpo aquela história. Quando chegaram lá em cima depois de todos os três entrarem Ruby fechou a porta e cadeou.

-Samantha você pode me ajudar à guardar minhas coisas? - perguntou Ruby e a menor fez um sim e foi para o quarto organizar deixando Jake e Ruby sozinhos.

-Olha não temos tempo Jake, preciso leva-lá sã e salva para o vilarejo. Conseguiu fechar as vendas? - perguntou ela direta.

-Sim eu consegui sim, mas você quer partir hoje? - perguntou confuso.

-Precisamos, se tivessemos muito tempo eu te explicaria tudo agora mas não há! Precisamos sair de Kalamanta antes do sol levantar-se. Precisamos ser rápidos. - reforçou ela indo para o quarto ver o que Samantha já fez e Jake vai logo atrás.

-Me diga pelo menos de quem é a menina. - disse ele logo atrás.

-O nome dela é Samantha, e ela tem 9 anos. - disse ela virando-se para ficar de frente para ele e de um jeito ameaçador, como se estivesse protegendo-a.

-Tá, mais eu estava me referindo aos pais da criança. Se não é sua... - e é interropido.

-Estou fazendo um favor Jake, ela precisa de ajuda. O pai dela sei lá o que pode fazer com ela, dar à caras velhos ou espanca-lá até a morte por quase nenhum motivo! - disse ela irritada- Ela é irmã dele... E eu vou protege-lá como se fosse minha. - concluiu ela fazendo ele sacar tudo.

-Certo, te espero lá. - disse ele tendo novamente aquela mania de arrumar o boné antes de sair.

Ruby se aproximou da menina e se agachou um pouco se apoiando as mãos nos joelhos para equilibrar. A garota estava de joelhos na cama dobrando algumas peças bagunçadas e uns itens sendo guardados.

-Escute, preciso que me ajude à descer. Precisamos ir com Jake até o vilarejo, você ficará mais segura se partir conosco de madrugada. Está perto das dez horas da noite, todos já devem estar se arrumando para descansar, partiremos logo. - disse Ruby ao terminar se levantar e a criança logo em seguida fechando a mala de Ruby e a dela pronta para carregar até Ruby interferir- Minha mala eu levo, meu obstáculo é aquelas malditas escadas. - resmungou ela fazendo careta para a porta fazendo pela primeira vez à menina sorrir pelo jeito de Ruby. Enchendo o coraçao dela de alegria e uma sensaçao nova.

-Vamos. - conclui a menina dando a mao a Ruby, abrindo a porta e atravessando aqueles obstáculos que Ruby tanto fazia careta, Samantha também se segurava para não abusar das caretas de Ruby, achando que ela ia ficar brava mas pelo contrário, o que a Ruby mais queria alem de sair dali era ver um sorriso naquele rosto doce da menina. E assim que Ruby desceu o último degrau ambas comemoraram de um jeito baixinho, engraçado e sem chamar muita atenção. Elas adestraram hotel a fora depois de deixar a chave e uns trocados na bancada, saíram em direção a floresta bem disfarçadas, onde Jake estaria à espera delas.

Quando elas finalmente encontraram à carroça Ruby jogou suas coisas no espaço que adoraria estar para dormir, pediu as de Samantha jogando ao lado da sua e com pouco esforço se sentou ao lado de Jake e Samantha logo subiu se sentando ao lado de Ruby. À viagem seria muito longa, todos estavam ansiosos, preocupados e por fim com medo. A conversa que teve com à irma mais velha de Mike ou Meki Morgan seja lá como deve chama-lo agora, lhe alertou sobre o pai.

O rosto aflito, com medo e com certa dor, deixou Ruby sem o que fazer. Mas sabia, que levar Samantha consigo era à melhor opçao no momento, porém, lhe partia ter que deixar à mais velha para trás. Por Que tanto medo? Por que a sociedade tinha que ser assim? Ela era forçada à fazer serviços contra seu gosto? Ela aparecia um filhote de gato com medo diante de um cão, mas, tudo tem um motivo. Mas este provavelmente este não era bom.

Olhei para o rosto angelical de Samantha, como um monstro poderia bater em seus filhos? Por mais que nós piratas lutassem etc. John nunca bateu em mim ou em meus irmãos, por mais travessos que pudessemos ser. E, Samantha não tinha nada de errado, por quê? Por Que querer fazer uma maldade destas? Eu apenas queria saber o porquê de tanta pergunta e poucas respostas, este "por quê?" está me deixando louca.

Mas parando para observar, Mike tinha à mesma cicatriz no pulso como Samantha, cortado horizontal. Aquilo aparecia sensível, fui tocar seu pulso e segurar sua mao foi como se ela levasse um choque, recolheu na hora e levantou os olhos para mim.

-Desculpe, me dê sua mao? Queria descansar um pouco, mas não consigo pregar os olhos. - mentiu ela mas com um pouco de verdade.

A garota botou sua mao sobre de Ruby que acolheu-a e aqueceu a mao suave da garota. Foi quando por fim, permitiu-se dormir com segurança. Ela não se importava com a posição ou como ou onde, ela apenas precisava fechar os olhos e descansar.

* * *

-Mike! - dizia à Ruby alegre e o agarrando pela cintura.

O mesmo usava uma camisa de botão com os três primeiros abertos e gemeu baixinho resmungando de algo.

-O que houve meu bem? - perguntou ela prestando atençao em seus movimentos.

-Nada querida, tem vezes que o corpo ganha de você. - omitiu ele.

Vi a chave de fenda em sua mão, aparecia que tinha levado um choque em alguma parte da região dos braços. Mas só agora notará com mais atenção à mesma marca no pulso esquerdo de Mike, indentico com o de Samantha.

-O que vamos fazer agora minha ruiva? - perguntou ele largando os equipamentos e posicionando as duas mãos na cintura de Ruby que dava o encaixe perfeito, ela botou as mãos acima dos ombros dele também e deu um sorriso fasteiro.

Depois disso as falas, os barulhos, o cenário se desmanchava aos poucos fazendo ela não entender o motivo disto até quê...

A Capitã e o pirata [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora