Mil e Uma Noite (Simoraya)

Mágoas Difíceis de Curar

NO CAPÍTULO ANTERIOR DE MIL E UMA NOITE:

=Soraya: -O que foi? Fala alguma coisa meu amor.

~Disse em risos cutucando Simone.

~A morena saiu de seu transe olhando para a loira, que tinha um sorriso aberto em seus lábios. Simone respirou fundo, e fitando bem nos olhos de Soraya com seu semblante firme.

=Simone: -Eu não pretendo me casar, e muito menos ter filhos, Soraya.

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE:

~Soraya ficou em um completo estado de choque, ela estava estática e ao mesmo tempo perplexa, perguntando para si mesma em seu subconsciente, como assim não queria se casar e ter filhos? Por quê ela não queria isso? Será que era por minha causa? Ou por medo de não ser uma boa mãe? Ou talvez não gostasse da ideia de se casar? De qualquer maneira foi o ela disse, e pelo visto, não pensava no futuro como Soraya pensava todos os dias, que poderia acordar casada com a mulher que ama ao seu lado, e enquanto estavam na cama e acordando sua amada com beijinhos em seu rosto, os filhos das duas mulheres chegariam no quarto deitando na cama ao lado delas, e começariam aquela manhã ensolarada com gostosas gargalhadas acompanhadas de muito amor e carinho.

~Era o que Soraya pensava, até acordar de seu sonho e perceber que tudo aquilo não era real, e que estava apenas imaginando simples cenas que para Simone, nunca iria acontecer.

~Ainda se conseguir assimilar ou apenas dizer uma palavra, Soraya ainda estava de pé com seu semblante confuso, e ao mesmo tempo sisuda, ela não se sentia bem, na verdade, ela nunca se sentia bem, quando algo lhe atingia bem do coração, e aquilo doeu nela como um tiro acertando bem no peito, perfurando seus sentimentos inválidos, pelo menos era o que ela pensava.

=Soraya: -C-Como assim? Como assim você não quer se casar? Como assim não quer ter filhos? Do que você está falando?

~Disse com a voz um pouco mais elevada para entender se aquilo poderia ser uma brincando de Simone, mas para o seu azar a morena não estava rindo.

=Simone: -Ouve um tempo que eu queria sim me casar, ter filhos, formar uma família, mas...percebi que as coisas não são bem o que nós pensamos, tenho absoluta certeza que se casarmos nosso amor ficará arruinado, e eu tenho receio disso, tenho receio porque vejo muitos casamentos não darem certo e terminar em divórcio, e eu não quero isso pra mim, não quero isso pra gente.

~Falou ainda firme, encarando Soraya no fundo de seus olhos.

=Soraya: -Simone, se esses casamentos foram arruinados isso não tem nada haver com a gente, assim como alguns casamentos acabam em divórcio, outros dão certo e vivem felizes até ao último suspiro da vida, e é isso que eu quero passar com você, quero ficar o resto da minha vida ao seu lado, casada com você.

~Disse com a voz trêmula, se segurando para não chorar, pois seu rosto já estava marejando.

=Simone: -Eu quero ficar com você, Soraya, quero estar com você todos os dias da minha vida, mas eu não quero casar, não quero que nosso amor acabe, eu quero apenas você! Também não quero ter filhos, porque já não tenho mais idade para ser mãe, e não saberia cuidar de um. Eu nunca pensei nesse tipo de futuro pra gente, eu pensava em eu e você, com uma linda casa de campo, só nós duas em um lugar isolado da humanidade, pois ninguém iria interferir a nossa bolha. Só existe eu e você no nosso mundo mágico, e eu não quero que acabe, ou que as coisas comecem a piorar e sair do controle.

~Tentou se explicar com calma. Soraya levou sua mão até seu estômago, como se um forte pisão tivesse acertado em cheio seu intestino.

=Soraya: -Você pensa assim, mas eu não, eu nunca pensei assim como você, eu pensei em nosso futuro casadas, com a casa cheia de crianças correndo pelos cantos, você ajudando nosso filho com o dever de casa, enquanto eu ajudava nossa princesinha a se arrumar, fazendo traças no cabelo dela. Você ia ajudar eles a pintar o desenho de arte, e eles acabavam sujando você de tinta, e você sujava eles também, até que eu aparecia para dar uns sermões em vocês, devido a bagunça que estavam fazendo, e vocês se juntaram em um complô para me sujarem de tinta também, e então eu sujava vocês, dávamos gostosas gargalhadas com a brincadeira em família.