Capítulo 16

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O dia de ontem estava perfeito até me encontrar com o Bergman, aquele homem é imprevisível, impossível e insuportável. Ele se acha a última bolacha do pacote, convencido para cacete.

As aulas foram um saco, não prestei atenção em 95% delas. Tive que resumir o julgamento e tal, conseguia ver o Herman me fuzilar com os olhos, durante a aula, com medo que saísse qualquer besteira da minha boca, principalmente quando os colegas perguntavam como foi sair com o docente. Saí da sala e avisei para Luísa que ela me encontraria na cafeteria ao lado da faculdade.

Agora cá estou eu, sentada e encarando o garçom que não para de sorrir para mim, parece até que está fazendo propaganda de pasta de dente. Arqueio minha sombracelha e o olho fixamente. Ele é moreno deve ter 1,82m de altura, têm os físicos fortes, seus olhos verdes como o jardim verdejante. Ele se aproxima e, eu reviro os olhos.

- Katarina, tudo bem?

- Como sabe meu nome?- Pergunto franzindo o cenho.

- Nós somos colegas, sou Aylan, eu sento bem na sua atrás.

- Ahhh, oi.- Falo dando um sorriso envergonhado.- Desculpe, eu não costumo olhar as pessoas de vez em quando. Você trabalha aqui?- Falo trocando de assunto.

- Sim, ele é do meu tio. Faço um trabalho aqui, para poder pagar as contas.

- Wau, isso é muito... Bonito.

- O que vai pedir? Saiba que é por conta da casa.- Falou sorrindo.

- Aí, não abusa, porque eu irei pedir tudo que há nessa cafeteria. Hummmm, me traga tudo que tem esse cardápio.- Vejo ele arregalar os olhos e, eu caio na risada.- É brincadeira, vou querer um hambúrguer e um sumo de manga, de preferência natural, se houver. Mas se não houver, aceito aquele...

- É pra já. Você deu sorte porque as frutas estão fresquinhas.- Falou indo e esbarrou com o Herman, que o olhou de cara amarrada.- Opha, me desculpa, com licença.

Herman puxa a cadeira para a Luísa poder se sentar, achei fofo o seu gesto e dou um pequeno sorriso. Ele puxa a cadeira e se senta. Os dois ficam se encarando enquanto o Aylan veio com a minha refeição, perguntei a eles se não queriam nada e disseram que estavam bem assim!
Agora cá estou eu, comendo meu lanche enquanto os dois se comunicam através da telepatia, dou algumas risadas por conta disso, pois é muito engraçado, Herman cosa a cabeça e Luísa roe as unhas. Mamãe dizia que o silêncio é o melhor amigo da reflexão, mas é irritante para quem não quer refletir, o lanche estava uma delícia, era de comer rezando, mas o silêncio dos dois era constrangedor, sei lá, eles me chamaram para que eu ficasse olhando eles se comunicarem com telepatia igual as crianças da profecia da novela Caminhos do Coração ( Os Mutantes). Respiro fundo e decido quebrar o silêncio.

- Então, vão ficar se comunicando através da telepatia. Estou curiosa para saber porquê me chamaram.

- Bom, Katarina. Queremos falar acerca do dia do julgamento.- Faço um sinal para que ele continue.- Julgo que você tenha visto, algumas coisas acontecerem entre eu e Luísa.

- Vi, e como vi! Mas tudo bem. Eu sei que vocês tem um caso, namoro ou algo do tipo. Mas fiquem calmos. Não irei contar a ninguém! Prometo, promessa de dedinho e tudo.

- Obrigada pela compreensão. Eu e o Herman somos namorados.- Formou-se um O na boca do Aylan, ele vinha com a minha sobremesa.

- Bom, aqui sua sobremesa. Com licença. E o meu número, como você me pediu. Para podermos nos comunicar acerca do trabalho.

- Espera, Aylan! Isso é para você também. Fica de bico fechado.- Falou Luísa o olhando torto.

- Olha aqui, burguesinha, se quer saber não me intrometo na vida de quem não me interessa, não faz diferença na minha vida, e muito menos paga minhas contas.- Falou Aylan.

- Ah, cala boca! Eu sei bem que você não superou o nosso término.- Falou Luísa dando uma risada.

- Com licença Katarina, até amanhã.- Falou Aylan indo embora e Luísa bufando com a boca.

- Bom, eu também já vou, já deu na minha hora. Até amanhã.

Me despeço do Aylan e vou
embora. Deixo o casal ali, falando Bla Bla e tal! Caminho vagarosamente, e pego um táxi, digo o lugar onde vou e ele dá partida. Pago e desço duas quadras antes, não sei porquê, mas queria caminhar um pouco, como havia chovido a alguns dias atrás, a rua estava encharcada, sei lá, queria andar e ponto. Estava andando de bobeira, bolando um plano para poder ir a casa dos Petson's, algo me diz que aquele lugar esconde muitas coisas. Tenho que começar a manter o contacto com o Gabriel e Daniel. Andava tudo muito bem, quando de repente, um carro passa em alta velocidade e coloca água suja em mim, o carro reduz a velocidade e anda vagarosamente. Olho atentamente na placa e logo vejo que é do Will, me viro e pego numa pedra. Miro no espelho de trás, não sabia se aquilo ia chegar mas tentei, quando oiço o barulho do vidro se quebrar e ele gritar furiosamente. Me sinto vitoriosa por isso, Will não tem respeito e muito menos falta de consideração. Estava suja, ensopada e porca, quem teria prejuízos seria ele, o vidro daquele carro deve custar um dedo meu.
Chego na casa e abro o portão, pensei em entrar pela área de serviço, mas nem ligo! Percebo que os Petson's estão aqui e o carro do Will também. Eita vai dar merda. Toco na campainha e logo a porta abre-se, Will me pega pelo braço bem bravo por sinal.

- Essa lacraia, partiu o vidro do meu carro. Yuri.- Falou Will irritado.

- E, você me despejou com água suja.

- E daí, você poderia pelo menos ter me xingado e não ter atirado uma pedra.

- Olha só como você me deixou, eu pareço uma mendiga.

- É isso que você é, uma mendiga, ferrapada, sem teto, insignificante, você merece viver tudo que passou de no...

- CHEGA! CALA BOCA WILL.- Falou Yuri, irritado.- Não quero que você repita isso nem fudendo.

- Quero que você termine, o que falou, vai fala.- Falo com um nó na garganta.- Fala, me diz.- Falo me derubando no chão e deixando a dor me consumir.

- Não fica assim, vêm cá.- Falou Gabriel pegando na minha mão.- Não quero que fique assim.

- Porquê você fez a minha titia chorar?- Perguntou a Sófia, descendo as escadas.

- Foi ela quem começou.- Falou Will de braços cruzados.

Não quis falar com ninguém, levei minhas coisas e fui até ao quarto, tirei as roupas e coloquei nas roupas sujas. Vou ao banheiro e encho a água na hidromassagem. Entro e fico ali por umas duas horas, saio do banheiro coberta pela toalha, vou ao closet e visto uma camisa e um calção. Me deito na cama e pego um livro qualquer. Passei o dia todo no quarto. Não saí durante o dia. Não quis ver ninguém então decidi ficar no meu canto. Estava assistindo TV, quando senti meus corpo todo pesar, a visão ficar turva e eu adormecer.

Mais um capítulo, votem e votem. Desculpem pelos erros ortográficos. Beijos.

Doçuras de PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora