Capítulo 13

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* 1 de Agosto – Castelo de Leeds*

Nico convocou uma reunião com os semideuses e com os bruxos.

- Harry – disse Nico – Eu sei que não é o melhor momento, mas este assunto não pode ser adiado por muito tempo. Durante estes dias eu estive conversando com meu pai sobre a natureza de sua cicatriz e como você sobreviveu à maldição da morte. Ele disse que não foi apenas o amor de sua mãe que o salvou, mas também a sua linhagem.

Harry gelou. O dia anterior fora o melhor dia de sua vida. Claro que isso não podia durar muito tempo.

- O que quer dizer? – pergunto ele e sem perceber, apertou a mão de Gina, que estava ao seu lado.

- Você conhece a história dos Três irmãos? – perguntou o filho de Hades.

- Você quer dizer aquele conto de um dos livros que tinha no meu antigo berçário? – pergunta o rapaz de olhos verdes – Eu o li semana passada, queria saber as histórias que teria crescido ouvindo se nada tivesse acontecido. O que tem ele?

- Os irmãos são seus ancestrais, mas diferente do que a história infantil diz, eles não desafiaram a morte. Eles eram filhos de Tanatos, o deus da morte, com uma bruxa. As relíquias foram presenteadas a eles por seu pai.

Todos ficaram em silêncio por um bom tempo. Todos os bruxos estavam de olhos arregalados e até mesmo os heróis do Olimpo estavam espantados.

Harry sentiu que iria passar mal.

- Você quer dizer que eu sou descendente da morte?

- Sim – disse o filho de Hades – seu ancestral direto é Ignoto, o mais novo dos irmãos e o único que conseguiu viver até a idade avançada e passou a capa para o filho mais velho. O mais velho, Antioqua, morreu primeiro, ele se sacrificou em uma batalha contra um monstro para salvar os seus irmãos. A varinha foi enterrada com ele, mas seu tumulo foi roubado. O do meio, Cadmo, usou a pedra com muita frequência para conversar com sua amada, o que o deixava muito cansado. Ele também frequentemente viajava pelas sombras para visitá-la no mundo inferior. Um dia ele usou mais energia do que tinha e acabou falecendo. A pedra se perdeu no mundo mortal.

Ninguém sabia o que dizer.

- O amor de sua mãe e o sacrifício que ela e seu pai fizeram ao agirem como Antioqua, se jogando na frente de um monstro salvou a sua vida. Porém deixou uma cicatriz, que está maculada. – Continuou Nico, sombrio – Eu perguntei ao meu pai como limpar a sua cicatriz e ele disse que apenas Tanatos poderia fazê-lo. Mas para isso um sacrifício é necessário. Pretendo sacrificar meu anel de caveira, ele é o primeiro presente que meu pai me deu e me ajuda no domínio dos fantasmas.

- Você vai fazer isso agora? – perguntou Harry com a voz fraca.

O olhar de Nico se suavizou e o filho de Hades diz delicadamente:

- É melhor fazer isso agora. Adiar seria um risco que não valeria a pena correr.

- Certo... – diz Harry, sem parecer muito certo.

- Não se preocupe – diz Hazel, ela ainda está surpresa com o rumo que os acontecimentos estão tomando, mas ela, assim como Nico, havia percebido a verdadeira natureza da cicatriz do jovem bruxo. – Já encontrei Tanatos antes. Frank e Percy também. Ele pode lhe ajudar. É melhor pedir ajuda a ele do que as consequências de manter a sua cicatriz como está. Vamos estar com você durante todo o processo.

- Meu menino – diz Dumbledore, que até então estava calado observando – O jovem Nico já havia me avisado que tentaria encontrar uma solução para a sua cicatriz. Não comentamos nada antes por não querermos dar falsas esperanças para você.

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