Capítulo 34

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* 2 de Setembro - Hogwarts*

A notícia do que havia acontecido nas aulas de DECAT e o que os americanos haviam revelado se espalhou pela escola como fogo se espalha em folha secas.

Na hora do jantar todos os alunos já sabiam o que havia acontecido e entendiam o que isso significava.

O resultado foi que agora, boa parte do corpo estudantil acreditava em Harry, levando os alunos com pais no Ministério a escreverem para os pais que Harry Potter estava falando a verdade.

Desnecessário dizer que Dolores não estava nem um pouco satisfeita. Ela encarava os alunos com os olhos de porco cheios de raiva e desdém.

Harry, por sua vez, começou a receber mensagens de apoio dos colegas, ao invés de críticas e olhares achando que ele fosse maluco.

O que era ótimo.

Naquela noite, na torre da Grifinória, Harry e seus amigos se sentaram para fazerem os deveres em sua mesa usual sem receberem nenhum olhar atravessado.

A única coisa que transtornou a noite foi Hermione ralhando com Fred e Jorge sobre testarem seus produtos nos alunos do primeiro ano, ameaçando mandar uma carta para a mãe deles.

Na torre da Corvinal, Rachel e Leo se sentaram com Luna, como haviam feito no dia anterior, o resto dos alunos estavam discutindo sobre as mentiras do Ministério e sobre como Dolores Umbridge prejudicaria seus estudos, além do mistério das frases aleatórios que a professora gritava do nada, se chamando de Vaca ou Sapa.

Leo ria em silêncio com as teorias que os colegas estavam criando, enquanto construía mais um besouro cor de rosa.

No salão comunal da Lufa-lufa, Percy, Frank, Grover e Will foram cercados por alunos perguntando sobre o que eles tinham falado nas aula (e sobre Percy ser instrutor de esgrima com 15 anos), ninguém parecia verdadeiramente incomodado com o fato dos americanos terem ganhado detenção no primeiro dia de aula.

Will também teve a oportunidade de mostrar o seu poder, uma menina do primeiro ano havia tropeçado e ralado o joelho, e todos os alunos da casa acharam a demonstração de poder do semideus incrível.

No salão comunal da Sonserina, nada mudou. Os três ali continuaram recebendo olhares atravessados e a conversar discretamente com as pessoas que haviam lhes mandado o bilhete durante o banquete de boas-vindas.

* 3 de Setembro – Hogwarts*

Nesse dia, todas as aulas que os alunos do quinto ano tiveram passaram uma quantidade incrivelmente absurda de matéria e trabalhos.

Nas aulas de Feitiços e Transfigurações, o prof. Flitwick e a profa. McGonnagal deram discursos sobre os N.O.M.s e passaram a aula revisando matérias que certamente seriam cobradas.

Chegada a hora do almoço, a cabeça do trio de ouro e dos americanos já estava rodando, mesmo a de Annabeth (aquela quantidade de coisa para fazer e se concentrar com ADHD não era fácil). O grupo se reunião na biblioteca para já começarem as atividades, mas... ainda era muita coisa.

Percy sentiu que iria surtar a qualquer momento.

Depois do almoço, Grifinória e Sonserina tiveram aulas de Trato de Criaturas Mágicas.

Hagrid ainda estava ausente e Draco Malfoy usou isso para tentar provocar Harry.

- Aonde foi o Hagrid? – perguntou o platinado enquanto manuseava um tronquilho, que era a criatura que a profa. Grubbly-Plank estava apresentando à turma.

- Não é da sua conta – disse Harry, sem olhar para o rival.

- Quem sabe aquele retardado não se machucou pra valer? – perguntou Draco com deboche.

Antes que Harry pudesse responder algo, Draco deu um gritinho assustado, puxando a perna, chamando a atenção da sala e fazendo o tronquilho que ele segurava fincasse seus dedinhos afiados na mão de Draco, que o rapidamente o soltou.

- Senhor Malfoy! Faça silêncio! O que você pensa que está fazendo?

- Algo agarrou a minha perna – Draco choramingou, enquanto segurava a mão, que estava sangrando.

Todos olharam para o chão, a tempo de verem a mão de um esqueleto voltando a se enterrar.

- Alguém poder ter se machucado seriamente não é motivos para piadas, Malfoy – disse Nico, com a voz gelada. – Hagrid está bem. Eu sentiria se ele estivesse morto ou próximo disso.

Draco empalideceu, ele não tinha levado a sério quando falaram que Nico di Ângelo tinha poderes sobre os mortos.

A professora descongelou, ainda encarando o ponto da terra em que a mão havia desaparecido, dizendo:

- Sr. Di Ângelo, menos 5 pontos para a Sonserina por assustar seu colega, fazendo com que ele se machucasse e perturbasse a aula. Sr. Malfoy, menos 15 pontos para Sonserina por fazer piada com o desaparecimento e possível machucados de um professor. E vá para a enfermaria, cuidar dessa mão.

Quando Draco saiu, ainda resmungando, a aula continuou como se nada tivesse acontecido.

Mais tarde naquele dia, as turmas de Lufa-Lufa e Corvinal que tinham aulas de Trato de Criaturas Mágicas.

Tudo estava normal (exceto pelo fato de que os tronquilhos pareciam só querer ficarem perto de Grover e evitarem Leo a todo custo) até que um grande vulto Negro saiu das árvores, latindo.

Aí o caos reinou.

Os alunos gritaram, os tronquilhos se esconderam, e a professora se posicionou entre os alunos e o cachorro gigantesco e assustador que havia aparecido, aparentemente saindo do tronco de árvore.

A professora ergue a varinha, mas foi interrompida por Percy, que disse:

- Fiquem calmos! É só minha cadela!

E saiu de traz da professora, em direção ao bicho.

- Ei, garota, que saudades – disse ele fazendo carinho na cabeça gingante – Você assustou todo mundo aqui.

O cão gigante latiu e balançou o rabo. A turma assistiu em choque enquanto os outros americanos se aproximavam e faziam carinho no animal.

- Sr. Jackson, o quê...? – perguntou a professora.

- Me desculpe professora. Esta é a Sra. O'Leary, minha cadela e a única da espécie dela a ser domesticada. Ela não vai atacar ninguém, fique tranquila. Ela só apareceu agora porque viajem pelas sombras para outro país gasta muita energia. – ele se virou para a cachorra -Não é, garota?

A professora e o resto da turma só o encararam em choque.

- Sra. O'Leary, o Blackjack está chegando também? – pergunta Percy.

O cachorro gigante latiu.

- Ela disse que ele ainda vai demorar uns dias – traduziu Grover,

- Blackjack? – perguntou a Professora.

- Meu Pegaso – disse Percy, dando de ombros – Assim que eu falei que íamos vir para a Inglaterra, ele insistiu que viria me encontrar aqui. Sra. O'Leary também.

A professora desmaiou. Assim como outras pessoas da sala.

Will se apressou a acudir todos eles.

Ia ser uma longa aula. 

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