Capítulo 15

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*1 de Agosto – Castelo de Leeds*

Chegando na área da churrasqueira, Harry pergunta:

- Como isso vai funcionar? O anel vai queimar? Desaparecer?

- Ele vai ser levado até o deus – responde Percy – E, se ele aceitar a oferenda, e escutar o nosso pedido, ele vai vir.

- Sirius, você é o único maior de idade aqui, você pode acender a churrasqueira? – pergunta Nico, ao que o animago concorda solenemente.

Tendo tudo pronto, Nico retira seu anel e o joga nas chamas dizendo:

- Oh, Tanatos, deus da morte, ofereço este anel em troca de ajuda. Seu descendente, Harry Potter, herdeiro de Ignoto, é vítima daquele que busca lhe escapar. Pedimos que nos ajude a nos livra do fragmento de alma preso em sua cicatriz.

Por um instante nada aconteceu, mas então o anel desapareceu, a temperatura esfriou e,

em frente ao filho de Hades, um homem incrivelmente bonito.

Tinha cabelos negros, asas e um carisma inegável. Por um instante os bruxos se perguntaram se aquele era realmente o deus da morte e não o deus do amor. Mas sua aura era perigosa e a cicatriz de Harry doía, como se algo lá estivesse tentando escapar.

O deus não diz nada, por um instante, examinado cada um deles. Seus olhos param um momento em Percy, uma das suas sobrancelhas se ergue e ele murmura, em grego:

- Bem, isso é interessante. – fazendo Percy gelar, mas o deus continua seu exame.

Depois de um tempo, Tanatos fala em voz alta. Se dirigindo ao Harry:

- Descendente. Eu lhe observei durante todos estes anos e garanti que não nos encontrássemos antes da hora. Eu sentia o problema em sua cicatriz, mas, infelizmente, não pude interferir, por mais que eu quisesse. Tom Riddle tenta me escapar e usa do mais negro tipo de magia para tal. Agora, graças à oferenda do filho de Hades, eu posso interferir e lhe ajudar, e limpar a sua cicatriz. – sua voz era suave, ele então se virou para Nico e disse – Eu aceito sua oferenda, Nico di Ângelo.

Todos os bruxos e semideuses relaxaram, muito embora ainda estivessem preocupados, ninguém falou nada.

Percy e Annabeth ainda estavam pensando na reação do deus ao vê-lo.

Não podia ser coisa boa.

O deus não se importou com o silêncio e chamou Harry para perto dele.

O rapaz apertou a mão de Gina mais uma vez e sentiu ela apertar de volta, Ele também sentiu Rony e Hermione apertarem o seu ombro antes de se aproximar de seu ancestral.

O deus sorriu para ele e disse:

- Relaxe. Não vou lhe fazer mal. Não está na sua hora.

E então encostou a mão em cima da cicatriz em formato de raio e murmurou algumas palavras em grego.

Harry sentiu uma dor no local, mas que logo foi diminuindo até parar.

- Está feito – disse Tanatos

- Obrigado – respondeu Harry, finalmente ficando calmo

- Vocês estão me fazendo um favor ao me mandar pedaços da alma daquele que me escapa. Não precisa agradecer – retrucou o deus, antes de se virar para Percy e dizer – Você deveria falar com seu pai sobre o quê sentiu ao enfrentar minha irmã no Tártaro. A mortalidade é um tesouro, afinal.

E dizendo isso, ele desapareceu.

Mas Percy não percebeu.

Sua mente estava de volta ao Tártaro e em sua frente ele via a deusa da miséria.

Ele escuta Annabeth gritar seu nome, mas sua atenção está completamente voltada para Akhlys.

Annabeth, por sua vez tentava tirar Percy do flashback.

A água do lago estava começando a tomar o mesmo caminho que o veneno tinha naquela luta e o chão estava começando a tremer. O bruxos e Nico estavam assustados, mas também tentavam ajudar.

Quando Annabeth percebeu que nada funcionaria, ela tirou de seu bolço uma pérola.

Poseidon havia se tornado super presente na vida de Percy depois da guerra contra Gaia e havia dado um perola para ela, com o objetivo de chama-lo caso Annabeth não conseguisse ajudar o Percy durante um flashback.

A filha de Atena, então, atirou a perola na água e logo depois, Poseidon apareceu. Vestido com uma de suas camisas havaianas, shorts e chinelos. Sua atenção estava voltada para seu filho e sua nora, mas, mesmo assim, Nico se curvou e os bruxos seguiram seu exemplo. A auro do deus era assustadora.

Poseidon, se aproximou do filho e colocou as mãos em suas têmporas, o colocando para dormir.

O deus o pegou no colo antes que o rapaz caísse no chão e só então falou:

- O que aconteceu, Annabeth? – sua voz era preocupada.

Ainda com lágrimas escorrendo por seu rosto, Annabeth explicou sobre terem pedido a ajuda de tanatos e o que o deus havia dito.

O rosto do deus escureceu, mas ele não estava bravo com ela, ou com os outros mortais à sua volta, estava apenas preocupado com seu filho.

- Vou leva-lo para meu castelo, onde poderei ajuda-lo caso perca o controle de seus poderes enquanto conversamos – disse o deus - O trarei de volta em alguns dias. Obrigado por me chamar, Annabeth.

E com isso, ele desapareceu.

Annabeth caiu no chão, chorando. Ela odiava ver Percy tendo um flashback daquele lugar e sempre que ela não conseguia ajudar, se sentia ainda mais triste.

- Eu... Eu estou certo ao supor que aquele era o pai de Percy? – perguntou Sirius

- Sim – concordou Nico.

- Vamos, Annabeth – disse Hermione delicadamente – Percy vai ficar bem. Ele está com o pai.

- É... – a semideusa conseguiu dizer – pelo menos a operação para limpar a cicatriz foi um sucesso. Devemos falar com os outros.

E com isso, ela se levantou. E começou a se dirigir de volta ao castelo, sendo seguida pelos amigos. 

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