Capítulo 40

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O escritório de Dumbledore logo se encheu de pessoas, das quais ele só conhecia Elifas Doge e alguns outros que ele já havia visto nos jornais, como Amélia Bones, Griselda e o chefe dos aurores, Rufus Scrimgeour.

- Então, porque nos chamou aqui, Ministro? – pergunta madame Bones, séria, antes de cumprimentar Harry – Senhor Potter, é um prazer conhece-lo, especialmente desde que o Ministro finalmente viu a razão e escutou o senhor e Dumbledore ao invés daquela mulher terrível.

- A senhora... Acreditava em mim, madame Bones? – Harry perguntou, com cautela.

- Mas é claro – respondeu a mulher – Minha sobrinha, Susan, está no mesmo ano de Hogwarts que você. Ela disse que se tinha alguém menos provável de mentir sobre algo como aquilo, seria o senhor. E ela também disse que você sempre ficou desconfortável em receber atenção, portanto as alegações do Ministro não faziam sentido.

- Ela não é a única, senhor Potter – disse Griselda – eu estava bem perto de renunciar minha posição na Suprema Corte, felizmente agora não farei mais isso. Mas isso não explica o porquê de termos sido chamados aqui.

- Suponho que você tenha aceitado trabalhar com o Ministério, senhor Potter? – pergunta Rufos.

- É claro que não. – retrucou Harry, franzindo a testa – despois de todas as calunias e de ter sido feito de piada, o senhor ainda esperava que eu fosse aceitar? Eu vou apoiar os esforços contra o Voldemort e os Comensais, mas me recuso a apoiar o ministério.

- E ainda bem por isso! Você seria um tolo se apenas aceitasse. – exclamou Griselda, ignorando a testa franzida do chefe dos aurores e os murmúrios de algumas das outras pessoas da sala – Eu e Amélia avisamos a todos eles e agora Tibério Ogden me deve 50 galeões! – ela se virou para um homem e estendeu a mão dizendo – Pode pagar.

Todos encararam ela em choque, mas o homem, Tibério, resmungou e começou a desembolsar os galões, dizendo algo sobre não ter todo o dinheiro ali, mas que ele pagaria o resto mais tarde.

Ao mesmo tempo, Amelia suspirou e, ignorando o que estava acontecendo entre os outros dois, dizendo:

- Desde que eu e Griselda estávamos certas, então qual o motivo de sermos chamados aqui?

- Esta não foi a primeira vez que o Ministro não acreditou em mim. – falou Harry – No meu terceiro ano, eu descobri algo e quando eu disse para o Ministro, ele descartou o que eu tinha dito e, por isso meu padrinho quase levou o beijo do dementador, mesmo sendo inocente. Por sorte, ele conseguiu escapar.

Isso fez todos se silenciarem.

- Seu... Padrinho? Beijo do dementador?

- Sim. Meu padrinho, Sirius Black, é inocente e eu tenho como provar.

- O quê?

- Sirius Black? Inocente?

Murmúrios como este foram ouvidos por toda a sala.

- Isso é uma afirmação muito séria, senhor Potter – disse Rufus – Você tem certeza?

- É claro que eu tenho certeza! – Harry exclama zangado.

- E como você pode provar? – pergunta Amélia.

- Com licença, madame Bones – interrompe Dumbledore – Eu tenho aqui uma penseira. Harry havia dito que gostaria de mostrar as memórias para vocês.

- Pois bem, - disse Amelia – Nos mostre então.

E mostrar, Harry fez.

Desde o momento em que ele e Hermione entraram no salgueiro lutador até o momento em que Sirius e Harry estavam sendo atacados por dementadores.

Quando eles saíram das memórias, todos eles estavam pálidos. Principalmente o Ministro, que pensava em como ele quase foi o responsável por uma pessoa inocente perder a alma.

O cargo dele já estava por um fio desde que foi anunciado que, no final das contas, Harry Potter e Alvo Dumbledore estavam dizendo a verdade. Depois disso então? As chances de ele permanecer no cargo eram nulas.

- Parece que mais uma vez, o senhor estava dizendo a verdade, senhor Potter – diz Rufus seriamente – O departamento de aurores vai suspender a ordem do beijo de dementador e iniciar uma investigação profunda. As memorias não podem ser usadas em um caso legal, então vou precisar do seu depoimento, do seus amigos e do Sr. Lupin.

- Quanto ao fato de Sirius Black ser um animago ilegal... Apesar de ser um crime, mais pelos perigos que a pessoa corre ao tentar fazer o processo sozinha do que por qualquer outra coisa, a pena é uma multa e não Azkaban, então desde que o Sr. Black se registre, então ele não terá problemas.

Harry ficou muito aliviado ao ouvir isso.

- Isso é um alívio. – ele diz.

- Nós devemos ir agora, senhor Potter – Rufus fala – Aguarde nosso chamado para dar seu depoimento.

Com isso os membros da corte foram embora um a um, só restando Griselda e Amelia.

- Senhor Potter – disse Griselda – Na memória você aceitou imediatamente ir morar com alguém que você tinha acabado de conhecer e a registros de você fugindo de casa. Não vou perguntar o que acontece naquele lugar para você ter essa reação, mas saiba que uma vez que seu padrinho for inocentado, ele poderá recorrer para se tornar seu guardião.

- Esperançosamente, isso significa que você não terá mais que voltar – informa Amelia.

Harry sorriu para elas e disse:

- Assim espero.

As duas trocaram um olhar, mas finalmente se despediram.

No final, Harry percebeu que nem todos os membros da suprema corte eram tão ruins. Ele realmente gostou da madame Bones e da Sra. Marchbanks. 

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