Capítulo 30

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*1 de setembro – salão principal de Hogwarts*

Dumbledore começou seu discurso tradicional de começo de ano, falando de sobre a floresta proibida e que alguns dos estudantes mais velhos deveriam se lembrar de que ela era proibida (O trio de ouro trocou sorrisinhos), sobre Filch e asa proibição de se utilizar magia nos corredores que a lista completa de proibições estava pregada na porta da sala dele (Os gêmeos Weasley, Leo e Percy estavam muito ansiosos para quebra-las).

Ele também anunciou a mudança temporária do professor de Trato de Criaturas Mágicas, anunciando que a Profa. Grubbly-Plank assumiria a matéria, e que as aulas de Defesa contra Artes das trevas seriam dadas por uma mulher chamada Umbridge.

Ele havia começado a falar sobre os teste da equipe de quadribol, qual se interrompeu abruptamente, lançando um olhar indagador para a mulher com cara de sapo, que era uma confusão rosa.

Ninguém entendeu o porquê dele ter se interrompido, até que ela fez um barulhinho:

- Hem, hem – e todos perceberem que ela havia se levantado.

O diretor pareceu surpreso por um momento e Percy, super observador como ele só, notou que o velho bruxo parecia meio impaciente.

Os outros professores pareciam igualmente insatisfeitos. A boca da professora McGonagall se afinou ainda mais. As sobrancelhas da professora Sprout desapareceram embaixo dos cabelos.

Porém o diretor se sentou, elegante e a mulherzinha começou a falar:

- Obrigada, diretor, pelas bondosas palavras de boas-vindas.

Não precisava ser um gênio para saber que ela estava sendo mais falsa do que nota de três reais. Como filho do deus da verdade, Will se sentiu particularmente incomodado por isso.

Ela deu fez "hem, hem" de novo. Leo fez mais alguns ajustes na sua invenção, agora no formato de mosca cor de rosa, antes de fazê-la levantar voo.

- Bem, devo dizer que é um prazer voltar a Hogwarts! – ela sorriu, mostrando seus dentes pontiagudos – E ver rostinhos tão felizes voltados para mim.

Não havia nenhum sorrisinho feliz voltado na direção dela, mas Leo ostentava um sorriso encrenqueiro. Sua mosquinha havia pousado no laço de cabelo da mulher.

- Estou ansiosa para conhecer todos vocês, e tenho certeza de que seremos bons amigos.

Os estudantes se entreolharam, mal podendo acreditar. Alguns deles pareciam quer vomitar.

A professora voltou a pigarrear (hem, hem) antes de começar a fazer um discurso claramente decorado:

- O ministro da Magia sempre considerou a educação dos jovens bruxos de vital importância. Os dons raros com que vocês nasceram ... – e foi então que aconteceu, ao invés deles escutarem o que a mulher disse depois, tudo que foi ouvido foi – A VACA FAZ HEM, HEM!

Ouve um silêncio consternado por um tempo. Os americanos olharam imediatamente para Leo, que sorria, parecendo orgulhoso de si mesmo. E então todos começaram a dar risadinhas.

Até mesmo McGonagall deu um sorrisinho. Ela sabia que era feitio do Leo, mas ela não reclamaria.

O rosto da Umbridge ficou vermelho e ela continuou a falar, como se não tivesse sido interrompida:

- As habilidades antigas, um privilégio da comunidade bruxa...

Dessa vez foi Percy que interrompeu:

- Eu achei que já deixamos claro que isso não é um privilégio dos bruxos. Afinal, na nossa comunidade nós somos chamados por outro nome.

A professora lançou a ele um olhar zangado, ao qual ele retornou como o próprio olhar de "vou acabar com a sua raça", a fazendo estremecer e aqueles ao redor se afastarem levemente.

Ela continuou falando, sobre o conhecimento mágico passado de geração e geração, e que cada diretor de Hogwarts havia acrescentado algo, mas que progresso pelo progresso não deve ser estimulado.

- A VACA FAZ HEM, HEM E É BURRA COMO UMA PORTA – é escutado novamente, fazendo todos darem uma risadinha.

- Você está dizendo que a sociedade deve estagnar ao invés de progredir? Você tem noção de quão arbitrário, retrógrado e ditatorial isso é? – desta vez, quem interrompe é Annabeth.

Também recebendo um olhar zangado da professora, mas sem se importar.

- Deve haver um equilíbrio entre o velho e o novo, entre a permanência e a mudança, entre a tradição e a inovação.

Ninguém prestava mais atenção nela. Nem mesmo aqueles que seguiam a visão puro sangue. Percy conjurou um pouco de água e ficou brincando com ela por entre os dedos. Leo voltou a mexer com suas ferramentas, Luna e a maior parte dos Corvinos pegou um livro o revista para ler. Os grifinórios brincavam de guerra de polegar. Os lufanos discutiam sobre como mandar, educadamente, a professora calar a boca. Os Sonserinos apenas reviravam os olhos e dormiam de olhos abertos.

A sapa rosa não pareceu se importar com a falta de atenção e continuou falando sobre hábitos que deveriam ser mudados, claramente implicando que o Ministério estaria interferindo em Hogwarts.

- A SAPA FAZ HEM, HEM! – a professora é interrompida novamente. Desta vez todo mundo riu.

A bruxa corou, e se sentou.

Dumbledore exibia um sorrisinho quando agradeceu o "discurso esclarecedor" e voltou a falar sobre os treinos de quadribol.

- Realmente foi esclarecedor – murmurou Hermione – O ministério está planejando interferir em Hogwarts.

- O que com todas as besteiras que eles têm falado nos jornais, não é uma coisa boa – afirmou Thalia, séria.

- A única parte boa deste discurso foram as adições do Leo – diz Jason, e então ele ri– A vaca faz Hem, hem. Hilário.

- Isso foi o Leo? – pergunta Neville surpreso – Eu pensei que ele controlasse o fogo.

- Ele também é muito bom em inventar e construir coisas – explica Hazel – Ele é um dos... Seguidores... de Hefesto, o deus ferreiro, afinal.

Essa conversa se repetiu mais ou menos igual em todas as mesas.

Percy e Annabeth trocaram um olhar.

Parece que criar aquele grupo de aula de Defesa contra as Artes das Trevas seria necessário, no final das contas. 

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