Capítulo 29

791 82 53
                                    

*1 de setembro – mesa da Grifinória*

Depois de fazerem as oferendas, Jason, Clarisse, Thalia e Hazel se sentaram novamente na mesa, Harry e Rony estavam conversando com outros três meninos.

- Minha mãe não queria que eu voltasse a escola – dizia o garoto de cabelo cor de palha – Ela acreditou em tudo que o Profeta Diário disse. Mas eu falei com ela que você nunca mentiria sobre algo assim, Harry. Você é a pessoa que menos gosta de atenção que eu conheço. Eu consegui convencer ela, no final.

- Obrigado Simas- falou Harry sorrindo

- Eu ainda não entendo por que o Ministério está tentando encobrir tudo isso. Cedrico foi morto e você passou por tudo aquilo – reclamou um rapaz de pele mais escura – E descobriram que um Comensal da Morte se infiltrou na escola. Pra mim é sinal suficiente do que está acontecendo.

- Porque eles têm medo da verdade – interrompe Thalia – Eles se recusam a ver o que está bem debaixo dos narizes dele. Principalmente o Ministro.

Os quatro meninos olham para ela, espantados com a interrupção.

- Vocês... Vocês sabem o que está acontecendo? – perguntou o rapaz de rosto redondo.

- Os líderes da nossa comunidade têm alcance global, apesar de estarmos localizados nos EUA. Eles nos avisaram do que havia acontecido aqui – fala Hazel, com um meio sorriso.

- E mandaram vocês aqui mesmo assim? Seus pais estão bem com isso? – perguntou O garoto chamado Simas

O rosto dos intercambistas fechou.

- Eles mandaram os mais fortes de nós para cá – falou Clarisse com expressão fechada.

- E os únicos que tem um bom relacionamento com os pais, com os que estão vivos, são Percy, Annabeth, Piper e Will. O resto de nós ou é órfão de pai ou mãe e o outro é um dos líderes ou os pais não ligam. – falou Jason

Os meninos ficaram sem saber o que dizer.

- Não se preocupem – falou Hazel – Nós encontramos uma segunda família. Somos a família uns dos outros. E a mãe do Percy age como se todos nos fossemos filhos dela, então todos temos alguém que se preocupa.

- Mas, chega de falarmos disso – falou Thalia, mal-humorada – Quais são seus nomes? Só sabemos o do Harry Potter.

Claro, eles sabiam do Rony e da Hermione também, mas não iam falar isso.

Os três garotos de apresentaram e o grupo mudou a conversa sobre a as diferenças entre os poderes deles e sobre vários outros assuntos aleatórios, até que a comida foi recolhida e Dumbledore se levantar novamente.

*1 de Setembro – mesa da Corvinal*

Leo e Rachel voltaram para a mesa depois de fazerem a oferenda e ele imediatamente tirou algumas peças e ferramentas do cinto e começou a criar algo.

- Leo, o que você está fazendo agora? Não seria melhor comer antes? – pergunta Rachel – E achei que você fosse terminar de desenhar seus projetos antes?

- Você vai descobrir o que estou fazendo no final do jantar, ruiva, e eu posso comer e inventar coisas ao mesmo tempo. Os projetos eu posso terminar depois, isso aqui vai ser hilário.

Rachel apenas suspira e sacode a cabeça, antes de se virar para as pessoas que estavam olhando estranho para o latino e dizer:

- Ele é sempre assim. Vocês vão se acostumar. – e então sorriu e disse – Digamos que fogo não é a única especialidade dele. Vocês vão ver depois do jantar.

Ela então se virou para a menina loira e perguntou do colar, dos brincos e da revista que ela estava lendo de cabeça para baixo enquanto comia.

As duas (a loira havia se apresentado como Luna) conversaram pelo resto do jantar até que Dumbledore se levantou novamente.

*1 de Setembro – Mesa da Lufa-Lufa*

Depois que Percy, Grover, Frank e Will voltaram das oferendas, o filho do deus do mar se lançou a comida, nem percebendo alguns olhares curiosos sobre eles.

- Porque o Nico falou que se deixassem você falar tudo que você pode fazer, vocês ficariam lá a vida inteira? – pergunta timidamente uma primeiranista.

O quarteto parou de comer por um momento, antes de Percy responder:

- Minhas habilidades não se resumem apenas a água e animais aquáticos, eu também posso falar com equinos, aliás. Mas meus poderes podem ser muito... assustadores e perigosos. E eles continuam crescendo diariamente. Tanto que eu preciso exercitá-lo várias vezes por dia para ele não sair do controle. Não é que ficaríamos ali a noite inteira, mas eu poderia fazer algo que assustaria todos vocês.

- Oh... – foi tudo que ela falou – Mas... Eu não acho que os poderes de vocês sejam assustadores. Eu achei bem legal quando a Hazel levou todo mundo para a floresta e os poderes de vocês são bem legais também. Eu queria poder virar qualquer animal que eu quisesse ou controlar a água ou as plantas.

- Haz treinou bastante para conseguir fazer aquilo – falou Frank com orgulho – E eu demorei para pegar o jeito das transformações, eu ainda posso me transformar acidentalmente durante a noite, dependendo do que estou sonhando.

- E eu não conseguia fazer nada com as plantas até eu melhorar minha música, o que só aconteceu quando eu tinha doze anos. – explicou Grover.

(Bem mais do que isso, já que Sátiros se desenvolvem duas vezes mais devagar do que humanos e ele aprendeu apenas depois de pã)

- Isso é tão legal – falou a menina, Clara.

- O fato é, nós todos começamos sem muito domínio dos nossos poderes, mas treinamos bastante até chegar onde estamos – falou Will – eu não posso mostrar os meus sem alguém machucar, mas agora eu consigo curar desde pequenos resfriados até ossos quebrados sem ficar muito cansado.

O resto da mesa da Lufa-lufa continuou fazendo perguntas até o final do jantar, quando Dumbledore se levantou.

* 1 de Setembro – mesa da Sonserina*

Annnabeth, Reyna, Piper e Nico voltaram a sentar na mesa depois das oferendas e, como ninguém da mesa queria se sentar perto deles, talvez por causa do Barão Sangrento que havia se instalado perto de Nico ou talvez pelo discurso contra a ideologia puro sangue que eles haviam feito, os quatro apenas conversaram normalmente entre si, até que uma bolinha de papel atingiu o espaço da mesa entre eles.

Annabeth franziu a testa, fez teste de diagnóstico para garantir que o papel não estava enfeitiçado e finalmente o pegou para ler, arregalando os olhos e mostrando o conteúdo para os amigos.

"Intercambistas,

Muito embora não possamos falar em voz alta nessa mesa ou nessa casa, nós concordamos com vocês sobre a bobagem da ideologia puro sangue.

O motivo que não podemos nos expressar é simples: Todos aqui pertencem a famílias com ideologia puro sangue com alianças umas com as outras, inclusive nós. Se falarmos algo assim, nossos pais ficariam sabendo, ou pior, ELE, que realmente voltou. Harry Potter não está mentindo.

Tomem cuidado.

Daphne Greengrass (5 ano), Blaise Zabine (5 ano), Theodore Nott (5 ano) e Astoria Greengrass (4 ano)"

- Isso é interessante – falou Piper, com um sorriso.

- Que os jogos comecem – declarou Nico, encolhendo os ombros quando foi encarado e falando – O primeiro livro é bom, ok?

- Temos que conseguir falar com eles, sozinhos, rápido – falou Reyna – Mas, por hora, vamos fingir que nada aconteceu.

E os quatro logo haviam voltado a comer como se nada tivesse acontecido, até que o jantar acabou e Dumbledore se levantou. 

União de Dois MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora