Nate
A pergunta que não quer calar é "Por que eu não experimentei isso antes? Ah... Lembrei! Porque eu tive medo."
Medo de experimentar, de sentir, de explorar partes do meu corpo que podiam me dar prazer, e eu simplesmente desconhecia. O pior é sentir medo por colocar na cabeça tantas ideias, e deixá-las tomar conta do meu subconsciente, permitindo viver em um estado de inércia, sem conseguir me entregar a uma paixão que alterou meu modo de ver a vida, e enxergar muito além.
A cada toque, beijo, meu corpo está entregue ao desejo, ao prazer. Todas as vezes que seus dedos entravam e saiam, me senti fora de mim, principalmente quando ele pareceu encontrar o ponto certo para me dar prazer. Abro os olhos e tento me recompor, mas a sensação de prazer ainda toma conta de mim, minha respiração é ofegante, foi intenso demais. Olho ao meu lado, e lá está ele... O dono do meu prazer.
Encaro seus olhos, sorri e eu retribuo. Envolvo minhas mãos em suas costas, o abraçando. Eu quero mais, quero sentir ainda mais. Aproximo minha boca da sua orelha.
— Eu tô pronto, amor... Me fode! — assim que falo, me afasto, e seu olhar parece surpreso com minha fala, na verdade até eu estou, mas por outro lado, essa fala, esse desejo, e tudo que sinto hoje, por ele, não aconteceu da noite para o dia, houve o desenvolvimento de uma amizade, cheia de tensão sexual, que depois foi virando uma paixão intensa, e que vem transformando-se em algo mais.
— O que você falou? — pergunta com curiosidade.
— Quero que você... Você entendeu!
— Não, tem outra coisa... Outra palavra. — depois que Will fala isso, me dou conta do que falei. Eu o chamei de amor? Vergonha a essa hora, Nate? Não, nem pensar!
— É... Amor? — pergunto e ele abre um sorriso de orelha a orelha, e balança a cabeça.
— Por que disse isso?
— Não posso chamar meu namorado de amor?
— Porra Nate, avisa quando for falar algo assim! Meu coração não aguenta tantas emoções numa noite só... — fala, e percebo uma lágrima escorrendo. E isso definitivamente me deixa mais emotivo ainda. Descobri recentemente que uma das coisas que não gosto, é ver Will triste. Acaricio seu rosto, e limpo a lágrima.
— O que foi? Por que você tá chorando?
— É que esse momento entre nós está tão doce, e ao mesmo tempo tão carregado de sensações, e eu sou um bebê chorão, que durante muito tempo foi levado a acreditar que não podia isso, e uma série de coisas que garotos não podem fazer, que estão naquela lista invisível que a sociedade criou... — fala e suas lágrimas continuam escorrendo.
— Eu sei, também acreditava em algumas coisas dessa lista, mas depois das conversas que tive com meu tio, Oat e você, sai riscando um monte de regra idiota dessa lista!
— Fala de novo!
— O quê?
— Você sabe o que eu quero ouvir, Nate!
— Que você é meu amor? — pergunto, ele sorri. Aproximo um pouco mais e beijo levemente seus lábios.
O beijo vai ficando intenso, sua boca parece devorar a minha. Sua mão aperta minha coxa, abro mais as pernas para que ele se encaixe melhor entre elas. Sinto seu pau, duro como uma pedra, encostando ao meu. Nunca imaginei que pudesse ter prazer ao sentir um pênis que não fosse o meu, nesse estado. Ainda mais, quando o desejo que sinto parece incontrolável.
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BOYS LOVE BOYS
RomanceWill é filho de uma rica família tailandesa, foi criado para ser o sucessor de seu pai nos negócios, mas o garoto queria ir além disso, e tornou-se ator. Ele foi convidado para atuar em uma série Boyslove, ao lado de Nate, o cara de olhar intimidado...