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Nate

 

Solto calmamente suas mãos da minha cintura, e me viro de frente para ele, e antes que diga qualquer coisa, tomo seus lábios desesperadamente. A reação de Will não poderia ser diferente da minha, sinto sua língua pedir passagem, suas mãos se envolverem em meu pescoço mais uma vez, enquanto acaricio seus cabelos.

Quase um mês sem beijar.

Quase um mês sem beijar essa boca.

Envolvo meus braços ao redor de seu pescoço, enquanto sinto que os seus se aproximam ainda mais, e deixam meu corpo colado ao dele. Acaricio seu cabelo, enquanto ele suga meu lábio inferior, um calor vai queimando por dentro, e tento colocar na minha mente, que isso é apenas um beijo, mas não estou sozinho nessa, sinto sua mão levantar a barra da minha camiseta, e em seguida passear pelo meu peito. Sua mão desce até meu abdômen, o acariciando, e isso vai me deixando inquieto, pois sei qual é a sua intenção, e o que isso pode me causar. Ele segura o coz da minha bermuda, o empurro levemente, e desprendo minha boca da sua.

— Desculpa, eu tô indo muito rápido? — ele pergunta ofegante ao me olhar.

— Eh... Um pouco. Eu acho que deveríamos começar a fazer o que combinamos, não acha?

— Tudo bem, mas tem uma coisa que eu quero saber? — ele pergunta, enquanto sento no sofá, e o encaro com curiosidade.

— Fala o que é!

— Nós ainda estamos... Namorando? O que rolou nesse afastamento, foi... Foi... Como dar um tempo?

— Que eu saiba nós não terminamos, e esse período não foi um “tempo”. Você sabe que eu não estava bem, e precisava me recuperar do acidente, e me encontrar, estava fragilizado e esgotado emocionalmente, e precisei de apoio psicológico... Além disso, os advogados da produtora estão tomando conta do caso...”

— Ainda bem que tudo está tomando o rumo certo! Você fez bem em procurar ajuda, principalmente psicológica, espero que esteja te ajudando a encarar tudo isso com outra perspectiva. Acho que isso já ultrapassou todos os limites, e essas pessoas precisam responder por isso, são histórias sem fundamento que inventam sobre você. — ele fala e senta ao meu lado, o observo e vejo seu olhar preocupado para mim, e me sinto o cara mais sortudo do mundo, e idiota por tê-lo afastado de mim. — Mas, voltando ao que eu queria saber... Então, nós ainda estamos juntos? Eu não quero te forçar a nada, mas preciso aquietar meu coração com essa informação, prometo que tudo vai ser no tempo que você quiser, e do modo que quiser!

Sorrio, acaricio seu rosto.

— Senti tanto a sua falta!

Assim que profiro essa frase, ele me abraça carinhosamente, e lágrimas insistem em escorrer, e isso me faz sentir ainda mais acolhido.

Will

Ter a confirmação de que ainda estamos juntos, e de que me deixará ficar ao seu lado, embora, eu saiba que ele continua sofrendo com esses ataques maldosos, sinto meu coração mais leve. Sentir sua boca, seu abraço, foi tão bom. Voltar a ensaiar com ele, ouvir sua voz, conversar sobre qualquer coisa, é ter a certeza de que vamos passar por isso, e o amor que sentimos é mais forte que qualquer coisa.

Eu prometi a Nate que iria com calma, que não queria forçá-lo a nada, e isso é verdade, preciso ser mais paciente do que já sou, pois sei que ele passou por um esgotamento emocional que o fez reviver dores do passado, além do acidente que o deixou machucado fisicamente. O fato é que algumas semanas se passaram, nós temos trabalhado muito na preparação de elenco, ensaio, e às vezes o deixo em casa, ou ele faz o mesmo comigo. Sempre rola um beijo, e só. Mas o que eu realmente queria era que me deixasse dormir com ele, não falo apenas de sexo, falo de dormir ao seu lado, bem agarradinho. Entretanto, não serei mentiroso em dizer que não o desejo, faz mais de um mês que não fazemos, embora, tenha me aliviado de outra forma, ainda não é suficiente, quero mais, e eu não sei como posso falar isso para ele.

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