É ciúmes, e daí?

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Nate





— Eu sou o homem da sua vida, Nate! Aquele que com um simples beijinho, te deixa duro! — fala e o encaro com incredulidade. Eu devo estar morto para esse garoto me dizer isso, assim na minha cara, dentro da minha casa, e eu não dar um soco nele.

— Me respeita, Will! — falo, e jogo mais uma almofada nele.

— Ai, essa doeu! Você leva tudo que eu falo muito a sério, eu tava brincando seu grosso!

— Eu já tô começando a me irritar com essas suas brincadeiras, e o pior é que nunca sei quando é verdade, na maioria das vezes penso que você tá blefando o tempo todo!

— O quê? Você acha que tudo que eu digo é mentira? — pergunta e eu balanço a cabeça com indiferença, ele se aproxima, sinto seu olhar sobre mim, mas prefiro olhar para a TV. — Olha, eu sei que brinco demais, mas nem tudo que digo é brincadeira, às vezes falo qualquer coisa pra te deixar sem graça, porque eu acho tão.... Tão...

— Tão o quê? Tá com vergonha de falar? — pergunto e ele se aproxima ainda mais, dá um leve beijo no meu pescoço.

— Tão sexy, gatinho! — diz e meu coração bate muito rápido, sinto um frio na barriga, e uma sensação prazerosa toma conta de mim. Em outros tempos, depois de ouvir isso, eu teria o afastado, mas agora me sinto um imbecil por me sentir assim por algo tão bobo. Aproximo ainda mais, colo meus lábios nos dele, dou leves beijos e me afasto, e olho para a TV.

— Só isso?

— Está lembrado que veio aqui para ensaiarmos? — pergunto num tom de seriedade, enquanto ele me encara sem nenhuma expressão.

— Sei, mas agora é hora de pausa! — exclama, e simplesmente avança até mim, e toma minha boca com vontade, e eu simplesmente me deixo levar por isso.

Will me pressiona mais uma vez, e acabo me encostando no braço do sofá, e seu corpo gruda ao meu. Nossas bocas estão coladas uma à outra, e as línguas também não se desprendem. Como esse maldito beija bem!

Eu me apoio ainda mais no sofá, fico completamente deitado, e Will por cima de mim. Isso parece surreal. O Nate de uns anos atrás, jamais ficaria assim na sala de sua casa, com um homem por cima dele. Entretanto, esse Nate não conhecia o Will, e não sabia o quanto é bom sentir essa boca na sua, o cheiro doce que ele tem, a maciez da sua pele quando beijo seu pescoço.

Enquanto me encarrego de sugar e morder seu lábio inferior lentamente, além de puxar seu cabelo, uma de suas mãos torna a acariciar minha barriga e vai subindo lentamente até meu peito. Ele desce a mão numa velocidade bem comedida, eu tomo sua boca com vontade. Sua mão continua trilhando um caminho perigoso até chegar ao cós da minha bermuda, e se antes eu estava duro, agora acho que fiquei ainda mais. Antes que ele faça qualquer coisa, para o beijo, e pergunto com a voz ofegante.

— O que... O que você vai fazer? — ao ouvir, Will me encara com um olhar intenso, beija minha boca levemente, para e continua me olhando.

— Você tá duro, e eu quero te ajudar! — diz e isso me assusta. O que ele pretende na sala da minha casa?

Will torna a me beijar e suas mãos estão novamente no cós da bermuda, puxo seus cabelos enquanto sua boca parece querer devorar a minha, e quando ele finalmente abre o botão, escuto um pequeno barulho que vem da porta, mas isso não me importa, há algo mais importante prestes a acontecer comigo, mas escuto outra coisa dessa vez.

— Nate, eu... Ah, o que... Minha nossa...

[...]


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