O que foi isso?

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Will





Quando foi que isso chegou a esse ponto? Eu não sei. Foi se instalando dentro de mim sorrateiramente, e quando percebi, Nate passou a despertar sentimentos e sensações que antes eu reprimia, ele tem o poder de me deixar feito um imbecil, completamente atraído por ele. Em outros tempos, eu jamais admitiria isso, mas agora não posso mais esconder, e depois dos beijos, e os flertes, e toda essa tensão que paira sobre nós, é inevitável, eu estou apaixonado. Como é que eu fui me apaixonar pelo meu colega de cena? Eu não sei. Talvez seja o jeito dele, a forma como sorri, a boca, seus olhos, seu corpo. A junção de todos esses atributos, mais o quanto me sinto bem ao seu lado. Eu não consigo mais esconder esse sentimento, nem de mim mesmo. Estar em seu quarto, tão perto e ao mesmo tempo tão longe, é muito perturbador para minha mente.

Assim que Nate sai do quarto, levanto para ir ao banheiro, faz tempo que estou deitado, mas não consegui dormir. Saio do banheiro, e vejo a porta do quarto se abrir, direciono a luz do meu celular em seu rosto, e dou um sorriso quando noto sua presença. Paro e olho, ele não fala nada. Caminha até a cama, e antes que deite, sou tomado por mais um desejo insano, me aproximo e segura sua mão.

Estou muito perto, ele fala baixo.

— O que você quer, Will? Vai dormir...

— Você sabe o que eu quero, gatinho! — sinto a mesma tensão de antes, e uso uma voz manhosa para que ele não se irrite com esse apelido.

— Eu já te disse pra não me chamar assim! — desculpa Nate, mas eu vou te chamar assim daqui para frente.

Meu coração bate muito forte. Meus lábios tocam os seus. Ele não me empurra, ou vira o rosto, isso é suficiente para continuar. Mordisco levemente seu lábio inferior, minhas mãos apertam a sua cintura, enquanto ele envolve suas mãos em meu pescoço, e retribui o beijo da mesma forma. Sua língua brinca com a minha. Ele puxa meus cabelos, enquanto minha boca se desprende da dele.

— Era isso que eu queria, gatinho! — falo com uma voz ofegante, e torno a beijar sua boca.

Nossas bocas não querem se desprender, e sinto meu corpo esquentar demais, uma sensação de prazer percorrer por ele. Empurro meu gatinho levemente em direção a cama, enquanto ele vai descendo sua boca pelo meu pescoço. Antes que eu jogue nossos corpos de uma vez na cama, solto um leve gemido, e sinto meu pau ganhar vida.

Caralho, era para ser só um beijo e alguns amassos, Will!

Grudo ainda mais meu corpo ao dele, e parece que não estou sozinho. Ah gatinho, você também está duro? Bruscamente ele se afasta de mim.

— Que porra é isso? O que é que tá acontecendo comigo? Isso é culpa sua, Will!

— Nate, calma!

— Calma, nada! Não chega perto de mim! Eu vou dormir na sala....


[...]



Ele realmente foi dormir na sala. A noite foi bem complicada, e dormir parecia algo fora de cogitação na minha cabeça. Sentir toda a sua excitação, a tensão sexual que se formou naquele momento, e o desejo que deixou de ser latente desde o dia que nos beijamos pela primeira vez. O sono só veio depois de muito tempo.

Enquanto dobro os lençóis, a porta se abre. Vejo timidez em seu olhar, mas não é só ele, eu também não consigo olhar por muito tempo. Não sei o que dizer no momento, e sei que preciso falar algo para quebrar essa barreira entre nós dois.

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