Se eu puder dormir abraçado...

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Will




— Mesmo que desse o meu número a ele, e que ele estivesse interessado em mim, a pergunta é: ele é Nate Naetang? — falo e me aproximo ainda mais dele. — Eu respondo: Não! E sabe quem é Nate Naetang ? É o cara por quem estou completamente apaixonado!

— É mesmo? Aquele cara não chamou sua atenção?

Às vezes eu acho que Nate é inseguro demais. Não é possível que alguém que já teve tantas experiências amorosas, principalmente com mulheres, se comporte assim. Desde o início eu fui claro sobre o que sinto, e ele age como um bobo ciumento que não acredita no que eu digo, sei que às vezes brinco demais com algumas coisas, mas só faço isso porque sei que ele gosta.

— É sério que você tá me perguntando isso?

— Will, eu...

— Nate, por favor! Eu já falei que tô apaixonado por você. Como você pode duvidar disso? — pergunto e acaricio seu rosto. Ele olha para mim como um cão sem dono. Eu sorrio.

— Desculpa, Will! Eu fiquei cego de ciúmes, sei que isso é um pouco idiota, mas...

— Nate, nós estamos juntos, estou apaixonado, e eu acho que você também sente o mesmo por mim, ou não?

— É claro que estou! — exclama, se aproxima ainda mais, e cola sua boca na minha. Seu beijo é leve, terno, e em seguida se afasta. — Você não quer subir?

— Quero, mas será que eu posso dormir na sua casa?

— Pode...

— Olha, não vá pensar que estou com segundas intenções, tá? É que meus pais viajaram, e minha irmã está dando uma festa do pijama para as amigas dela. — em parte é verdade, mas eu também quero dormir abraçado a ele

[...]



— Por que você tá pegando esse colchão? Eu vou dormir no chão? — pergunto assim que saio do banheiro, enrolado em uma toalha. Após tomar um banho quente, Nate joga um balde de água fria em mim, e meu desejo de dormir abraçado a ele parece que não vai acontecer.

— Acho melhor assim!

— Ah não, você me deixou dormir na sua casa, e quer que eu durma no chão?

— Will, eu acho um pouco difícil...

— Difícil? Nate, dormir é bem diferente de transar!

— Tá bom, você está certo! Eu vou guardar isso! — estamos juntos. Peço para dormir em sua casa, e ele quer que eu durma no chão? Não sou um colega, um desconhecido.

Não demora muito para que ele guarde o colchão no closet, e retorne, se aproxima da cama, a desforra, coloca um lençol para mim em cima do travesseiro, senta na cama e se apoia na cabeceira, e joga seu lençol por cima das pernas. Ele olha para mim, e eu toco na toalha amarrada à minha cintura, e seus olhos ficam arregalados e a boca aberta.

— Will, o que você vai fazer?

— Vou vestir a roupa! — falo e uso um sorriso levemente debochado. Solto a toalha de vez, e ele tem um "Gay panic". Vira o rosto enquanto solto uma gargalhada. — Nate, você é muito bobo! Pode olhar... Eu tô vestindo o short que você me emprestou!

Ele finalmente olha.

— Puta que pariu, você é muito irritante... E isso é uma cueca, seu tonto!

BOYS LOVE BOYSOnde histórias criam vida. Descubra agora