capítulo 22- Assassino da noite

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Após aquele intenso combate entre Kura e Humaitá, o garoto ouviu mais uma vez a voz esquisita o chamando, a mesma voz que ouviu após a batalha contra o miraijin imortal
— Você faz muito barulho, moleque irritante!
O garoto ouviu a voz, mas ao contrário da primeira vez em que a ouviu, agora parece que ele foi transportado para uma espécie de “dimensão” ou local que nunca viu antes, possuindo um chão de madeira e uma pequena lareira ali perto
— Mas onde desgraças eu estou?...
O garoto disse isso enquanto olhava em volta, procurando de onde vinha aquela voz que o chamava
— Mas você é cego, viu? Olha para trás, garoto burro!
A voz disse isso e fez com que o jovem rapidamente se virasse para trás, com ele observando algo que faria qualquer pessoa normal duvidar da sua visão, ele conseguiu ver uma grande cama de cachorro, de um tamanho de mais ou menos uns trinta metros de altura e nela havia um gigantesco ser canino deitado, parecia ser ou da raça de “cão-lobo” ou um “Husky Siberiano”, ele não conseguia as diferenciar direito, esse animal também possuía pelos brancos e seus olhos eram de cores diferentes, com um sendo de coloração preta e outro azul
— Ué… Que bicho é esse, Seu animal de estimação?
Essa fala fez o animal em sua frente ficar extremamente irritado, com ele até mesmo tentando atacar o garoto usando das suas garras. Kura conseguiu se desviar por pouco daquelas garras, voltando a escutar a voz falar
— Eu sou o animal na sua frente, idiota!
Isso fez com que o garoto ficasse surpreso com aquilo, aquele cachorro em sua frente era a voz esquisita que escutou algumas vezes, a maior surpresa pra ele nem mesmo foi essa, mas sim o fato de aquele animal ter uma casa mais luxuosa que a dele. isso que era o mais surpreendente para ele 
— Oh…. Me desculpe, bem…  O que que tu quer, cachorro?
Kura falou isso tranquilamente, olhando o ser de pelos brancos na sua frente. Enquanto a resposta do animal, foi inicialmente dar um bocejo de sono e se revirar na cama dele, para apenas depois disso dizer o que queria
— Eu só vim pedir para você fazer mais silêncio, já que está atrapalhando o meu sono e...
Enquanto ele falava aquilo, ele notou uma coisa no garoto na sua frente, que era os ferimentos que ele teve no combate contra o indigena, fazendo o ser ficar em desespero
— Quê?! Mas como caralhos você ficou mais destruído que uma taça depois de cair no chão, seu merdinha?!
Essa reação fez com que o Kura pensasse duas coisas, a primeira era “como esse  bicho é cego” e a outra foi se perguntar “ele tá preocupado?”
— Ué… E isso importa? Fica tranquilo que nem tá doendo tanto mais.
Mesmo com o militar dizendo isso, a entidade não se acalmou nem um pouco sequer, parecia só que tinha piorado mais as coisas
— Não me vem com essa, seu filho da puta! Se você morrer, eu vou perder todo esse luxo aqui!
O cão gigantesco então deu um rápido tapa no garoto,  que fez com que uma certa aura curativa começasse a cuidar um pouco daqueles graves ferimentos. Isso fez o garoto elétrico se assustar bastante e também começar a se sentir mais pesado, um pouco mais sonolento
— Que… Mas que merda foi essa?... Por que eu tô com sono?...
Quando o ser viu que o garoto estava se regenerando, começou a ficar mais calmo e voltou a ter seu sono igualmente gigantesco
— Eu devo ter te passado meu sono sem querer… Bem, dorme aí
O garoto acabou capotando e dormindo ali mesmo, dando um fim para a participação do jovem naquela missão. Enquanto isso, já no início da cidade dominada, o grupo liderado pelo capitão Held se encontra caminhando pelas ruas da cidade, sempre atentos a tudo
— Held, esteja atento a tudo, qualquer deslize pode causar a nossa morte aqui, entendeu?-
A mulher irmã de Shams e a senhora da Lua disse isso, até que se virou para ver o seu capitão e não o viu ali, nem em lugar algum dentro do grupo deles. A mulher só conseguiu pensar uma coisa
— (Esse desgraçado já se separou da gente… Mas que porcaria!)
E foi exatamente isso que aconteceu, Held havia escutado um grito de socorro e foi correndo tentar ajudar a pessoa que havia, parecia ser uma mulher em total desespero
— Eu te imploro, não mate a minha filha!
A mulher grita enquanto segura a criança de aparentemente seis meses nos seus braços, ela gritou isso para um homem alto na sua frente, um homem que parecia ter por volta dos seus dois metros e dez de altura. O homem tinha um porte físico magro e atlético, segurando em suas mãos um alicate com um tamanho de uns um metro e vinte com a parte de pressão do alicate tendo os seus quarenta e cinco centímetros. Ele usava uma capa preta como a noite, além de um chapéu bastante usado nos anos noventa, usando um óculos bastante discreto em seu rosto e um roupa comum entre músicos de vários séculos atrás. Seus cabelos eram curtos e loiros, assim como o seu bigode grosso no rosto
— E por qual razão eu não devo a mata, quem vai me impedir?
Aquele homem ditou isso com uma voz grossa e potente, tendo um certo tom de sadismo na mesma, junto de um sorriso bastante arrogante e irônico no rosto. Mas isso logo foi ofuscado quando ouviu o som de algo batendo com força no chão, junto de ouvir as rachaduras do concreto da rua se rachando
— Eu vou te impedir!
O homem de roupas clássicas virou lentamente para trás após ouvir aqueles barulhos e aquela poderosa voz, tendo a visão de um homem alto, mais alto até mesmo que ele, com o homem aparentando ter os seus dois metros e noventa de altura. O homem que ele observou era uma montanha não só de tamanho, como também de músculos e tendo uma aparente grande força física, além de ter um cabelo bastante grande e longo que balançava com os ventos frios daquela noite. O uniforme militar entrega quem era aquele homem, que era obviamente Held que se encontra em uma pose imponente, segurando a sua clava de aço com as duas mãos
— Oh… Interessante esta sua afirmação…
O homem clássico ditou isso quando voltou sua atenção totalmente ao militar que o ameaçou, abrindo uma brecha para que a mulher corresse com a sua filha nos braços. O assassino apenas suspirou quando notou isso, parecendo levemente deprimido com aquilo
— Você me fez perder dois ótimos brinquedos… Espero que você me divirta, com sua expressão de medo e terror, quando eu te matar.
Essa fala horrível que foi dita pelo assassino, fez com que Held apenas se irritasse ainda mais com ele. Held fez uma rápida análise do homem, conseguindo assim notar que o inimigo em sua frente era um membro do grupo de terrorista “O assassino da noite, Lume”
— A vida das pessoas não é nada além de brinquedos para você, assassino da noite, Lume?!
As veias do rosto do capitão militar estava com as veias saltando de puro ódio, seu olhar para Lume é de total desprezo e nojo. Isso apenas fez o serial killer ter um longo e alegre sorriso sádico e psicótico em seu rosto, fazendo-o começar a girar a sua arma com velocidade no ar
— Certamente senhor militar, todos vão morrer um dia, por que eu não poderia me divertir com elas então?
Lume ditou isso enquanto andava lentamente até um poste de luz próximo deles, era uma rua de paralelepidetes cheia deles. Held apenas se enojou com aquele ser após aquela fala, parecia que iria vomitar de ódio a qualquer momento por conta daquilo, com sua única vontade naquele momento, sendo a de destruir aquele ser desprezível da sua frente o mais rápido possível
— Pessoas como você me dão nojo!
Held fala isso ao mesmo tempo em que seus olhos seguem o caminhar do assassino, tomando cuidado com cada movimento realizado por ele.  Lume com o seu alicate gigante, fez com que a sua arma passa-se pelo ferro do poste e corta-se a construção ao meio, o mais impressionante deste feito, foi que pareceu que não havia nenhum poste de Luz ali no meio, sendo uma demonstração incrível da força dele
— Então esse é o poder que relatam nas suas notícias, o seu alicate que destrói tudo?....
Lume apenas sorriu de forma maliciosa enquanto estendia o alicate com apenas uma de suas mãos, as luvas escuras como a noite deram um efeito de que a arma parecia flutuar, com isso ficando ainda mais evidente devido a luz de um dos postes ter acabado devido ao assassino ter o derrubado. Ainda naquela pose de superioridade, Lume praticamente gritou para Held
— Exatamente, este é o meu poder especial, o alicate que destrói tudo em que encosta, sem exceção alguma!
Isso fez com que o militar ficasse um pouco mais confiante com aquela luta, por conta que já sabia uma forma de derrotar o seu inimigo, que seria apenas destruir a arma dele e depois o matar. Held então levantou a sua clava com a sua mão direita, ao mesmo tempo em que os seus olhos começaram a brilhar de pura determinação e vontade para derrotar o seu inimigo
— Então eu vou te derrotar e dar um fim aos seus atos de maldade aqui e agora, assassino da noite, Lume!
A batalha já estava decidida, a batalha entre dois opostos da mesma moeda da vida e existência humana, o bem contra o mau e o mal contra o bem. Uma luta entre eles está prestes a acontecer, onde apenas um dos lados, irá sair vivo desse combate.   

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