Capítulo 96- No oceano para a prisão

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Era madrugada do dia oito de abril, e dentro de uma cabine de um píer se encontrava um homem de meia-idade comendo alguns salgadinhos e assistindo a alguns programas bestas em sua pequena televisão. Aquilo era como um ferro-velho de navios abandonados, e ele era quem cuidava daquelas bugigangas flutuantes, vivendo essa vida de tédio a cada dia que passa. A madrugada era extremamente gelada, obrigando aquele senhor a usar um casaco, mesmo com as portas da cabine estando fechadas, O homem logo reclamou
— Mais um dia nesse trabalho chato, vendo programas chatos!.... Cara, pelo menos pagam bem!
Em meio a outros lixos em terra firme, se encontra um jovem baixinho, totalmente encapuzado e escondido em meio a aquele lixo eletrônico e metálico. Em sua mente, o jovem dizia
— (Ei, psiu! Tá aí?)
Esse era o Kura, parecia estar tramando alguma coisa com aquele cemitério de navios. Em sua mente, o gigantesco canino descansava, tirando os seus longos cochilo de rotina naquela cama de cachorro assustadoramente gigantesca. Mas, seu sono foi subitamente interrompido pelo barulho gerado pelo garoto, coisa que irritou a entidade e a fez perguntar em um tom de raiva para o jovem
— Que que é, projeto de cruz credo?!
O garoto da eletricidade ouviu aquilo, imaginando que a entidade se irritaria. Logo, criando naquele espaço mental um pouco de comida de cachorro, o jovial começou a falar com aquele canídeo gigante
— Opa, quanto tempo! Sabe…. Se lembra de quando você disse, que caso eu descesse a porrada no Mike, você me emprestaria um pouco das suas habilidades?.... Então, queria saber se-
A fala foi interrompida, pois o grande animal de quatro patas bateu um daqueles membros no "chão" do espaço mental, gerando um pequeno terremoto ali dentro e destruindo a comida para cachorro. Em seguida disto, ele responde o garoto
— Sim, lembro! Mas não farei isso agora, garoto, já viu que horas são?!
O Kura ficou abalado com aquilo, assim como levemente desesperado, pois parecia depender bastante da boa vontade da entidade para aquilo. Então, ele continuou a negociar
— Ei, não seja tão rude!.... Sabe, eu preciso salvar o meu irmão, mas para isso eu preciso que você me empreste o seu poder, e….
O lobo escutou aquilo, voltando seus olhos gigantes para o garoto, sentindo um pequeno dejavú com aquelas palavras. Então, com esse sentimento nostálgico o tomando, o mesmo sentimento de se encontrar com um velho amigo, ele decidiu perguntar ao garoto
— Olha, não sei oque quer fazer, ou de quem quer salvar seu irmão! Mas…. Se você me falar onde vai, aí talvez eu decida te ajudar!
A esperança tomou o olhar do garoto da eletricidade, e nesse surto esperançoso ele se curvou perante o ser de aparência canina e começou a falar para o mesmo
— Eu quero invadir a nação prisão! Meu irmão está aprisionado lá dentro e eu preciso salvá-lo, custe o que custar!!
O ser que se parece com um Husky escuta isso, chocando-se inicialmente é logo perguntando ao jovem
— Espera…. Fala da nação prisão, a mesma onde os piores criminosos são aprisionados?!
O protagonista mais velho apenas acenou que sim com a cabeça, parecendo extremamente eufórico com aquilo. A entidade ficou pensativa, mas logo chegou em uma resposta satisfatória
— Bem, o receptáculo daquele gato deve ter sido preso lá, depois daquela revolução! Então…. Faremos assim, irei te emprestar alguns poderes e capacidades minhas, em troca de você bater nele de novo!
O jovem se levantou, aceitando aquele acordo e os dois "apertam" as mãos depois disso. Assim, a entidade animalesca conecta parte de seus poderes ao garoto elétrico. Com isso, o jovem militar pôde sentir seu corpo se fortificando, sua energia aumentando e sua disposição ficando ainda maior
— Que incrível!
— Não é? Agora, vamos ver se você é mais interessante que meus receptáculos antigos, vocês tem um sangue parecido, afinal!!
A entidade respondeu, aguardando apenas o próximo movimento do militar Mirim. Então, sem perder muito tempo, o Kura se jogou a toda velocidade em cima de um dos navios do ferro velho, dando-lhe um choque super intenso, derretendo e consertando os equipamentos que precisava e energizando a máquina, conseguindo a ativa novamente. O dono daqueles lugar escutou o barulho, saindo e gritando para o garoto
— Ei, que porra é essa?!
O homem sacou uma arma e se preparou para atirar, mas antes de conseguir isso, aquele barco deu partida a uma velocidade inacreditável. Foi tão rápido, que conseguiu gerar atrito com a água, mesmo que pouco, e naquele horizonte o veículo aquático rapidamente desapareceu completamente, deixando o homem a literalmente ver navios
— Merda!
Reclamando consigo mesmo, o adulto correu para dentro da cabine novamente, legando seu telefone e discando o número da polícia. Quando atendido, o seguinte diálogo se seguiu
— Boa noite, serviço do 19*, como posso ajudar?
— Quero relatar um roubo!!
Uma conversa longa se seguiu, e os agentes da lei rapidamente se dirigiram até o local da ligação. Ao chegarem lá, uma boletim começou a ser feito pela perícia. Durante a feitura deste documento, o dono daqueles lugares deu as seguintes descrições do ocorrido
— Uma pessoa extremamente baixa, praticamente anã saiu do meio de algumas bugigangas que tenho por ali, e me roubou um dos navios! Essa pessoa tinha poderes elétricos e usou isso para zarpar!!
Um dos policiais ficou anotando tudo que o homem ia falando, enquanto outro continuou com as perguntas
— Certo, sabe dizer para onde ele foi?
— Não sei ao certo, mas se ele continuar seguindo daquela forma, com toda certeza ele irá parar ao extremo sul!!
As informações foram anotadas, mas essa última deixou o polícia encucado, com o mesmo tendo os seguintes pensamentos
— (Ao extremo sul?.... Mas, para lá fica a nação prisão em linha reta e Sneeuland um pouco mais à esquerda!.... Não acho que esse alguém vá para a nação prisão, pois além de só ter criminosos por lá, ainda é uma distância muito grande…. Mesmo indo por Uwurug que é mais próximo, são quarenta mil quilômetros de mar em linha reta até chegar na costa daquele país…. Pela costa daqui, seria cinco vezes essa distância em linha reta!)
O dono do ferro-velho ficou inquieto com aquele silêncio longo do policial, logo perguntando ao mesmo de forma impaciente
— Que que aconteceu, doutor?!
— Hum?.... Oh, nada! Não se preocupe, iremos reaver seu navio, pode ficar sossegado, senhor! Tenha uma boa madrugada!
Os policiais logo entraram em seus carros novamente, indo embora daquele local. Quando sol finalmente nasce por aquelas bandas do globo, o protagonista mais novo finalmente acordou, se espreguiçando e logo se levantando da cama, começando a procura pelo seu irmão mais velho
— Kura, já levantou?!
Arold rodou por toda a casa atrás de seu irmão, mas não obteve sucesso nessa procura. Nisso, o garoto de cabelos longos decidiu pausar sua procura e fazer seu café da manhã, ligando a televisão em um canal público para ver séries animadas épicas na televisão. Entretanto,  o programa que passa de manhã na TV estava fora do ar, por conta do noticiário matinal de última hora
— Uhg, que merda aconteceu agora? Explodiram uma base militar?
Reclamou o garoto em voz alta, enquanto movimenta o pão e a faca com manteiga que se encontram na sua mão, mostrando sua insatisfação. Já no jornal, o apresentador do noticiário começou a falar
— Durante a madrugada de hoje, um barco foi roubado em um ferro-velho, até o momento não se sabe quem fez isso, só se sabe que tinha poderes elétricos e seguiu em linha reta quando roubou o veículo!
— Mas que loucura!
Falou o Arold, enquanto prepara a sua comida e escuta o jornal. E o apresentador continuou a falar
— Com sorte, uma câmera de segurança conseguiu registrar o momento em que o meliante se jogou dentro do navio!
A filmagem logo foi mostrada e o garoto-explosão a assistiu. Analisando o corpo daquele ladrão de barcos, o jovem notou a baixa estatura do mesmo e um sobretudo preto com capuz, além de uma máscara preta em seu rosto. E então, ligando as peças em sua cabeça, o Arold bateu na mesa e deu um berro extremamente alto
— Kura, seu idiota de merda!!!! Pensei que tivéssemos um acordo sobre isso, porra!
O garoto se levantou bruscamente e saiu de casa, correndo pelas ruas na direção do prédio de trabalho da Kraftig. O objetivo dele era o de pedir ajuda para impedir que seu irmão fizesse tamanha besteira. A corrida durou longos vinte minutos sem parar por absolutamente nada, e quando chegou na entrada da construção, Sahaba que era o responsável pela segurança do lado de fora naquele dia, logo tentou parar o jovem criador de explosões
— Ei, Arold! Para aí, você precisa de hora marcada-
O protagonista mais novo apenas passou reto, gritando para o jovem-nuvem com um tom enfurecido em sua voz
— Cala a boca, coadjuvante!
O jovem-nuvem escutou aquilo e ficou calado, mostrando até que aquilo o deixou levemente para baixo. Paralelamente a isso, o garoto das explosões foi correndo por dentro de toda aquela construção, até finalmente chegar na sala da líder do país. Lá dentro, ele rapidamente grita para a mulher
— Kraftig, tenho um pedido!!
Essa atitude repentina assustou a mulher, fazendo-a derrubar a pila de cartas que estava montando antes da intromissão daquele garoto. Enfurecida, ela gritou para o pequeno protagonista
— Você me atrapalha para um pedido?! Garoto, caso não seja algo muito importante, eu te mato aqui e agora!!
Arold, um pouco ofegante pela longa corrida, juntou forças para dizer as seguintes palavras
— Quero falar sobre o ladrão do ferro-velho dessa madrugada…. Suspeito que ele era o Kura!!
A mulher escutou aquilo, soltando um suspiro descrente e descontente com a situação. Assim, ela logo respondeu para o garoto na sua frente, usando um tom de voz alto, grosso e enfurecido, mostrando seu descontentamento com aquela situação
— Garoto…. Eu te dou um minuto para explicar seu ponto, ou eu vou acabar com a tua raça!
O criador de explosões logo começou a falar de sua teoria, e os pontos que sustentam a mesma. Foi uma explicação rápida, como a moça tinha lhe pedido naquele tom assustador. A morena logo ficou pensativa por algum tempo, até começar a dar a sua resposta ao garoto
— Bem, isso é pertinente…. Mas, se você estiver certo disso, temos algumas coisas a considerar, a primeira: O espírito que seu irmão é receptáculo tem uma richa com o espírito lá de Uwurug, então provavelmente depois de bater e vencer o receptáculo Mike, o Kura deve estar tendo ajuda do seu espírito. O segundo ponto: se o primeiro estiver correto, então sua energia está mais potente, e nesse ponto, as antes uma semana de viagem se tornam apenas algumas horas…..
O Arold escutou isso, ficando pálido de medo. Então, ele logo se curva na frente da mulher e começa a falar
— Por favor, salve os meus irmãos! Não só o Kura que provavelmente vai fazer alguma merda, mas o Shiawase! Eu conheço meu irmão mais velho, e sei que a acusação de genocídio não é verdadeira!..... Eu imploro, salve os dois!!
Kraftig escutou isso, começando a ter algumas lembranças de sua vida. Naquele ponto de sua existência, não era a primeira vez que escutava esse tipo de pedido. Então, para tentar acalmar os ânimos do jovem explosivo, ela começa a falar
— Bem, não posso interferir na decisão de execução de seu irmão mais velho! Afinal, já foi decidido que ele será morto e uma guerra vai começar em cima disso…. Mas, caso o Kura entre no meio dessa guerra, e eu sei que ele vai, nós podemos usar a desculpa de salvá-lo e impedir a morte do seu irmão…. Em outras palavras….
A loira estalou seus dedos, chamando a atenção do Gabriel e do Jod. Então, ela prontamente fala para todos aqueles três dentro da sala
— Gabriel, Jod! Preparem alguns homens, não precisam ser todos…. Iremos guerrear também!!

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⏰ Última atualização: Jun 16 ⏰

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