Capítulo 41- Fogo Vs Explosão

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A mulher ainda estava de joelhos no chão, sem conseguir se mexer, ainda estando bem machucada devido aquela luta com o Pónos. Refletindo sobre toda aquela situação que havia passado
— Que coisa, isso foi realmente um desperdício…
Ela ficou olhando em volta, por estar sentindo que alguém estava observando ela por ali, com a mesma pensando que alguém poderia ter acabado se machucando devido aquela luta que ela teve. Com ela começando a procurar, enquanto pensa de forma preocupada
— (Merda, se alguém tiver se machucado, além da culpa que vou sentir, eu com toda certeza vou ser demitida também!)
Ela foi olhando em volta por mais algum tempo, até finalmente achar aquilo que estava a olhando. Era a alma do seu capitão Held, que estava a encarando com um grande sorriso no rosto, um sorriso do mais puro e sincero orgulho, sabendo que fez a escolha certa quando recrutou aquela garota
— Pelo visto, fiz a escolha certa mesmo!...
Aquele espírito falou isso, ainda olhando para a sua antiga aliada, enquanto sorria e começava a “evaporar” igual a uma nuvem. Iya por sua vez tentou se levantar para ir até ele, mas a mesma acabava por cair no chão, devido ao choque de dor no seu corpo
— Held!
Ela disse aquilo antes de cair, batendo de cara no chão e perdendo o seu capitão totalmente de vista. Com a mesma só conseguindo olhar para o local onde o mesmo estava, cerca de dois segundos após a sua queda, não conseguindo ver nada ali
— Será… Que eu não estava apenas vendo coisas?....
Ela refletiu isso consigo mesma, antes de finalmente desmaiar de cansaço e por conta dos seus ferimentos, ficando totalmente fora de ação.
Enquanto isso, já entrando em um prédio de pelo menos quatro andares no centro da cidade, Arold e o Vice-capitão e também melhor espadachim do mundo, Katto, estavam correndo a todo o vapor. O silêncio tomava conta daquela corrida, ambos não estavam falando absolutamente nada, desde quando começaram a correr. Esse silêncio assustador já estava começando a irritar o pobre irmão mais novo do Kura, que em uma tentativa de quebrar o silêncio, fez uma pergunta ao espadachim
— Ei, senhor Katto! Eu estive pensando em uma coisa aqui, e isso me gerou uma dúvida
O homem cunhado do Held voltou sua atenção para o jovem, dando um simpático sorriso enquanto encara o jovem, começando a falar em um tom extremamente calmo
— Claro, pode perguntar, Eu adoraria tirar a sua dúvida!
Quando o jovem recebeu essa resposta, ele ficou aliviado por ter conseguido “quebrar o gelo”, logo, ele começou a falar a sua dúvida
— Bem, quando estávamos lá na casa do senhor Held, eu vi que você conseguiu duplicar aquele brinquedo, no qual os filhos do capitão estavam brigando. Isso me fez questionar, se você não poderia duplicar pessoas também, ou até mesmo a sua própria espada?
Arold nem havia terminado de falar aquela pergunta, mas já estava exalando a mais pura ansiedade atrás daquela resposta. Katto ainda estava rindo, mas agora por conta daquela animação vinda do jovem, com o espadachim começando a explicar como realmente funciona o seu poder
— Bem, como o Held provavelmente explicou o básico sobre como os poderes funcionam, a você e ao seu irmão, ele disse sobre como a vontade de alguém influencia a forma que os poderes agem, certo?
O jovem então começou a balançar a sua cabeça, em um sinal de total afirmação, enquanto se lembra daquela explicação rápida feita pelo capitão daquele grupo militar. Enquanto isso, Katto voltou a falar a sua explicação
— Bem, então você sabe, que se eu tiver a vontade  ofensiva de cortar algo, esse algo vai ser  cortado e consequentemente destruído, independente do que seja, e que caso eu tenha uma vontade passiva, isso vai se duplicar, certo?
O irmão do Kura novamente confirma com a cabeça, com ele esperando logo a resposta definitiva do espadachim, que por sua vez parecia estar enrolando isso de propósito
— Bem, sabendo disso, eu posso dizer que eu sou capaz sim de duplicar a pessoa, mas não por completo, como corpo e alma. Mas sim, apenas seus corpos e memórias, mas mesmo tendo isso “copiado”, a alma naquele novo corpo é totalmente nova. Mas todas as coisas duplicadas que eu “crio” duram por um tempo bem limitado, então eu não crio esses “clones”, por achar bem triste criar um ser vivo para ele morrer em minutos
Arold ouviu isso e logo achou compreensível esse motivo, mas ele ainda não havia parado de correr junto do Katto, assim como também não havia perdido a dúvida sobre aquela outra coisa em relação aos poderes do espadachim
— Certo, isso explica e justifica o motivo de você não criar duplicatas de si mesmo, ou de outras pessoas ou coisas, mas não respondeu minha pergunta sobre a espada. Qual é o motivo dela?
O espadachim ficou levemente reflexivo, já que não havia percebido a falta da resposta para a outra pergunta, mas ele se prontificou de começar a explicar
— Essa é a parte mais óbvia, para eu conseguir cortar algo, seja com o intuito de destruir ou duplicar, a lâmina da minha espada tem que "encostar/alcançar" aquilo que eu quero ou desejo cortar. Mas a lâmina não consegue se alcançar, tornando impossível a espada se duplicar, ou pelo menos, quase impossível…
Katto disse isso, finalizando aquele assunto e voltando o silêncio assustador daquela caminhada. Arold continuou refletindo por alguns momentos, até que decide falar mais uma coisa, para quebrar o silêncio mais uma vez
— Entendi, faz bastante sentido. Você explica bem as coisas, sabia? Vice-capitão, Katto?!  
O jovem disse isso, acabando por deixar o espadachim um pouco mais animado e alegre, conseguindo elevar mais a autoestima daquele militar
— Você acha mesmo, Arold?
O espadachim falou isso dando muita risada, ao mesmo tempo em que o seu ""discípulo”” de esquadrão também começou a rir, dando um clima bem descontraído ao momento, com os dois estando com mais energia para aquela missão. Mas no meio da escuridão daquela sala, uma luz de “fogo” acabou surgindo, com logo em seguida aquela chama começou a se mover com uma velocidade extrema, com aquele ser de fogo mirando atingir a cabeça do melhor espadachim. Arold por sua vez, conseguiu notar isso a tempo e avançou contra aquela chama, a golpeando com um chute e repelindo a mesma para longe, e o mais impressionante foi que o garoto sequer se queimou
— Arold, você está bem?!
O espadachim disse isso, se preocupando com o garoto, já se preparando para sacar a sua katana e ajudar o garoto naquele combate
— Não Vice-capitão! Continue em frente, eu seguro ele aqui, eu estou bem!
Arold disse isso, estando já atento para aquela chama de forma humanoide, pronto para lutar com tudo que tinha para aquele momento. Mas o cunhado de Held ainda estava relutante em relação a essa escolha, ainda querendo lutar junto com o garoto
— Mas, Arold, você pode não aguentar e-
— Apenas vai em frente logo, Capitão!-
O espadachim tentou falar, mas o grito do garoto interrompeu a fala daquele homem, a abafando por completo. Mas se aproveitando dessa suposta brecha feita pelo garoto, aquela “chama” voltou a avançar, tentando atingir a cabeça daquele garoto, mas para a infelicidade daquele inimigo, o garoto novamente chutou com tudo aquele ser, mas agora ele deixou claro para o seu comandante qual era o seu plano. No caso, ele usava pequenas explosões na sola do seu pé, para assim impedir que as chamas encostassem no seu pé, tornando bastante seguro aqueles golpes fisicamente. Aquele ataque, de forma óbvia, gerou um impacto que lançou aquele ser contra a parede, começando a rachar aquela sala, deixando com perigo de o teto desabar e fechar a passagem para os próximos andares e o consequente fim da missão
— Vai logo, para de perder tempo!
O garoto de cabelos grandes disse isso ao espadachim, com aquele homem finalmente fazendo isso e indo para os próximos andares. A chama então logo se levantou depois daquele golpe, com ela começando a falar
— Minha missão era matar os dois, mas eu vou te matar logo e ir atrás daquele desgraçado, pra acabar com ele!
Ikari, o homem-fogo ou aquela chama com quem Arold estava lutando, falou isso com bastante raiva, demonstrando toda a sua intenção assassina para frente daquele garoto. Já o irmão mais novo do garoto elétrico, apenas soltou um sorriso com um pouco de raiva, enquanto começou a falar
— Ah é? Vamos ver se você vai aguentar pelo menos uns dois minutos comigo, senhor fogo no rabo!   























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