Capítulo 35- Escuridão inquebrável

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Pónos estava ganhando várias e várias lutas naquele local clandestino, agora, ele não era mais uma simples criança, mas sim um homem adulto. Dentro daquela arena, que era suja do sangue de vários desesperados por dinheiro, o agora adulto Pónos, era conhecido como “Os músculos sanguinários.” Isso vem claramente do que ele fazia aos inimigos, sendo conhecido em principal, por partir eles ao meio e se banhar no sangue e entranhas deles.
— Isso é ótimo!
Ele falou isso, com um sorriso sádico no rosto, parecendo um assassino sanguinário, um guerreiro de algum povo antigo e bem selvagem, algo parecido com um espartano em batalhas. Após ele terminar de espalhar as entranhas  do seu inimigo pelo octógono, Pónos se retirou dali e voltou para dentro da sua sala especial, se sentando em uma poltrona que havia lá dentro
— Mais uma luta….
O homem disse aquilo, tirando aquela "máscara" de guerreiro sanguinário, mostrando a sua real face, a face daquele garoto assustado e que foi escravizado, por coisas que ele não teve culpa alguma. Um suspiro mórbido saiu dos lábios dele, enquanto ele se jogou para trás na poltrona, começando a encarar o teto por um tempo, refletindo sobre tudo que já aconteceu na sua vida
— Acho….. Que vou largar essas lutas, isso não é para mim, eu não gosto de lutar contra as pessoas…
Ele moveu o seu braço direito em direção a uma mesa ali do lado, o homem logo segura uma garrafa de vodka, ele então com o seu braço canhoto, abre a boca da garrafa da bebida alcoólica. Ele então moveu aquele casco de vidro em direção aos seus lábios, começando a beber aquele álcool, entornando aquela garrafa de quase dois litros, em menos de dez segundos, a entornando por completo
— Deu pra dar uma aquecida, acho que vou beber mais….
Ele disse aquilo, colocando aquela jarra de vidro, na mesa novamente, soltando uma espécie de “arroto”, além de soltar mais um suspiro mórbido durante esse ato, parecendo bem depressivo e solitário. Quando aquele homem “guerreiro” foi tentar pegar mais uma garrafa, alguém acaba por abrir a porta da sua sala, ato esse que o deixou assustado e pronto para matar alguém, com o objetivo de esconder a sua real personalidade, mas quando ele notou quem era, ele logo ficou mais calmo e voltou para a sua posição mais despreocupada, pois a pessoa que entrou naquela sala, foi a sua mãe
— Como você está, Pónos?
A mulher perguntou isso, enquanto olha para o Pónos, a mesma coçava o nariz enquanto isso, não tirando os olhos dele. O homem por sua vez, se sentou de novo na sua poltrona aparente confortável, deixando suas costas curvadas e sua cabeça baixa, para logo em seguida, com uma voz bastante mórbida e “depressiva”, falar para a sua mãe
— Sabe mãe, eu não gosto de lutar, sabe…. Não quero machucar pessoas mais, eu estou cansado dessas lutas…
Quando terminou de falar aquilo, pegou de novo outra garrafa de vodka daquela sala, voltando a beber ela com tudo, a virando de novo em poucos segundos. A mãe dele, apenas observava aquela cena, dando um suspiro levemente decepcionado enquanto encara o seu filho, falando para ele
— Você já matou várias pessoas nessas lutas, não tem mais volta para isso, então largue de ser um covarde de merda e comece a agir como um homem!
Ela fala isso de forma bastante irritada, usando aquele garoto igual a um simples escravo que gera dinheiro para ela, como se ele fosse uma galinha dos ovos de ouro. O futuro terrorista por sua vez, apenas ficou um pouco mais agitado com aquilo, o fazendo se levantar daquele assento e começar a falar para ela
— Se eu não matasse eles na arena, às pessoas que dão dinheiro para essa competição, iriam matar essas pessoas!
Ele fica ofegante quando fala isso, parecendo estar verdadeiramente irritado com aquilo, recuando um pouco depois disso, sentindo um peso na sua consciência quando terminou de falar aquilo, se curvando perante a sua mãe. A mulher apenas o encarou de cima, enquanto deixa sua carteira em cima da mesa da sala, enquanto ela começa a falar
— Que visão patética, você só me decepciona
Pónos apenas ficou ouvindo aquilo, enquanto olhava para a carteira da sua mãe, notando uma foto do seu irmão gêmeo, era uma foto dele com os seus pais. Isso deixa o homem da força, com uma inveja extrema, mas o fez perguntar para a sua mãe
— Mãe… Como vai o meu irmão?... O Oraía, no caso…
O homem fala isso, em um tom ainda mais baixo e depressivo do que antes, deixando claro, que era uma pergunta feita para saciar a sua curiosidade de pura inveja. A mãe dele, logo criou um sorriso em seu rosto, começando a falar em um tom cheio de orgulho
— Ele está fazendo vários e vários shows pelo mundo, estando atualmente no país da Yìdàlìoa. Em mais uma das suas belas óperas!
Ela dizia isso, olhando para cima e enchendo seu peito do mais puro orgulho, para logo em seguida voltar os seus olhos para o Pónos, falando em um tom provocante para o seu filho renegado
— Ao contrário de você, eu gosto de saber que ele é o meu filho!
As falas da mulher, fizeram a inveja e raiva do Pónos pelo irmão, ficarem ainda maiores, mas ele não teve muito tempo para digerir isso, pois o chamado para a próxima luta acabava de tocar
— A próxima luta, vai ser uma já definida e outra vai ser um desafio de algum novato, ganhe elas assim como as outras, okay?
A mulher falou aquilo, se retirando daquela sala e deixando o seu filho ali, para o mesmo ter tempo de se preparar para a luta. Pónos foi fazer isso, seu principal preparativo, era o de beber bastante álcool e se alongar bastante, para ficar cem por cento pronto para aquele combate
— é só ir lá e arrebentar o cara, a culpa não vai ser sua…. Afinal, não foi você que escolheu esse caminho….
Pónos disse aquilo para si mesmo, enquanto abre lentamente a porta na sua frente, usando do seu braço canhoto para isso, começando a andar assim que entra no corredor, se dirigindo para a arena. Quando ele subiu na arena, logo falando para todos ali
— Olá, senhoras e senhores! Eu estou aqui nesta noite, cheio de orgulho para mostrar os meus combates!.... Melhor, os meus massacres! Vamos, pode deixar o primeiro combatente da noite entrar!
O futuro terrorista e atual campeão desta competição, após falar isso, ele apenas se calou e olhou o seu inimigo subir na arena, era um homem aparentemente forte, parecia pesar cerca de duzentos quilos de puro músculo. Quando aquele forte oponente entrou ali, ele falou para o Pónos
— É hoje que você vai perder esse título!
Quando aquele homem disse aquilo, ele avançou contra o homem irmão de Oraía, acertando um soco no pescoço do “patinho feio”, para em seguida, o desafiante acertar uma rasteira naquele oponente. Mas para a infelicidade do mesmo, Pónos não chegou a cair no chão, pelo contrário, ele apenas ficou mais forte do que antes e em seguida deu um soco no crânio daquele desafiante, a explodindo com um só soco
— Esse foi o lutador da casa, que ousou me desafiar?!
Pónos gritou aquilo e exibiu aquele cadáver para os espectadores da luta, para eles poderem observar aquilo com mais detalhes
— Agora, quem que assiste ousa me desafiar?!
Ele pensou que ninguém iria tentar o desafiar, mas infelizmente para esse odiador de batalhas, uma pessoa se levanta na arquibancada. O homem que se levantou, tinha cabelos pretos e uma franja que cobria o seu olho direito, as roupas daquele homem eram abertas no seu peito, mostrando o definido peitoral do mesmo, as suas roupas eram feitas de um tecido bem caro, enquanto o mesmo carrega consigo um tridente feito de Tungstênio e aço reforçado, sendo pintado também por uma pequena camada de ouro (com exceção de suas lâminas obviamente, que eram cinzas como o aço.) Aquele homem, era o líder e capitão do grupo terrorista que Pónos viria a fazer parte, aquele homem era o Katára, que gritou para aquele ser supostamente arrogante
— Eu serei o seu oponente!
A voz dele assustou a todos ali, os passos daquele homem eram pesados, mostrando uma imponência gigantesca nesse caminhar, fazendo com que as pessoas ali fossem andando para trás, demonstrando bastante medo dele. Pónos viu o seu inimigo subir na arena, ficando levemente assustado, mas não se deixando abalar, apenas falando para o ser
— Você vai lutar comigo, pode vir então!-
— Você começa!
Katára falou isso, enquanto cortava a fala do campeão daquele local clandestino, sendo uma fala que gelou a espinha do grande Pónos. O desafiado por sua vez, logo sorriu de forma meio nervosa, enquanto diz
— Tem certeza disso, você está sóbrio?!
A voz do campeão era trêmula e assustada, mas ainda tentando manter o seu tom assustador e bem elevado.  Mas, Katára sequer olhou no seu rosto após isso, na verdade, a reação do homem de cabelos negros, foi de olhar para o chão ecomeçar a cantarolar. Pónos acabou ficando irritado com aquilo, o fazendo dizer
— Certo, então aqui vou eu!
O formidável guerreiro avançou com tudo contra o desafiante, o golpe que ele iria acertar no homem do tridente, seria um soco de direita bem dado no rosto dele, obviamente se aproveitando do fato da visão dele estar focada para o chão. O golpe de Pónos é bem sucedido, mas algo de estranho aconteceu, pois ao invés da cabeça do seu inimigo explodir, assim como a de todos os outros antes dele, o que acabou explodindo de verdade, foram os ossos do braço do Pónos
— (Mas… como?! A força do meu golpe…. Poderia ser comparada, a receber toda a energia e impacto de uma bomba capaz de destruir uma área de dez quilômetros, bem no crânio!)
O grande Pónos pensou isso, enquanto vê o seu braço balançar depois do soco, mas mesmo após essa demonstração da resistência física do seu inimigo, que sequer se moveu depois daquele ataque, Pónos ainda tentou o golpear com mais um soco visando o rosto do mesmo, enquanto grita para ele
— Agora você vai morrer, seu emo de merda!
O movimento do braço esquerdo do Pónos, tinha uma velocidade um pouco menor que a de um raio, mas quando o punho dele estava a apenas nove centímetros da cabeça do Katára, o braço inteiro do campeão daquelas lutas, foi arrancado fora
— (M-mas…. Como isso aconteceu?!? Eu nem consegui ver isso, mesmo eu acompanhando uma velocidade gigantesca, eu nem vi quando ele se mexeu!)
Pónos pensou aquilo, enquanto vê o seu braço voar e o seu sangue jorrar para todos os lados daquele octógono, mas antes mesmo que sequer uma gota do seu sangue chegasse a atingir o chão, a sua cabeça foi decapitada pelo homem de cabelos negros
— Fraco…
Katára disse isso, tendo a cabeça do seu inimigo fincada nas lâminas do seu tridente, a expondo para todos da arena conseguirem ver. Quando ele terminou de se exibir, ele pegou o corpo do mesmo e foi com ele rapidamente para um local bem escuro
— Dez segundos se passaram desde a morte….
O homem sombrio disse isso e jogou o corpo e cabeça do Pónos no chão, para em seguida o reconstruir aquele corpo com uma massa escura, fazendo com que o homem do “top” 1 daquela arena, voltar a vida com isso
— Você está bem, garoto?
Katára disse isso, enquanto encara aquela montanha de músculos na sua frente, lentamente começando a murchar, fazendo com que o Pónos volte para o tamanho normal dele, sem aquela quantia grande de músculos. O antigo vencedor daquelas lutas, se levanta extremamente assustado, vendo que está vivo de novo, berrando para o homem do tridente, de forma assustada
— Como caralhos você fez isso?! Eu tinha morrido!
O líder terrorista por sua vez, acabou por dar um suspiro meio irritado com aquelas palavras daquele homem, se encostando na parede daquele tipo de beco, começando a falar
— Eu usei o meu poder para isso, não te darei tantos detalhes sobre o meu poder, o máximo que direi é: Eu crio maldições e usei uma em você, para remodelar seu corpo e te “reviver”
Katára disse isso, para ver se aquele homem ficava mais calmo, mas sem perder a sua curiosidade sobre a perda dos músculos dele, para rapidamente  perguntar para ele
— Bem, me explica o seu poder então, ele não era só super-força?
Pónos olhou para o homem, ainda estando bem desacreditado com aquilo, mas após analisar um pouco a situação e entender tudo que aconteceu, ele logo começou a falar
— Bem…. Obrigado por me ajudar….. Em relação ao meu poder, eu vou te falar logo tudo dele: Sempre que eu levo um golpe, eu absorvo a força do golpe, a usando não só para aumentar minha força, mas também a minha resistência e velocidade, isso se soma a cada golpe. Mas, só dura oito dias
O líder do maldito grupo terrorista, ficou pensando sobre aquilo, analisando aquilo com calma, enquanto pega alguns papeis na sua roupa, enquanto fala
— Olha só que novidade, isso não constava nos documentos sobre você
A fala do homem de cabelos negros, deixou o filho odiado pelos pais, intrigado com aquilo que ele falou, fazendo-o ir atrás de pegar aqueles papéis enquanto fala
— Como assim documentos sobre mim?!
O lutador de tridente, apenas prendeu o homem entre as lâminas da sua arma, olhando para as folhas enquanto isso e dizendo de forma calma
— Não se afobe, não seria bom para nenhum de nós dois ter de lutar aqui e agora…. Bem, acho que posso te explicar sobre isso
O homem moldou uma pedra ali, para formar uma cadeira bem confortável para si, se sentando ali e começando a falar de forma calma
— Eu pedi para alguém da minha confiança, pegar o máximo de informações sobre você, a história da sua vida, seus familiares, poderes deles e onde você mora
Ele falou aquilo, sem encarar o homem nos olhos, a nenhum momento ele encarou Pónos nos olhos dele. Já o homem espionado por sua vez, ficou ainda mais intrigado com aquilo, o fazendo engolir seco a sua saliva e relutantemente perguntar, ainda sentindo um certo medo daquele homem
— M-mas…. Qual o seu objetivo com isso?...
Ele tinha perguntado aquilo, temendo que sua cabeça fosse cortada fora depois dessa pergunta, mas para a sua surpresa, o homem das maldições não o matou, na verdade, aquele homem apenas se alongou e disse
— Simples, eu queria te recrutar para um grupo
Pónos quando ouviu isso, ficou bem mais curioso em relação ao homem em sua frente, o fazendo perguntar para o mesmo, ainda em um tom meio assustado
— Que tipo de grupo?…. Se não for um incomodo perguntar, claro….
Quando a pergunta daquele homem foi feita, o líder do grupo terrorista se levantou daquela cadeira, parecendo estar irritado, com o mesmo ainda segurando o tridente nas mãos dele. Mas, novamente, Katára apenas blefou, enquanto ele volta a falar sobre isso
—  Eu serei sincero com você, o grupo para o qual eu quero te chamar, é um grupo terrorista, um grupo focado na raiva. O grupo da Misó
Quando a ovelha negra daquela família ouviu aquilo, ele logo se lembrou de algumas notícias, falando sobre esse grupo de terroristas, um grupo que contava com três pessoas até aquele atual momento, cometendo alguns delitos um pouco mais “leves” por assim dizer, fazendo o homem que estava sendo recrutado, tomar cor coragem para perguntar
— V- você é líder deles?!.... O Katára?!
Quando o Pónos pergunta aquilo, ele vê o homem dos cabelos negros levantar e abrir os seus braços, enquanto o homem da franja começa a falar
— Exatamente, eu sou este homem, sou o líder do grupo e estou aqui te recrutando, eu vou te tirar desse lugar
Katára falou aquilo, falando em um tom bastante sedutor e amedrontador, como se uma mão divina estivesse puxando o pobre Pónos daquele fundo do poço. Mas, o homem lutador daquela arena, estava pensativo sobre aquilo, enquanto encarava para o rosto do homem, tentando ver seus olhos
—  Mas…. Como posso confiar em alguém que nem mesmo os olhos eu consigo ver?!  E além disso, eu não posso me tornar um criminoso desse tipo, eu posso acabar preso e-
O guerreiro estava falando aquilo, até que acabou por ter a sua fala interrompida pelo homem a sua frente, não por alguma fala do mesmo, mas sim pelo ato que ele fez, que foi o de finalmente olhar nos olhos dele, mostrando as pupilas negras dele, assim como a cor do seu cabelo. O Katára após revelar os seus olhos, ele então começou a falar, em um tom ainda sereno
—  Pode confiar em mim agora? Você já sabe como são os meus olhos, enquanto em relação a se tornar um criminoso, você já é um criminoso, você já matou várias pessoas naquela arena e é um lutador de um local clandestino…. Além de que, eu sei o motivo de você ter entrado para esse mundo
As falas do Katára, deixou o jovem Pónos extremamente chocado e tendo um sentimento estranho quando ouviu aquelas falas, a curiosidade do lutador daquela arena clandestina, estava gigantesca dentro dele, coisa que acabou o fazendo perguntar mais uma coisa para o homem em sua frente
— V-você sabe…. O motivo de eu estar aqui?....
A voz dele era trêmula, mas ele não se encontrava mais assustado em relação ao homem à sua frente. Enquanto ao líder dos terroristas, apenas deu um pequeno suspiro mais “reconfortante” para aquele homem, enquanto moveu a sua mão direita e estalou os dedos, ao mesmo tempo que fala
—  Sim, eu sei que as pessoas que te colocaram aqui, foram os seus pais que queriam apenas te usar para pegar dinheiro, eu sei que você não gosta de lutar e machucar pessoas, eu sei de tudo! E eu prometo, que irei te ajudar a sair desse fundo de poço…. Eu não, nós iremos! Nós do grupo da Misó, seremos a sua família, a família perfeita para você
Enquanto ele foi falando aquilo, mais dois homens aparecem atrás do homem de cabelos negros, sendo um deles o irmão do líder daquele grupo, enquanto o outro é um dos membros chamados recentemente, aparentando ter uns quarenta anos. Quando aqueles dois ficaram em posição atrás dele, o homem dos cabelos sombrios, logo soltou o jovem do meio do tridente e falou
— Nós vamos te ajudar a se vingar dessas pessoas e vamos cuidar de você, você nunca mais precisará lutar, em toda a sua vida
Pónos quando ouviu aquilo, pela primeira vez nos vinte e oito anos da sua vida até aquele momento, finalmente se sentiu seguro ali. Naquele mesmo dia, os pais odiosos do jovem, finalmente o “libertando” daquilo tudo, com ele seguindo uma vida tranquila, até os dias atuais, ou seja, vinte anos no futuro. Pónos se encontrava desesperado, falando com o seu chefe
—  Chefinho, eu avisei que dominar essa cidade não seria uma boa ideia agora, eles vão mandar a equipe do Held para cá, eles vão invadir aqui e-
Quando ele estava falando aquilo, o seu atual chefe bateu o pé no chão com toda a força que tinha, fazendo um barulho ensurdecedor, fazendo com que o Pónos acabasse por calar a boca, permitindo que seu chefe falasse
—  Como você é irritante! Pare de chorar e comece a agir, fale tudo que você sabe como eles, rápido!
O grito do homem era de puro ódio e arrogância, fazendo com que o homem dos músculos acabasse por engolir seco a sua saliva, enquanto tenta se recompor para começar a falar as informações para o seu chefe, pois ao invés de ser um guerreiro dentro daquele grupo, mas sim um secretário. Quando ele ficou mais calmo, Pónos logo começou a falar
—  Bem, quando eu consegui invadir uma chamada telefônica entre o capitão Held e a líder desse país, eu descobri que vai vir quase o grupo todo, com exceção do Shams, mas eles chamaram dois novatos para vir também
O rosto do Pónos era desesperado, pois não queria o fim daquele grupo, que era quase a sua família. Katára por sua vez, se voltou cheio de raiva para o seu subordinado, enquanto começou a andar e falar para ele, estando bem irritado
— Qual a sua maldita garantia, de que não foi uma ligação forjada para nos pegar?!
Quando o Líder da Misó falou isso, o secretário dele apenas abaixou a cabeça e engoliu ainda mais a saliva, lacrimejando enquanto fala
— N- nenhuma….. Senhor….
A fala dele foi a suficiente, para fazer com que o homem dos cabelos negros se calasse por completo, apenas continuando andando em direção a ele. Após uns doze segundos de silêncio, o homem voltou a falar para o seu subordinado
—  Então se não temos garantia da veracidade da informação, confiar em tudo que ela fala, seria uma burrice…. Porém….
Ele pega o queixo do seu secretário e levanta o rosto dele por ali, olhando para aquele rosto deplorável dele, enquanto fala
— Não confiar nela, nos deixaria em desvantagem numérica em relação a eles… Então, irei pedir que você lute por nós…. Pedir não, mandar!
As falas do homem, além de assustar o pobre homem do aumento de músculos, o fez também começar a se afastar lentamente do seu chefe, chorando e falando
—  Não, eu te imploro! Eu entrei aqui justamente para não lutar nunca mais, eu não quero mais sofrer isso!
Esse ato do secretário, apenas irritou ainda mais o seu chefe, que sacou o tridente dele enquanto o mesmo começou a falar, no seu tom de voz irritado
— Tire esse rosto horrível de choro da minha frente! Eu não ligo se você quer ou não lutar, eu é que mando aqui, então você vai fazer isso!
Ele deixou as pontas do seu tridente na garganta do Pónos, enquanto encara aquele rosto miserável dele, ao mesmo tempo em que acumula a energia negra dele na palma das suas mãos e falando
— Sabe, eu odeio quando você fica chorando toda hora, acho que vou te deixar sorridente de novo
Ele então mandou aquela energia amaldiçoada dele, banhando o homem naquela energia de escuridão e o deixando em um estado completamente contrário ao de antes, tendo aquele sorriso bizarro no rosto e uma grande sede por lutas. Quando voltamos para o tempo atual, da luta dele com a Iya, após todas essas lembranças, ele logo começou a voltar a sofrer os efeitos daquela maldição, prestes a voltar para a luta
  
  
 
    


   
        





    

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