Aqueles dois continuaram se encarando, com cada um analisando os movimentos do outro, com eles parecendo duas feras durante esses momentos. Cerca de quarenta segundos se passaram, até que o jovem militar, decidiu quebrar o silêncio
— Sabe senhor, quer saber uma coisa que eu notei, mesmo nesses poucos segundos de combate?
Mesmo enquanto Arold fala isso, ele não perde sua atenção nos movimentos do inimigo, assim como também não para de calcular as variáveis. O homem do fogo, por sua vez, acaba por ficar bastante curioso com tal informação, afinal, qual será essa coisa, que o seu jovem oponente havia notado?
— Hm? Que coisa você notou, hein, moleque de merda?
O homem das chamas disse isso, em um tom levemente irritado, enquanto ele continuou a prestar atenção no seu pequeno oponente. O garoto logo sorriu, enquanto começou a falar para o mesmo
— Bem, eu notei, que mesmo depois de eu fazer uma explosão de ar comprimido, com a mesma tendo a capacidade de destruir um prédio de trinta andares, e a focando na sua axila e consequentemente, a parte mais frágil do seu corpo. A única coisa que eu consegui, foi temporariamente deslocar o seu ombro, isso me deixa bem em choque!
Arold falou isso e ficou em posição, já deixando bem óbvio para o seu inimigo, que aquela “pausa” do combate de ambos, já estava chegando ao fim. Ikari se irritou um pouco mais, com essa raiva o fazendo avançar, iniciando novamente aquela batalha. O jovem de cabelos presos, também voltou a avançar contra aquele criminoso dos cabelos escuros, usando de pequenas explosões na sola dos seus pés, para conseguir se impulsionar na mesma velocidade que seu oponente. Começando uma série de impactos corporais contra o mesmo, todos em uma velocidade hipersônica, com as ondas de choques começando a tremer a base daquele prédio. O garotinho com mais de um metro e setenta de altura, logo posicionou a sua cabeça um pouco para trás, a lançando com uma velocidade além de hipersônica contra a cabeça do homem, criando uma explosão de pólvora, assim que ambas as cabeças ficaram a apenas três centímetros de distância. O ódio em forma de pessoa, logo ativou as suas chamas, aumentando ainda mais todos os seus status, além, claro, de cauterizar aquele ferimento em sua testa. Voltando a focar em seu ataque, o homem com controle sobre o fogo, logo posicionou o seu braço destro para trás, fechando a sua mão com bastante força, conseguindo assim, desferir um soco contra o seu inimigo militar, mirando acertar justamente o seu abdômen. O explosivo, por sua vez, tentou se defender usando de seu poder explosivo, conseguindo evitar de se queimar, mas não evitando o impacto daquele soco e a pressão daquelas chamas, que acabaram por o lançar com tudo contra o chão da sala. O impacto levantou uma cortina de poeira densa, impedindo do criminoso de localizar Arold usando a visão, já o irmão mais novo do jovem elétrico, por sua vez, conseguiu se levantar de pouco em pouco, por mais que tivesse sangue escorrendo da sua cabeça até o tronco do seu corpo além de o mesmo começar a sofrer com algumas dores na coluna, mas mesmo assim, o jovem ignorou a dor e começou a pensar
— (Certo, esse cara é assustador, a força e o poder do espírito dele, são duas coisas assustadoras… Com toda certeza, eu só vou me machucar mais, se tentar manter esse combate no corpo a corpo!)
O garoto retomou a sua posição de combate, observando aquela densa nuvem de poeira começar a desaparecer, enquanto continuou pensando e analisando toda aquela situação, tentando montar um plano para matar de forma rápida o seu oponente
— (Acho que encontrei um jeito!)
O jovem pensou isso, conseguindo concluir o plano antes de toda a poeira cair no chão, fazendo com que ambos os inimigos se encarem novamente. O homem com mais de meia-idade, encarou o jovem a sua frente, movendo lentamente a sua mão direita em direção ao garoto, enquanto fala
— Jovenzinho, não acha que isso já não foi o bastante? Já ficou claro, que minha força é maior que a sua, além de que, meu poder te impede de poder me golpear em cheio no meu corpo, sem que você se machuque com queimaduras. Então, não acha melhor desistir e ir embora, enquanto você ainda pode?
O homem de cabelos curtos disse isso, deixando clara a sua intenção de desanimar o jovem, dando até mesmo a oportunidade de ele ir embora. Arold por sua vez, apenas olhou no rosto do seu oponente e deu uma gargalhada, enquanto voltou a se posicionar e ter uma pequena movimentação de combate, respondendo para Ikari
— Não, não tô afim de ir embora! Até porque eu descobri uma coisa, que me vai ser bem útil nessa luta, senhor foguinho.
A fala do garoto, acabou por irritar um pouco aquele criminoso de classe quase internacional, fazendo o mesmo começar a correr em direção ao pequeno engravatado. O jovem de cabelos longos, por sua vez, analisou a expressão do seu oponente, além de olhar para as chamas queimando, na parede atrás do mesmo. Arold havia notado, que sempre que seu oponente ficava perto de ativar as suas chamas, ele fazia uma expressão de raiva, e,ou qualquer outra coisa ligada a esse sentimento. Além claro, de as chamas ficarem maiores e se espalharem mais rapidamente pela sala, assim, com ele conseguindo notar todos esses sinais vindos do inimigo, o homem-explosão posicionou ambas as mão para a frente de seu tronco, para lançar das mesmas, um pequeno e poderoso jato de álcool pressurizado, fazendo tal jato colidir contra as pernas do malfeitor em meio a corrida do mesmo, fazendo o inimigo com poder de fogo, perder o equilíbrio e cair em direção ao solo. Ikari foi banhado em álcool no meio da queda, porém, ele não conseguiu parar a ativação da sua habilidade espiritual, fazendo assim uma explosão, devido ao contato do fogo e do álcool. O militar logo se aproveitou desse momento de distração do seu oponente, para fazer uma pequena explosão na sola dos próprios sapatos e se lançar para cima, onde de lá mesmo, criou e arremessou no campo, uma pequena “chuva” de esferas de ar comprimido, todas estando com pequenos pedaços de triiodeto dentro das mesmas, às fazendo chegarem de forma lenta, daquele perigoso inimigo, além de parecem praticamente inofensivas, por parecer apenas pequenos grãos de poeira caindo no chão. O capacho do Katára logo tentou se levantar, mas assim que fez isso, aquelas esferas entraram em uma cadeia de explosões, não sendo só as do ar pressurizado, que por si só já são um problema, mas também havia naquele meio, às explosões daquele material variante do elemento químico iodo, que foram milhares e milhares de vezes mais fortes, devido a multiplicação da força de impacto daquelas explosões anteriores. Fazendo assim, com que a cidade daquele embate acaba-se por tremer, mesmo com Arold controlando a área de efeito daquele ataque
— Que dor desgraçada!!!
O terrorista berrou isso, enquanto se encontrava saindo do meio daquela fumaça roxa, gerada pelas explosões de triiodeto, essa fumaça era o próprio iodo em seu estado gasoso, material químico esse, que quando se encontra no seu terceiro estado mais comum de matéria, simplesmente ganha a capacidade, de decompor quimicamente qualquer tipo de matéria orgânica. Logo, sabendo disso, assim que aquele homem saiu do meio da fumaça, era possível ver sua pele se decompondo e caindo no chão, assim como sua orelha direita, uma pequena parte do seu nariz e pequenas quantidades de carne do seu braço esquerdo.
— Só isso já foi capaz de te deixar bastante machucado?
Arold falou isso, enquanto fez um sinal de “ok” com a sua mão esquerda e a posicionou na frente do seu corpo, ao mesmo tempo em que criou vários materiais explosivos diferentes no seu polegar, todos com a característica de explosão por impacto. Assim, ele colidiu o polegar com tudo, bem no centro daquele pequeno buraco entre os seus dedos, juntando isso com o pequeno controle que o jovem de quatorze anos possui sob as explosões. Mandando aquela explosão como um “raio”, mirando e atravessando a parte sem pele e bem corroída daquele homem, fazendo o criminoso cair com tudo no chão, enquanto grita de dor e se contorce no solo. Ikari estava irado com aquela dor, com ele começando a ofender o jovem
— Seu moleque!! Eu te odeio, com todas as minhas forças!!
Arold recebeu as ofensas, não se irritando com elas, mas sim soltando um pequeno sorriso de canto de rosto, enquanto foi falando de forma bem serena
— Sua chama alimentada pelo ódio, não me assusta!
Essas falas, acabaram por deixar o terrorista em choque, fazendo com que aquele terrível criminoso, acaba-se por se lembrar do seu passado
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Strong Soul
AdventureStrong Soul conta a história de dois irmãos, sendo eles o Kura e o Arold, que entraram no exército do seu país, tendo o objetivo de ajudar a pagar o hospital e o tratamento para o pai e avô deles. Assim, os dois irmãos acabam entrando em diversas mi...