Capítulo 28- Fim do Show

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Held ainda estava parado perante o seu oponente, ainda sorrindo de forma meio gentil para o serial killer, a música dos sentimentos do militar que o Lume conseguia ouvir, eram da mais pura e verdadeira felicidade, amor, esperança e determinação
— Assassino da noite…. Não, Lume! Eu vou salvá-lo da sua angústia!
O militar falou isso, antes de avançar com tudo contra o terrorista, sua velocidade era tão extrema, que ele sumiu de vista por um instante, ao mesmo tempo em que destruiu a barreira do som. Held apareceu mais uma vez na frente do assassino em série, seu punho direito e atual único punho estava levantando, mas rapidamente desceu com tudo contra a cabeça do homem loiro, a reação mais sensata que o filho de uma prostiuta pôde tomar naquela situação, foi a de pular e se afastar do militar o mais rápido que podia. O prédio ao lado deles foi instantaneamente fatiado após o efetuar do ataque, como se as garras de uma onça gigante o tivesse cortado
— (Garras de pressão de ar?... Julgando também pela facilidade em que ele destruiu o concreto e as vigas de aço reforçado do prédio, esse ataque tem a mesma capacidade destrutiva que o “a grande mancha vermelha” de Júpiter, mas bem reforçado!)
Lume pensou naquilo enquanto observava toda a destruição feita pelo militar, claro que isso não durou muito tempo, já que Held avançou de novo contra o assassino. O homem da capa preta logo segurou alguns pedaços de ferro e concreto que haviam caído do prédio, os enchendo de determinação e em seguida arremessando contra o rosto e peitoral da montanha de músculos a sua frente, usando toda a sua agilidade para agir antes do mesmo
— (Esse truque de arremessar coisas, um clássico dele!)
O capitão da operação pensou aquilo ao mesmo tempo em que movimentou o seu braço direito em frente aos objetos, usando aquela pressão de ar para os “pulverizar” antes de terem a capacidade de acertar seu corpo. O avanço dele não havia acabado, com o militar agora tentando acertar mais um soco contra o crânio do serial killer, como em todas as suas tentativas anteriores a essa, ele erra o ataque e atinge outro prédio, destruindo na hora toda a base daquela construção e gerando mais destroços com isso
— (Se um desses golpes me acertar em cheio, com toda a certeza eu serei morto na hora em que encostar!)
Lume pensa isso enquanto joga mais alguns escombros contra o homem feito aparentemente de puro músculo, mas a mão do homem não só destruiu por completo aqueles ataques, como também seguiu reto em direção ao corpo do loiro. O homem alto e magrelo, notou que o foco do ar era na ponta daquele punho, devido as “ondulações” no espaço que estavam tendo ali, ao notar isso, Lume decide avançar em direção a aquele punho e pular quando estivesse bem próximo dele, se apoiando no braço do militar para se dar um grande impulso e voar por cima do mesmo. O braço de Held se inclinou um pouco para baixo, acabando por jogar todo o dano daquele ataque contra o solo
— Droga, apenas se renda de uma vez, Lume!
O militar se virou a toda velocidade enquanto proferiu essas palavras, sendo surpreendido por uma pequena chuva de facas que foi arremessada em sua direção, com ele logo movendo seu braço com tudo para se defender daquilo, afastando as facas com o uso do ar. Lume havia chegado perto de um bueiro e de um poste, estando a exatos vinte e oito metros e meio do seu oponente, essa distância não durou muito devido a rapidez em que Held se aproximou do seu inimigo, quebrando mais uma vez a barreira do som com facilidade e sumindo de vista no processo, aparecendo na frente do terrorista. Mais um soco seria efetuado contra o homem responsável por várias e várias mortes ao longo de toda a sua vida, mas em resposta ao golpe que iria ser feito contra si, Lume pisa na tampa daquele bueiro e a faz saltar para a sua frente, rapidamente ele a segura e a entope dos sentimentos de determinação e de defesa própria, fazendo assim com que aquele soco pare no meio do caminho e se dissipe em uma grande onda de choque
— (Essa passou perto-)
O pensamento do Lume foi interrompido, pois ele viu a tampa do esgoto começando a ficar amassada e tomar o formato do punho do membro do exército, aquilo não era apenas devido a força daquele militar, como também por conta do desgaste que aquele objeto estava sofrendo pelo excesso daqueles sentimentos nele. A mão do militar logo conseguiu atravessar aquele objeto e atingir bem no peitoral do homem, arremessando o mesmo para bem longe
—( Tsc, meu soco não foi mais com aquela capacidade destrutiva de antes, dele deve ter se machucado, igual a uma pessoa que foi atropelada por um carro econômico de novecentos quilos, a uns vinte e cinco quilômetros por hora.  Deve ter trincado uma costela ou duas, talvez as quebrado)
Held pensou aquilo enquanto ficou de olho no seu oponente, obviamente ele já havia se livrado da tampa de bueiro, Lume foi se levantando e cuspindo bastante sangue, uma de suas costelas havia trincado de forma feroz, além de ele se encontrar levemente nauseado
—( Então quer dizer que existe um limite para a quantidade de sentimentos que um item pode absorver?... Interessante, parece que realmente tudo tem limites!)
Lume ficou pensando isso enquanto observava a tampa sumindo, além de começar a analisar o local de relance, pensando no que poderia fazer para sair daquela situação bem perigosa.  Held não daria muito espaço para isso, já avançando para golpear Lume com o seu “cotoco”, o assassino deu um salto para trás e se desviou por muito pouco daquele golpe. O assassino já havia pensado no que fazer, então ele com toda a sua agilidade puxou da sua capa a sua última arma de cordas e atirou com ela no topo de um prédio, tentando escapar pelo topo daquele edifício. O militar por sua vez avançou de novo contra o assassino da noite, chegando em menos de um segundo na frente do mesmo e lhe acertando um soco no estômago, o lançando com tudo para cima de um portão com a parte de cima afiada, perfurando e empalando Lume vivo e em um ponto vital. Lume consegue se livrar daquilo, pondo uma quantidade gigante de sentimentos diversos na parte que o empalou, fazendo parte dela quebrar, permitindo que ele caia no chão e tira aquela “lança” dali a puxando com tudo, usando a mesma como uma espécie de”bengala” para ele se apoiar, enquanto fica bem ofegante e com a mão esquerda no seu ferimento
— Eu já te falei Lume, desista logo, ou você vai morrer
Held falou aquilo com um olhar bastante determinado e um pouco preocupado com o seu oponente, mas a resposta que recebeu do assassino, foi apenas uma risada irônica do mesmo, ao mesmo tempo em que Lume foi tirando a sua capa
— Sim… Com certeza eu deveria…
Lume tirou a sua capa preta com sua mão direita e ao mesmo tempo escondeu aquela “lança” em algum lugar de sua roupa e logo em seguida após isso, o prédio logo começou a se inclinar e cair por cima dos dois homens ali. Para o militar, não seria difícil de se desviar daquilo, justamente devido a sua velocidade além de hipersônica, mas isso foi impedido pois Lume  começa a avançar contra ele enquanto segura um facão na sua mão esquerda, então se Held tentasse se desviar do prédio em queda, ele seria cortado pelo serial killer, se ele fosse se defender do ataque cortante do Lume, ele seria atingido pelo prédio em queda rápida. Porém o militar notou que no local onde ele se encontrava, havia uma janela aberta que poderia o salvar daquele dano, fazendo o soldado decidir se defender daquele golpe vindo do seu oponente, colocando seu braço na frente de onde o golpe iria o acertar. Mas algo surpreendeu o militar, Lume não o atacou, mas sim deu um salto para se apoiar no braço do homem e se lançar para dentro daquela janela, possuindo um sorriso em seu rosto enquanto faz isso
— Deveria tirar minha capa para não sujar ela com sangue, também deveria te avisar, que o caminho por esta janela, será completamente fechado a partir de agora, senhor Held meu amigo!
Lume falou isso enquanto adentrava pela janela, confundindo completamente o militar, pois a janela não estava realmente sendo fechada. Mas algo mais surpreendente ocorreu para a surpresa dele, havia duas daquelas armas de corda do Lume ali, a usada mais recentemente e uma usada no início, a usada agora estava com a parte do cano no chão e a usada no início estava com a ponta da corda no chão. Ambas as pontas foram entupidas a pouco tempo com bastante determinação, assim gerando a destruição das pontas e corda foi solta, ambas as cordas geraram uma rotação rápida e feroz no prédio, fazendo com que o lado sem a janela fosse exposto para o soldado de alta patente. Held tentou segurar o prédio com o seu único braço, mas o prédio em si começou a se desgastar devido aos sentimentos colocados por toda a construção, o chão no qual o capitão militar se apoiava começou a rachar e se quebrar por completo, fazendo com que ele fosse soterrado pelos destroços cheios de determinação daquele prédio. O homem estava totalmente ferido e jogado lá embaixo, com algumas vigas de ferro perfurando o seu ombro e partes não vitais de seu corpo, ele ficou assim até sentir um calafrio na sua espinha e em seguida escutou uma voz suave falando com ele
— Held, você prometeu para mim que nunca iria cair e desistir, você me prometeu que nunca ia se machucar!
Essa voz era da mãe do militar, com aquelas palavras o fazendo se lembrar do seu passado, se lembrar daquelas promessas      
    

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