capítulo 7- Um braço estranho

2 1 0
                                    

Desde a descoberta de um infiltrado na base, todos os soldados e professores começaram a investigar todos que ficavam na base militar, Kura e Arold se encontram na parte dos chuveiros após um longo dia de treinamento, Arold já estava saindo do banheiro para que Itadaki entrasse, enquanto seu irmão apenas pensava em quem poderia ser aquela pessoa dentro da base, de tal forma que nem havia se ligado que alguém havia entrado no banheiro
— É… Parece que não vai ter uma solução tão cedo
Ele entra no chuveiro, porém, sua primeira visão seria o corpo de alguém de costas e que tinha sua cabeça coberta pelo vapor da água, porém o tronco de tal pessoa estava a mostra, ela aparentava ter seu braço direito “encaixado” no corpo, ao mesmo tempo que nenhum de seus braços parece um igual com o outro, como se cada um fosse de um corpo diferente. Kura se assusta e  fica envergonhado com isso, já saindo rapidamente do banheiro enquanto se perguntava “O que é aquilo?”.
— (Mas que merda é essa?... Quem ou o que é aquilo?)
Ele vai fazer uma tentativa para descobrir quem é, mas a porta do chuveiro acaba abrindo e batendo com força no seu rosto, fazendo-o assim perder por alguns momentos a consciência e não conseguir mais achar quem estava lá dentro. Isso apenas deixava mais e mais perguntas para ele, “quem era aquela pessoa?” e também “por qual razão seus braços são diferentes?” Não tinha como o jovem ter essas respostas por enquanto, ele apenas toma o seu banho e se dirige até seu dormitório, onde dormiu na cama de cima do beliche e seu irmão na de baixo. No outro dia, após um longo período de aulas e treinos, Arold foi tomar um banho, enquanto nosso baixinho foi almoçar, ele comeu sozinho no refeitório  um prato grande de arroz, feijão, um bife, farofa e batatas-fritas, quando terminou de comer ele apenas saiu do refeitório e foi refletir um pouco, ele ficava em silêncio por vários segundos, até decidir ir ao banheiro fazer suas necessidades após um grande copo de suco de limão. Quando ele entra dentro de uma das cabines para iniciar, ele começava a se sentir observado, ativando sua habilidade de sentir os batimentos cardíacos e a respiração dos outros, conseguindo saber que tinha outra pessoa no banheiro através da porta da cabine, ele usou mais a fundo essa habilidade para saber a intenção de quem o observava, era algo hostil e assassina. Logo, um ataque era disparado contra ele, era como se fosse um raio saindo dos olhos do ser hostil, a resposta do jovem protagonista a isso, foi usar de sua eletricidade como um “escudo”, ele notou o golpe inimigo evaporar, já entendendo que não era um raio usando energia, mas sim algum tipo de líquido
— (Evaporou?... Então ele atirou um líquido?!)
Através dos buracos feitos na porta da cabine do banheiro, ele notava que a pessoa tinha aquele braço estranho, quando o homem do braço estranho notava que falhou na sua tentativa de assassinato, ele então abria um buraco na parede usando de sua força, usando aquele ponto de fuga para isso e evitando de ser descoberto pelo jobem Kura. Após esse acontecimento foi analisado o buraco feito na porta da cabine, notando que era o mesmo feito nos corpos das pessoas mortas, alguns superiores chegavam no banheiro para saber o que aconteceu. Depois de descobrirem e analisarem tudo, o Kura foi retirado do local como uma testemunha, sendo interrogado sobre o que ele viu
— Bem… Eu não cheguei a ver o rosto do assassino, mas, vi o seu braço direito… Eu vi que alguém que entrou no banho após o Arold a alguns dias tinha o seu braço direito encaixado no corpo e ele era bem diferente que o seu braço esquerdo, e depois do ataque eu notei que tinha uma marca no braço dele, mas não conseguia ver direito como era
O homem do interrogatório era o mesmo que fazia as provas de admissão no exército, ele ouvia aquilo enquanto anotava os detalhes em um caderno que ele carregava embaixo do braço, já o guardando no bolso, após o fechar quando acaba  de anotar todos os detalhes
— Bem, nós vamos consertar o banheiro e depois vamos interrogar o seu irmão, para ver se ele sabe quem usou o chuveiro após ele… Bem, dispensado, pode ir embora daqui direto pra aula. Seu fura aula desgraçado!
O jovem obviamente se assustou com a fala daquele velho ranzinza “Ele sabe que eu mato aula?!” Aquela demora apenas aborrecia o diretor, que batia com força na mesa usando de um porrete, aquilo fez o Kura “acordar” do seu transe e sair correndo para a sala de aula, estando realmente desesperado com tudo aquilo.
— Tsc… Garoto miserável, consegue matar um bispo e acha que já é alguém pra faltar aula
O velho colocou um charuto na boca e começou a fumar ele, mais uma vez, um olho observava tudo aquilo que acontecia, seria novamente o assassino observando a sua única tentativa falha de assassinato.
— Maldito Kura… Ele tá realmente me botando em cheque, tenho que me livrar dele logo, dele e do irmão dele!
E assim mais um ciclo se encerrava, não se sabe o que pode acontecer daqui para frente, apenas especulações podem ser feitas, sobre o que irá acontecer, quem vive e quem morre é realmente impossível de se saber.

Strong SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora