Capítulo 23

158 25 3
                                        

Olá, meus amores! Para quem ainda não conhece recomendo dar uma bisbilhotada em Otávio e Elizabeth de TODAS AS FORMAS DE AMAR

E vamos ajudar essa autora, indique não só essa história, mas todos meus livros. 😌😉 conto com vocês!

Agora vamos espiar a vida da Pilar e Eduardo.

Agora vamos espiar a vida da Pilar e Eduardo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Capítulo vinte e três

Pilar

Depois de muitos minutos tentando me controlar, voltei a ligar:
— Alô... — a voz feminina do outro lado da linha tirou o meu chão.
— Quem é?!
— É a Leticia, desculpa eu atender o celular do meu irmão, só não queria que ficasse sem informação.
— Oi Leticia, tudo bem?
— Tudo sim, o Eduardo deixou o celular aqui em casa carregando. Achei que viria para cá esse fim de semana. E ah... parabéns pelo namoro!
— Obrigada, linda, não queria incomodar.
— Você não incomoda, e mesmo se incomodasse, agora é da família, aqui é sua casa também.
— Oh, meu amor, muito obrigada... não sabe como fico feliz em ouvir isso.
— Eu também estou muito feliz, agora tenho uma irmã, quero que seja presente em nossas vidas. De todos nós, não só na do Eduardo.
— Você vai me fazer chorar, Leticia, você é maravilhosa, sempre quis ter irmãos e quero sim ser presente na vida de vocês.
— Talvez você mude de ideia depois que conhecer melhor o Arthur. — Me fez rir. — É brincadeira, meus irmãos são maravilhosos.
— Eles têm muita sorte de ter uma irmã como você. Le, anota meu número e me manda um oi.
Ficamos por algum tempo conversando, Leticia me deixou bem calma, ela é meiga, inteligente, e mais madura do que a maioria das minhas amigas. Por fim, pedi para ela avisar que liguei e dizer para Eduardo me retornar.
Passava das 19h quando ele me ligou.
— Oie, minha branca! — falou todo animado.
— Oi Eduardo...
— Acabei de chegar, vem me dar um banho.
— Se quer um banho vem pra casa, te dou um banho e te coloco para dormir.
— Você é muito provocadora, minha branca. Sabe que já tô de pau duro.
— Se tivesse aqui, daria muitos beijos nele, o deixaria todo babado e iria querer leite na boca.
— Pilar... porra! Quer me deixar louco?
— Quero, quero você aqui, me fodendo com força onde é seu lugar.
— Você já conseguiu, não sei como vou dormir.
Comecei a achar que era uma péssima ideia provocá-lo quando estava longe e em seu habitat. Desconversei e disse que ligaria depois.
Fui para o quarto do meu pai e emendamos uma conversa séria sobre Lyara.
— Tenho dó do Hector e da Lele.
— Você senhor, acha que ela tem coragem de largar o marido e separar a filha do pai?
— Não, ela tem coragem de largar os dois, ela não ficaria com a Lele, Pi. E não vai demorar muito. E sabe o que é pior? Ele sabe.
— O senhor acha, pai?
— Tenho certeza, não sei explicar, talvez seja a forma de olhar, frases soltas, ele sabe que ela não aguentará muito tempo mais.
— Infelizmente não podemos fazer nada. — Bocejei com sono, olhei o relógio na cabeceira da cama do meu pai: 22h26. — Quero um chá antes de dormir. O senhor quer?
— Vamos lá, eu faço um chazinho para minha filha.
— Vou tomar na cama, tá bom? — Quando meu pai me entregou a xícara ouvimos um barulho na porta.
— Acho que alguém não conseguiu esperar até amanhã. — Sorri toda boba quando Eduardo apareceu na cozinha.
— Boa noite... o que vocês estão aprontando?
— Boa noite, Eduardo, você aceita um chá?
— Obrigado, Heitor, mas não sou muito chegado a chá.
— Vou me recolher, crianças, boa noite.
— Ah, provocadora, agora você não me escapa.
E foi nos braços do meu garoto que dormi e acordei todos os dias daquela semana. Convidei minha sogra e cunhados para conhecerem meu pai no fim de semana. Meu pai preparou um churrasco no domingo.
— Podíamos ter feito hoje o churrasco — Eduardo falou mal-humorado, porque não iria jogar o futebol no dia seguinte. Não dei atenção, como das outras vezes que reclamou. No dia seguinte cedo tivemos uma discussão.
— Eduardo, para de ser orgulhoso e vá buscar sua mãe.
— Eles vão vir de Uber.
— Eu vou. — Terminei de calçar meu tênis e levantei muito brava. — Você precisa parar com essa merda, é ridículo esse orgulho bobo.
— Você não vai para lugar nenhum Pilar.
— Então pega a merda desse carro e vai você, ou eu vou. — Por fim ele foi com meu carro buscar sua família.
Mesmo já os conhecendo estava nervosa, nunca precisei da aprovação de nenhum familiar de namorado, nem quando era adolescente me sentia tão ansiosa.
— Tudo bem? — Meu pai estava com a cabeça meio de lado, os olhos cerrados me olhando com atenção.
— Estou nervosa e nem sei exatamente o porquê.
— Estou vendo filha, mas não tem motivos para ficar assim, você nunca foi insegura, se você não entender que independentemente da idade e condições Eduardo é um homem, só um homem — pontuou com as sobrancelhas erguidas. — Vai transformar sua relação em algo que não conseguirá manter, não queira fazer tudo dar certo sozinha. Deixa as coisas acontecerem, relaxa.
— Pilar? — Ouvi a voz do Eduardo vir da sala, deixei meu pai na cozinha e fui encontrá-los.
— Sejam bem-vindos! — cumprimentei a todos.
— Essa é a Bianca, minha namorada. — Arthur apresentou a menina, parecia uma princesa, aparentava ser um pouco mais velha que ele. Apresentei-os para meu pai e em seguida fomos para área superior, onde tínhamos uma espaço bem gostoso com piscina, churrasqueira, bar e sinuca.
— Nossa, que delícia aqui em cima, olha esta vista.
— É lindo mesmo, mas você vai surtar quando ver o quarto da Pilar — Eduardo respondeu a irmã. — Parece o quarto da Barbie.
Queria dizer que era exagero, mas meu quarto era literalmente de princesa.
— Decorei com a minha mãe quando eu tinha quinze anos. Logo em seguida ela faleceu, não tenho vontade de mudar nada.
O dia estava lindo, o sol reinando, emprestei biquíni para as meninas, Marina não quis de forma alguma, nem um maiô, nem um shorts mais curto.
Meu pai e Marina conversavam animados, enquanto jogávamos queimada dentro da piscina. Leticia, Eduardo e eu fomos fazer companhia para nossos pais.
— Peguei uma cerveja e sentei ao lado da sogra.
— Como é gostosa sua casa, Pilar, tem uma energia maravilhosa.
— Há muitos anos que não aproveitávamos esse espaço assim, desde que minha mãe morreu. Às vezes recebíamos um ou dois amigos, mas aproveitar como hoje, somente quando eu era adolescente.
— Tenho certeza que sua mãe está muito feliz agora, pelo que seu pai falou, ela transbordava alegria, com certeza quer ver essa casa feliz. — Nunca havia pensando desta forma, mas ela estava certa, minha mãe era uma mulher alegre, por pior que fosse a situação, sempre tentava enaltecer o lado bom.
— Você tem razão Marina, ela iria gostar que tudo voltasse a ter mais vida aqui em casa.
— Pilar, podemos ir pegar o celular da Bianca que ela deixou na bolsa? Acho que está no seu quarto — Arthur disse.
— Claro, fiquem à vontade.
— Não sei o que fazer com essa situação — Marina falou olhando para o casalzinho que sumia dentro de casa.
— Eles são jovens, têm que namorar, aproveitar a vida.
— Sim, mas o problema é que os pais dela não sabem, eles namoram escondido. Eu não sabia que ela viria. Arthur chegou com ela na hora de sairmos porque sabia que eu não faria desfeita com a menina. — Olhou acusatória para Leticia.
— Mãe... me desculpa, estou morrendo de dó desses dois, eles se gostam muito.
— Mas qual é o problema? — Meu pai perguntou. Marina olhou para Leticia como quem diz, agora você fala.
— A Bianca é filha única de uma família abastada, seus pais moram no bairro desde sempre, são donos de mercado, lojas e posto de gasolina. Além de sermos pretos meu pai está na cadeia acusado de roubo seguido de morte.
— Os pais dela proibiram o namoro por isso? São muitos crimes em uma única frase, sem contar a crueldade, eles são crianças. Que idade eles têm?
— Na realidade senhor Heitor, eles não falaram com os pais dela ainda. Arthur quer muito pedir ela em namoro. Mas ela está morrendo de medo dos pais não permitirem e ainda a tirarem de São Paulo.
— Conversei com os dois, falei que iria com meu irmão conversar com o pai dela, eu o conheço de quando trabalhava no depósito, um homem muito sério, mas extremante educado. Mas ele tem muito medo.
— Se ela que é filha age desta forma é porque alguma coisa tem — Marina completou.
— Ela tem 17 anos, termina a escola esse ano, acha que se os pais quiserem mandam ela para fazer faculdade fora do país, os avós dela são alemães e moram na Alemanha, ela tem pânico que a mandem para lá. Converso muito com eles, apesar de termos a mesma idade ela é bem infantil, não tem muito juízo. — Leticia olhou para ver se os dois vinham e continuou: — Tenho medo que ela faça alguma besteira. Arthur disse que ela é um tanto depressiva, disse que se os pais os afastarem, ela se mata.
— Nossa! Isso é muito grave, Leticia, por que não me falou?
— Ah, mãe... a senhora já tem tantos problemas. E nem é só isso, ela chegou a falar para mim que se engravidasse os pais teriam que aceitar.  — Marina quase morreu engasgada.
— Arthur não é louco de fazer uma coisa dessa, corto as... Seu pai infarta. Ai gente, me desculpa.
— Fica tranquila, isso é normal — meu pai a tranquilizou. 
— E como a Leticia me falou ontem: agora somos uma família.
— Artur tem quinze anos, conversamos tanto com eles. Eles não são criados em bolhas, sabem como a vida de verdade funciona, ele não pode ser irresponsável a esse ponto.
— Não, ele não é — Eduardo afirmou. — Ele conversou comigo sobre isso, chegou preocupado com a namorada, Arthur nos surpreendeu. — Olhou para a irmã que concordou com a cabeça. — Ele disse que os pais dela são bem fechados, que ela conta que não conversa com eles como nós.
— Ela perguntou se nossa mãe a deixaria morar em casa. Acredita?
— Meu Deus! Que triste uma coisa dessa. Uma família com tanto dinheiro e sem amor, amizade. Por isso Manuel diz que somos ricos.
— A sua família é maravilhosa mesmo, Marina. Fiquei por um dia na sua casa e não tive vontade de sair de lá.
— Fica tranquila, mãe, Arthur tem juízo, não posso dizer o mesmo de mim. — Eduardo riu e piscou para mim e foi a minha vez de quase morrer engasgada.

🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥

Logo, logo teremos a data de lançamento na Amazon 😍😍

Uma chance Onde histórias criam vida. Descubra agora