Capítulo15

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Oie, meus lindos! Ainda temos muita história pela frente e as vezes as coisas não acontecem como gostaria... só quero que estejam preparados para tudo, tudo mesmo.

Ainda não tenho uma data certa para o lançamento de UMA CHANCE na Amazon, mas quero que seja esse mês, ou comecinho do mês que vem.

Capítulo quinze

Pilar

Fiquei totalmente estática com a revelação do Eduardo. Paralisada, mesmo depois de minutos que meu pai  saiu para ir atrás dele. Nunca poderia imaginar uma coisa dessa. Agora a preocupação e a responsabilidade de estar presente em sua casa faz sentido. Inocente. Levantei e andei apressada até o escritório, a voz do Eduardo estava embargada apesar de falar com convicção.

— Meu pai sempre foi muito inteligente, mas não teve a oportunidade de estudar. Precisei começar a trabalhar muito cedo, para ajudar a mãe  com os irmãos mais novos, meu avô era alcoólatra. Como já falei,  é um excelente mestre de obras, trabalhava muito e sempre nos incentivou a estudar e  desde que não atrapalhasse de forma alguma os estudos, a trabalhar também.  Ele chegava tarde e cansado, e ainda assim sentava  à mesa com a gente e nos ajudava nas tarefas, a estudar para as provas, inclusive a estudar mais do que a escola pública exigia. Ele sempre nos preparou para tentar uma faculdade descente.

Lembrando de tudo e todas as vezes que Eduardo  mencionou o pai, minha indignação e ansiedade  falaram mais alto. O interrompi:

— Vamos provar sua inocência. Vamos tirá-lo da cadeia. — Olhei para o meu pai buscando apoio.

— Sim, filha, vamos fazer o impossível para isso acontecer.

Eduardo cambaleou e precisou sentar para não cair, nos olhava com os olhos arregalados e uma expressão de espanto no rosto.

— Não brinquem com isso. Pelo amor de Deus! Eu não suportaria.

— Jamais brincaria com algo tão sério, Eduardo — falei me ajoelhando no meio de suas pernas, segurando firme as suas mãos.

— Vocês nem sabe o que aconteceu. — Olhei para meu pai que se antecipou em dizer:

— Garoto, quantas vezes ouvi você me falando que passavam a madrugada estudando no seu último ano da escola, que sua mãe precisava brigar e colocar os dois para dormir?

— Você me disse que ficou meses sem professora de geografia e que seu pai pediu para o chefe, que  tinha uma filha da sua idade em escola particular, xerox dos livros e cadernos da menina, e passava o fim de semana todo estudando com você — o lembrei. — Eu tenho certeza que ele não é um criminoso.

— Vamos arrumar o melhor criminalista do país. No mínimo seu pai terá o direito de uma defesa justa.

Eduardo levou as mãos ao rosto e chorou, sua emoção era tanta que não consegui me controlar, o abracei e chorei junto.

Depois que se acalmou conseguimos conversar e meu pai garantiu que tomaria as providencias necessárias o mais rápido possível.

Já era tarde quando encontramos o pessoal na balada.

— Eduardo está bêbado — Leandro comentou rindo.

— Deixa ele se divertir, o máximo que pode acontecer é a Pilar abusar do garotinho.

— Deixa ele te ouvir o chamando de garotinho, Catarine.

— Deus me livre, ele odeia.  E aí, chefa, ele é garotinho ou garotão? — A safada perguntou com interesse e Leandro mais que depressa chegou bem perto para saber também.

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