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Capítulo vinte e quatro
Pilar
— Que conversa é essa? — Meu pai o fitou.
— Exatamente, o que vocês fizeram? — Marina colocou a mão no coração.
— Brincadeira mãe... brincadeira. — Não gostei que ele levou um assunto sério na brincadeira. Meu pai só passou o olhar por mim e percebi que ele não engoliu a brincadeira.
— Já volto. — Desci e fui até a cozinha: — Dona Lourdes a senhora me ajuda a subir com a sobremesa?
— Oh meu anjo, pode deixar que eu levo.
— Te ajudo, já volto. Vou aproveitar para usar o banheiro do meu quarto.
— Ah... porra! — Dei um pulo para trás e fechei a porta novamente.
— O que foi? — Eduardo perguntou andando em minha direção. Comecei a rir e fui em sua direção, não conseguia responder só ria.
— Seu... eles... — Apontei para meu quarto.
— Ah, filho da puta! Na nossa cama? — Eu ria enquanto balançava a cabeça positivamente.
— Eu vou socar...
— Não, Eduardo... vem, deixa eles, está parecendo a sua mãe. — Caímos na gargalhada. — Nos ajuda a levar as sobremesas, dona Dirce deixou pronto um brigadeirão, uma torta de maçã e comprei sorvete. Espero que gostem.
— Ei... vem aqui. — Ele me prensou na parede do corredor e me beijou. — Relaxa, você é maravilhosa e todos gostaram de você de graça.
Nosso churrasco foi um sucesso, e o assunto principal foi a reabertura do caso do meu sogro, estava ansiosa para conhecê-lo, o que segundo dr. Max não demoraria. Ver Marina falar sobre o marido era admirável, o amor e o orgulho que a mulher transmitia em palavras era inspirador.
Eduardo foi levar a família em casa e aproveitar para pegar algumas coisas. Assim que eles saíram sentei no sofá ao lado do meu pai.
— O que o senhor achou?
— Eu gostei muito da família do Eduardo e do nosso dia. Temos que fazer mais vezes.
— Vou tomar um banho, fazia tempo que não passava um dia no sol e água cansa, estou exausta.
Dormi assim que encostei a cabeça no travesseiro, não vi quando Eduardo chegou e acordei sozinha na cama, mas tinha certeza que ele tinha passado a noite ali. Tomei um banho e fui direto para o escritório onde ele estava concentrado trabalhando.
— Bom dia, meu amor! Por que não me acordou quando chegou?
— Vem cá. — Sentei em seu colo e lhe dei um beijo de bom dia. — Você estava dormindo tão gostoso, e estava exausto. Mal deitei e já dormi também. Tomei um café rápido e rumamos para a empresa.
