Capítulo 6

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Olá, meus amores, Eduardo está quase cedendo aos encantos e investidas da sua chefinha... até quando o garoto vai aguentar?

 até quando o garoto vai aguentar?

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Eduardo

Aproveitei o resto do sábado para ajeitar algumas coisas lá em casa. Precisei da ajuda do meu irmão, mas limpei o quintal que minha mãe estava pedindo há uns cem anos, levamos todos os blocos de cimento para a construção não acabada da parte de cima. De noite encontrei o pessoal do depósito e o pagode e cerveja comeu solto à noite toda.

Levei a Luana para casa e acabamos transando nos fundos do quintal, no tanque.

O domingo era de lei, peguei minha bolsa com uniforme e chuteira e corri para o campo, meu futebol era sagrado. Não tinha tempo ruim, praticamente passava o dia no campo e no bar que era sede do nosso time.

— Gustavo, sabe por que Luana não apareceu? — Já era quase 15h e ela não tinha chegado. Os dois ainda trabalhavam no depósito e depois que saí de lá, ficava com Luana onde queríamos, e queríamos o tempo todo. Luana, Gustavo e eu já éramos amigos antes do meu pai ser preso, esse fato fortaleceu ainda mais a nossa amizade. Ambos estiveram comigo em todas as situações ruins que passamos desde então. Sou muito grato a lealdade deles.

E ninguém entendia por que Luana e eu não assumíamos logo um namoro. Ela não exigia, mas sei que é o que quer, eu não queria perder minha liberdade. Gosto muito da Luana, mas ela não é a mulher da minha vida como a minha mãe é a do meu pai. E além de tudo, tem a Marcela e a Tati, gostava muito de estar com elas. E a branca... meu Deus! O que vou fazer com aquela provocadora? Enfim, o lance que eu tinha com a Luana era perfeito, mas sem compromisso. — Gustavo me tirou do devaneio.

Porra, você perdeu um gol feito, que merda, está se arrastando, no mundo da Lua! — Gustavo está xingando e brigando desde que o jogo começou, os ânimos sempre eram alterados durante as partidas, mas nada que a cervejinha no bar que era sede do nosso time – não resolvesse depois.

— Não enche, porra! Você não é bom? Por que não fez o gol?

— O que foi? com a cabeça na branquela? A chefinha tarada...

— Respeito, caralho!

— Você sabe que o que ela faz é assédio, cara. Imagina se fosse um cara fazendo o que ela faz com você com uma funcionária mulher? — Olhei para a cara do Gustavo que acabou de entrar para a faculdade de Direito e me deu vontade de rir, mesmo sabendo que ele estava totalmente certo.

— Gustavo... menos, você até tem razão, assédio é assédio, mas pelo amor de Deus, não se compara o assédio que as mulheres sofrem, vá se foder. E outra coisa, é porque eu sou um bundão, e ela está me dando muitas oportunidades, não quero estragar as coisas. Mas se não fosse isso, pagaria para ser assediado todos os dias do jeito que aquela provocadora faz.

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