Capítulo 31

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Eduardo

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Eduardo

dengosa e meu pau disse sim, mil vezes sim. Respirei fundo e neguei com a cabeça, mas ainda sorrindo.

— Vou esperar que mude de ideia.

Voltei para a mesa frustrado, entrei na pilha dos engenheiros e virei copo atrás de copo. O pessoal começava a ir embora, e os que ficavam estavam mais que bêbados, inclusive eu.

— Acho que já vou — Catarine falou debruçando parcialmente seu corpo em minha direção.

Porra nenhuma. Você vai ficar até que as luzes se apaguem, esse foi o combinado.

— Sim, mas porque você ia embora mais cedo, o que não aconteceu.

— Você é meu álibi — sussurrei —, não pode me deixar aqui ou não sei o que serei capaz de fazer.

— O que sua índole deixar — Foi taxativa e arrogante. — Eu vi que a menina foi atrás de você no banheiro.

— Meu pau tá pouco se fodendo para índole — falei com raiva quase que em seu ouvido, Catarine e eu tínhamos cada vez mais intimidade. Ela era uma mulher sem papas na língua, nem com todos, mas os amigos tinham que aprender que ela era sincera e dona de si, por isso não media as palavras.

— Cara, eu sei que não deve estar sendo fácil, mas para ela está pior ainda, pode ter certeza, por que que se acha melhor, mais digno e merecedor?

— Não me acho!

— Será que não mesmo?

— Não, eu não sou melhor em nada, não vou trair a Pilar, Cá, ela não merece, por mais que eu esteja ficando louco, em todos os sentidos, sem foder, e ainda ter que dormir ao lado daquela mulher gostosa e quente pra caralho. Sem futebol...

— Por que não está jogando?

— Por que a minha namorada grávida não deixa, ela não quer.

— Por que ela não deixaria você jogar futebol, Eduardo?

— Ela não quer que eu vá para casa, esse é o grande porém. Aconteceu umas coisas e eu a entendo sabe, mas não significa que não esteja muito sufocante.

— Você precisa canalizar toda essa testosterona em algum lugar, vá para a academia. Faça uma luta, sei lá, qualquer coisa.

— Não consigo imaginar nove meses dormindo ao lado da Pilar sem poder transarmos, juro Catarine, chega a doer. Além disso, ela está intolerante, impaciente e implicante.

— Se coloca no lugar dela Eduardo, se imagina impossibilitado de fazer as coisas mais simples, por ter a vida de outra pessoa literalmente nas suas mãos. Imagina como seria você lá enquanto a Pilar toda linda e saudável, esbanjando charme aqui bêbada e dando mole para os carinhas da mesa ao lado.

— Eu não dei mole, porra!

— Imagina? Precisa ter paciência, empatia, carinho e muita compreensão com ela, lembre-se, se estiver ruim para você, para ela está um bilhão de vezes pior.

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