Capítulo quarentaEduardo
— Então decidiram saber o sexo desse bebezão?
— Está tudo bem? É normal a Pilar sentir dor?
— Vamos conversar já, já. Primeiro vamos saber se é ela. — Apontou para mim. — Ou ele. — Apontou para Pilar.
— A senhora já sabe?
— Sim, faz tempo, esse meninão exibicionista, com 12 semanas já se arreganhou para mim.
— Meninão? — Olhei para Pilar que sorria com os olhos cheios de lágrimas. Um filho, um menino!Senti uma felicidade impossível de descrever.
— Um moleque! Caralh... desculpa?! — Levantei agitado e andei pela sala repetindo:
— Menino... um menino... meu filho!
— Tudo bem? — a doutora perguntou sorrindo.
— Ele está esse tempo todo chamando nosso filho de ela. — Ajoelhei no pé da Pilar:
— Filho, você não liga, né? O pai te ama, e você é macho, viu. — As duas caíram na risada.
Chegamos em casa e tive que trabalhar:
— Preciso trabalhar. Tenho uma reunião com George da obra de Guarulhos. Qualquer coisa estou no escritório. — Deixei minha mãe e Pilar na cozinha, estavam conversando sobre o jantar que daríamos para nossos pais, e aproveitaríamos para contar o sexo do nosso filho. Já era 19h30 quando meu pai chegou. Não foi um jantar apenas para nossos pais; meus irmãos e minha prima resolveram se convidar também.
— Agora não falta mais ninguém. Vocês podem parar a tortura! — Bia dramatizou.
Meu pai me cumprimentou como se nada tivesse acontecido. Mas no decorrer do jantar percebi que ele estava pensativo, às vezes me olhava como se tivesse vendo tudo menos a mim.
— Okay, agora vamos de palpites. Um de cada vez.
— MENINO! — falaram em uníssono. Pilar começou a rir.
— Como assim? Todo mundo acha que é um moleque? TODO MUNDO! — Apenas meu pai não tinha dito nada.
— Eu não conheci a Pilar antes de engravidar. Mas minha intuição diz que é um menino.
— Só o Eduardo acha que é menina. — Arthur me jogou um guardanapo. — Fala logo.
— E só ele estava errado. — A eclosão de gritos, comemorações, risos e as felicitações foram simultâneos. Todos tinham sugestões de nomes.
A felicidade foi geral, mas Heitor não dava para descrever. Bêbado pela primeira vez, eu o olhava embasbacado. Enchendo nossos copos com um conhaque que custava uma fortuna. Meu pai já tinha desistido de tentar ir embora, se rendeu e também estava mais pra lá do que pra cá.
— AOS AVÓS! — Faziam brindes e mais brindes a saúde do neto, aos pais, aos tios. Estava engraçado.
— Eduardo, meu pai não pode beber assim!
— Eu sei, só não sei mais o que fazer.
— Estou com sono, vou ir deitar.
— Pode deixar que cuido deles. — Ela olhou para minha mão com um copo de conhaque. E fez cara de desdém.
— Você está quase igual a eles. — Lhe dei um beijo e um tapa na bunda.
No dia seguinte saí cedo com meu pai. Assim que entramos no carro ele soltou a bomba:

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Uma chance
Romantizm🔥 Uma chance UMA CEO PODEROSA, MULHER FATAL MUITOS A QUEREM, MAS SÓ UM PODERÁ TÊ-LA