Capítulo 39

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Estamos chegando ao final dessa primeria fase, e em seguida começaremos o desfecho dos nossos persogens, também teremos uma nova história por aqui. Estou ansiosa! 


Capítuotrinta e nove

Eduardo


Pilar não estava dirigindo, então resolvi ir com a picape dela para casa.

Quando cheguei meu pai já estava no campo. Me deu um abraço forte:

— Não achei que viria hoje.

— Já vinha ver você e a mãe, aproveitar para bater uma bola.

— Oie, cara! Vai jogar? — Ergui minha bolsa com chuteira para ele.

— Legal, bora lá.

— Vai lá, em casa conversamos. — Olhei para meu pai que já dava as costas, já tinha ouvido àquele tom algumas vezes. E nunca era bom sinal.

Segui atrás do Gustavo, nossa última vez juntos tínhamos discutido feio. Ele e Luana estavam muito chateados comigo por não ter ido até eles quando meu pai foi solto. Eles tinham razão. Me senti culpado. Mas eles pegaram pesado, acabamos discutindo.

A resenha comeu solta no vestiário, e o jogo foi bem favorável.

— O craque voltou em grande estilo! — alguém gritou.

— Nada que não faço sempre, dois, três gols é o mínimo.

— A humildade voltou com tudo, também!

Arranquei a camisa e saí do vestiário, dei de cara com Luana. Ela sorriu e desceu as palmas da mão no meu peito suado.

— Não faça isso, Lu.

— Ou o quê? Vai bater na minha bunda?

— Não, Lu. Não vou mais bater na sua bunda. Sou um pai de família agora.

— Vamos para a sede?

— Não vou poder, vou ir ver minha mãe e depois vou pra São Paulo. — Deveria dizer para casa, mas ainda não me sentia em casa.

— Você mudou muito, nunca achei que seria tão esnobe. Nunca achei que nossa amizade valesse tão pouco.

— Luana, não é minha amizade que vale pouco, é o que você quer, é como vocês agem, fizeram a mesma coisa com o Hugo, que também teve que se afastar. Eu vou ter um filho, tenho uma namorada. Quando você entender que não vamos mais ter nada sexual e decidir ser só minha amiga, tudo volta a ser como era antes. Agora tenho que ir. — A puxei para um abraço e beijei sua testa.

Vi meu pai de longe me olhando. Fui até ele:

— Bora pra casa?! — Ele me olhou sério:

— Vai indo, vou já, já. Sua mãe está te esperando. — Meu pai estava com raiva de mim. Quem o via falar comigo não imaginava, mas ele estava. Entrei na picape e fui para casa. Arthur estava chegando da feira com pastel na mão e gritou para eu esperar, fiquei no portão:

— E aí, não foi no jogo hoje?

— Não, estava com a minha namorada no telefone. Cara... você está fodido.

— Eu sabia, o pai parece estar furioso.

— Furioso? Cara, se eu fosse você nem esperava por ele. Nem sei se fico aqui para ajudar você ou fujo.

Caralho! Mas que merda eu fiz?

— Não sei, a mãe sabe. Não sei se isso ajuda, ela também está com raiva.

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