De esperança a desespero

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Eu deveria estar puto. _ esfrego as mãos no rosto frustrado. Não, não... Eu tô puto. E pra cacete! E cansado também. Mas era com tudo, não só com ela e nossa relação que estava afundada na merda, mesmo que a gente se esforçasse pra parecer que não. _ Já tinha se passado horas desde que ela desligou e eu continuava estagnado com um copo de whisky na mão sentado diante da mesa de mapa mundi, a mente ainda acelerada. Sam ficou pra trás com a Charlie pra cuidar dela enquanto se recupera dos machucados, e pra garantir que não fosse atacada de novo. Fomos cercados assim que cheguei na cabana e depois de dar cabo dos malditos nós destruímos o livro dos condenados e eu não me arrependo daquela decisão, eu precisava fazer aquilo, eu sabia que era melhor assim, apesar de nele conter alguma chance de eu tirar essa maldita marca do meu braço. _ involuntariamente meus olhos caem sobre ela e experimento o sentimento conhecido de arrependimento e fracasso. Aperto a mandíbula e fecho os olhos, pendendo a cabeça pra trás soltado um suspiro cansado. O livro perto de mim era perigoso de um jeito que eu não sabia explicar e quando eu mandei Sam jogá-lo na lareira da cabana senti certo alívio. Eu não queria virar um demônio de novo e eu sabia que com aquele livro por perto poderia acontecer, eu precisava ser eu mesmo pra cuidar dela, estar com ela era minha prioridade agora, garantir que ficasse bem e estável, mas principalmente segura. Pedir desculpas por deixá-la quando mais precisava de mim não era suficiente, eu precisava me redimir, eu precisava me livrar da marca, do klaus e agora os Stynes. Puta que pariu os inimigos só aumentavam! _ pendo a cabeça pra trás fechando os olhos soltando um suspiro alto, mas meio minuto depois, volto a posição que já tinha acostumado as últimas horas e tomo a bebida num gole só, volto a olhar o celular, sem chamadas perdidas ou mensagens não lidas. Jogo o celular em cima da mesa e esfrego os dedos na testa exausto, eu estava com sono, fome e precisava de um banho urgente mas antes de tudo eu precisava de uma cerveja bem gelelada e com esse pensamento vou até a cozinha pego a garrafa na geladeira e dou uma boa golada satisfeito, quando vou dar um segundo gole distraído dou um pulo no lugar, Castiel aparece na minha frente do seu jeito de sempre, fazendo meu coração errar uma batida . - Droga Castiel! Uma hora você vai me matar do coração. _ eu sentia as batidas nos meus ouvidos.

- Eu achei Dean. _ ele solta num tom sério ignorando totalmente meu pequeno surto.

- Achou o quê, cara? _ pergunto de má vontade indo me sentar diante da mesa.

- Um jeito de tirar a marca de Caim de você. _ meu coração que tinha começado a se estabilizar bate frenético outra vez e no mesmo segundo estou diante dele.

- Como assim Castiel? Não brinca com isso. Tá falando sério? Como você achou, o que você achou? _ era um misto de euforia e medo.

- É algo... _ ele pensa e franze a testa. - É meio complicado de explicar, mas o importante é que conseguimos. Temos como mudar a história. Você vai ficar bem Dean, vai melhorar. _ ele toca no meu ombro e sorri reconfortante e não consigo não sorrir de volta esperançoso e aliviado. Meu telefone toca e o atendo rápido quando vejo no visor o nome de Damon.

- Dean... _ senti que algo estava errado no mesmo segundo, a voz dele parecia sombria como naquele desgraçado dia... no dia que ela morreu.

- Cadê ela? Eu quero falar com ela... _ sinto minha voz falhar e meu estômago embrulhar, Castiel se remexe alerta ao meu lado, seus olhos azuis esbugalhados.

***

Porra! Eu não conseguia localizá-los de jeito nenhum, nem Castiel conseguia achá-los. Que merda tava acontecendo? Eu andava de um lado pro outro, já tinha falado com Sam, Crowley e até mesmo com a Rowena e nada ninguém sabia de nada e nem como ajudar. Que inferno. Dou um soco no volante xingo alto. Castiel ao meu lado não diz nada apenas me olha com aquele olhar triste que me deixava pior ainda, eu pisava fundo no acelerador, não sabia exatamente onde eles estavam mas eu não ia ficar paradado experando o pior. Castiel já havia falado até com seus contatos no céu e nem eles sabiam de nada. Meu celular toca quebrando o silêncio tenso e atendo na mesma hora.

- Fala comigo Damon. _ a impaciencia, deixava meu tom rude.

- Dean Winchester? _ a voz me parecia estranhamente familiar

- Quem tá falando? _ pergunto é no outro segundo reconhecendo meu próprio tom de voz. Que maluquice era aquela?

- Meu nome... não importa agora. Eu tenho informações sobre Elena e Damon. Tenho a localização deles. Eu vou te mandar o endereço. _ eu não sabia o que tava acontecendo mãos uma vez. Sua voz soava e calma, e de alguma jeito parecia sincero mas era esquisito e podia ser uma armadilha. Fica em silêncio por um momento pensando no que devo fazer, se for uma armadilha eu não vo ter como proteger Helena. Eu não sabia o que fazer. - Me passa para o Castiel ele está bem aí não é? Ele está do seu lado. _ olho para meu amigo anjo que me encara sem enteder.

- Dean, quem é? O que houve? _ a voz de Castiel me faz lembrar que ele tá no carro comigo e pisco tentando me concentrar ponderando por um segundo se deve ou não confiar nessa estranho eu acabo passando o celular para Castiel.

- Ele quer falar com você. _ ele desliga o telefone após algumas respostas curtas.

- Siga a localização. _ comanda sério me passando o celular. E mesmo estranhando eu faço o que diz.

- Tem que me contar o que tá acontecendo cara. _ reclamo insatisfeito, ficando meio puto outra vez. Odiava ficar sem saber das coisas, caças as escuras me incomodava, algo podia dar muito errado era o que eu pensava.

- É onde a Helena está. Estamos indo até ela. Como eu havia dito. Vai ficar tudo bem Dean.

****

- É ali. _ Castiel aponta logo em seguida desaparecendo do carro. Não muito depois eu estaciono no acostamento e saio logo em seguida. Tem um carro mal estacionado as portas ainda meio abertas e castiel está do outro lado, seu rosto desolado. Caminho até um pouco mais devagar do que o normal, um frio atravessando minha espinha. Sinto um choque percorrer meu corpo quando vejo para onde Castiel está olhando e no chão sentado está Damon com o rosto inchaodo de chorar com a cabeça da Helena apoiada em sua coxa. E Helena... Minha Helena está com os olhos vidrados.

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Supernatural / Epic LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora