Desmoronando

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Horas depois eu estava no meu quarto sentada em minha cama com uma caneca grande cheia de chá de camomila que Sam me deu, fazia quinze minutos que ele estava sentado nos pés da cama e entre suspiros cansados ele me encarava, esperando eu desabar eu acho. Os Salvatore se prontificaram em ficar e arrumar a ''bagunça'' deixada por Dean, acho que só queriam se livrar da gente de uma vez, eles também viram o que Dean fez e estavam chocados, sabiam da marca é claro nós contamos mas na prática eles não sabiam o real estrago que ela fazia. Suspiro pesado e tomo mais um gole de chá, desde que chegamos Dean se trancou no quarto e não falou com ninguém e eu tentei, bati na porta do quarto dele e o chamei várias vezes mas fui ignorada. Cass foi me buscar e me levou para a sala com ele e Sam, ficamos lá sem falar nada só olhando um pra cara do outro ou olhando para o vazio, acho que eles só não queriam me deixar sozinha, como eu disse, só esperando eu desabar, mas não vai acontecer, foi assustador admito, nunca vou esquecer, com certeza e foi a primeira vez na vida que tive medo dele mas não foi o Dean foi a marca, aquela coisa ferrando com a pessoa boa que ele é. - Sam eu estou bem e vou ficar bem. _ digo depois de outro suspiro cansado, me levanto e coloco a caneca vazia em cima da cômoda, me viro para encara-lo. - A única coisa que preciso agora já que seu irmão não quer falar comigo é de um banho e dormir. _ Já eram 2:37 da madrugada e estávamos todos cansados era óbvio, ele suspira e levanta incerto indo em direção a porta e a abrindo.

- Tudo bem mas... _ olha para o corredor e se volta para mim. - Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, me chama.

- Pode deixar. _ ele me encara uma última vez ainda incerto mas no fim sai fechando a porta, eu espero uns minutos, depois devagar abro a porta pra não ser ouvida, olho os dois lados do corredor e vou em direção ao quarto de Dean, bato levemete tentando não chamar a atenção de Sam ou Castiel e digo baixo e suplicante. - Dean por favor abre a porta quero ver você. _ bato mais uma vez. - Por favor, fala comigo.  _ suspiro encostando a cabeça na porta e ele não fala nada mas sei que está la dentro, ouvi passos se aproximando da porta. - Você não precisa ficar sozinho agora, eu tô com você amor, seja pro que for. _ levanto a cabeça e olho para a porta. - Só... fala comigo, não me afasta Dean. _ meus olhos enchem de lágrimas.

- Me deixa sozinho Helena, eu não quero falar com ninguém agora. _ ele responde firme.

- Dean... _ minha voz embarga, não consigo continuar.

- Vai embora, você não pode me ajudar. _ ele grita frustrado. Ouço uma batida brusca na porta parece um soco e dou um passo pra trás encarando a mesma assustada. - Droga ninguém pode. _ ele fala derrotado, engulo em seco e o chamo num sussurro, o ouço suspirar alto e passos se afastando. - Sai daqui eu não quero falar com você. Não quero ver você entendeu? _ ele grita e estrondos saem do quarto dele, parece que ele tá quebrando tudo lá dentro, eu só consigo concordar com a cabeça mesmo que ele não consiga ver porque estou com o choro preso na garganta. Mal conseguindo respirar ando apressada até meu quanto e tranco a porta, logo solto um soluço agonizante descendo lentamente e me sentando no chão. Eu quero ter esperanças, eu preciso ter esperanças de que tudo fique bem, que a gente consiga curá-lo mas as vezes eu... Eu me pego desse jeito arrasada, sem saída, de coração partido como quando ele morreu. É tão assustador ver seu mundo desmoronar aos poucos. Ainda soluçando ouço Sam gritar para Dean abrir a porta pra ele várias vezes mas o mesmo grita de volta o mandando embora também. Uns minutos depois me assusto com a voz calma de Sam me pedindo para abrir a porta, levantando com dificuldade eu a abro e quanto meus olhos encontram com os dele dou outro soluço alto e me jogo em seus braços buscando conforto. Conversamos  até eu me acalmar  e eu ponho tudo o que estava preso pra fora. Sobre Dean, a  marca, o sequestro, o que eu vi e como me senti com o que ele fez. Tudo é tão complicado e  assustador, eu só não quero perdê-lo de novo. Parece estranho talvez eu devesse estar  mais focada nas coisas assustadoras que me  acontecerem nas últimas horas. Mas só consigo pensar em como ele está e como tenho medo de a marca o afastar de mim de novo. Dele virar um demônio outra vez  e a  gente  não puder fazer nada  pra impedir. E se dá próxima vez ele não voltar a ser o Dean? Eu sei que a Charlie tá tentado de tudo pra achar um jeito de remover a  marca, ela liga as vezes falando de alguma descoberta mas, e se  já for tarde demais? Eu estou tão cansada e assustada e derramo todos os meus medos e frustrações em Sam e ele  ouve  compreensivo como sempre é,  tenta me dizer coisas boas pra eu ter esperança mas eu sei que ele  se sente como eu. Acabo dormindo depois de tanto chorar e  falar e ele ficou comigo até eu apagar.

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Até o próximo....

Até o próximo

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