Supernatural / Epic Love

Vai ficar tudo bem

Esperei dentro do carro enquanto ele ficou do lado de fora recostado no capo do impala de costas pra mim, não conversamos mais e ele não se virou em minha direção nenhuma vez enquanto esperávamos Damon, pareceia absorto nos próprios pensamentos e não me atrevi a interrompê-lo, também depois da nossa conversa eu não saberia o que dizer, eu se quer sabia o que pensar naquele momento, ligo o som do carro baixinho deixando uma música da Taylor Swift preencher o silêncio do carro e da minha própria mente. Foram longos minutos e vários repertórios de artistas diferentes, até o barulho de uma moto chamar nossa atenção e logo aparecer em nosso campo de visão, Dean fica de pé rapidamente os ombros tensionados e coloca uma mão atrás no cós da calça pronto pra pegar a arma se precisasse, vira para mim e entendo seu olhar no mesmo segundo saindo do banco do passageiro e indo pro do motorista rapidamente, vejo a chave na ignição e espero alerta, caso a gente precise sair as pressas. A moto para no acostamento um pouco mais a frente de Dean que não sai de sua posição e o homem tira o capacete descendo ficando ao lado dela, eu não acredito nos meus olhos quando vejo quem é e saio do carro, me aproximo a tempo de ouvir Dean resmungar que eu não subiria naquele coisa nem fodendo enquanto Damon revira os olhos azuis dizendo que era um ótimo motociclista, sorrio involuntariamente. - Foi uma vez. _ resmungo mesmo achando graça lembrando do motivo do pequeno surto do loiro. - Caí de moto uma vez Dean. _ passo por ele que revira os olhos. - E você? Desde quando é o tipo bad boy que tem moto? _ questiono com a sombracelhas franzidas cruzando os braços apoiando o peso do corpo numa perna. - E aquele conversível incrível que você adora exibir por aí? _ Dean bufa como se tivesse sido ofendido pelo meu comentário, dada a ênfase no incrível, o olho por sobre o ombro apertando os lábios encomodada com sua atitude infantil ele dá de ombros. - Achei que adorasse aquele carro. _ encaro Damom outra vez ignorando Dean.

- E eu adoro. Mas ele tá no concerto. _ faz uma expressão desgostosa. - Graças ao meu irmãozinho sem humanidade, então... _ dá de ombros sem terminar a frase.

- O seu irmão sem humanidade é o maior pé no saco, sem ofensas. _ Dean solta sincero.

- Não ofendeu. _ Damon diz simples. - Odeio adimitir isso mas prefiro o meu irmão fazendo o cabelo de herói, o que ele tem feito com o Klaus ultimamente tem me preocupado mais do que eu esperava. _ diz sério com as sobrancelhas arqueadas como se lembrasse de algo. Comprimo os lábios e olho para Dean sem entender, porque a verdade era que eu não estava a par de toda a situação ao meu redor. Teríamos que ter uma longa conversa me colocando a par da situação, lhe lancei esse olhar, o qual respondeu com um aceno com a cabeça apenas.

- Castiel teve uma idéia pra resolvermos o lance do Stefan. _ diz a Damon vindo mais para perto de mim começando a ajeitar sua jaqueta nos meus ombros. - Mas conversamos no bunker depois que eu resolver esse lance com a Charlie. _ me ajuda a por os braços nas mangas da jaqueta como se eu fosse criança, já que ela só  cobria  os  meus  ombros como um cobertor e sinceramente  não me incomodou de forma alguma porque eu senti o carinho e o cuidado naquele jesto que foi tão automático, não parecia que ele estava se dando conta do que fazia conversando com o Salvatore e escondo o sorriso de satisfação abaixando a cabeça, eu tinha visto minha própria jaqueta pendurado no banco do passageiro poderia ter devolvido a do Dean mas a verdade era que eu queria me sentir próxima a ele de algum jeito e resolvi só deixar como estava. - Não sai do bunker. _ se dirige a mim fechando o zíper da jaqueta até o meu pescoço me deixando bem coberta,  pousando as mãos em cada lado dos meus  omboros. - Me ouviu? _ insiste firme prendendo meus olhos nos seus. 

- Sim senhor. _ bato continência fazendo graça ao mesmo tempo que um pouco revoltada com seu tom mandão e eu sabia que ele  iria  odiar, sempre o provocava com isso quando ele  usava esse tom comigo e ele  bufava puto me olhando atravessado. Esse era um dos  pequenos e irrelevantes problemas  que eu tinha com Dean, quando ele fazia aquela voz e olhar mandão eu me coçava pra fazer exatamente o contrário do que ele dizia, era como se ele apertasse um gatilho pra adolescente rebelde dentro de mim. Damon solta uma  risava abafada e  recebe um olhar  atravessado do meu ex namorado e no segundo seguinte seus  olhos  verdes  irritadiços se prendem nos  meus outra vez, ele  passa a língua nos  lábios e aperta o maxilar, solta o ar pelas narinas. De algum jeito aquilo foi... Suspiro alto sem querer meio abobalhada, ele  estava completamente irresistivél com raiva e mordo o lábio escondendo um outro sorriso. - Eu vou ficar bem. _  chego mais perto, se eu levantasse um pouquinho na ponta dos  pés poderia beijá-lo. - Sei que  Damon vai reportar tudo que eu fizer a  você, como o grande fofoqueito que  é. _ não resisto alfinetar, o vampiro bufa  atrás  de  mim ofendido e  por  sobre  o ombro o vejo resmungar  alguma  coisa  que  não entendo olhando para  o lado. - De qualquer maneira, não vou dar trabalho. _ ergo a mão em juramento. -  Eu prometo. _ não queria  parecer  debochada  mas foi exatamente  assim que  pareceu e Dean  não responde apenas continua a  me  encarar feio. Reviro os olhos  e  solto o ar frustrada olhando para  o lado e  depois  pra  ele  novamente.  - Foi mal. É  brincadeira tá  legal. _ dou um leve  empurrão no seu ombro, querendo descontrair  o clima  ruim que  ficou . -  Não seja  um velho rabugento, vou ficar  bem. _  por  um momento   penso que  não vai ser  fácil dobrá-lo mas ele  olha  para  cima  soltando o ar  cansado com as  mãos  na  cintura.

-  Tudo bem, só... eu vou te  ligar, tá?  Só me  atenda, só isso. _ era  quase uma  suplica e concordo com a  cabeça  depois  de  engolir  em seco.

- Tá  bem pombinhos. Todo mundo sabe  que  vocês  se  amam  e  se  preocupam  um com o outro não precisam esfregar  na  cara  de  ninguém. _  Damon solta irônico deixando eu e  Dean desconfortáveis. -  Agora  vamos Helena,  temos  uma  longa viagem e o tempo não está  a nosso favor. _continua sem paciencia alheio ao nosso incômodo. Dean passa  por  mim e  pega  o  capacete das  mãos  do Salvatore  não sem antes  lhe  lançar  um olhar  ferino, vem até  mim e coloca  o capacete  o prendendo na  minha  cabeça em silêncio.

- Promete  que  vai ligar? _  pergunto nunca sussurro ansiosa  o fazendo  prender  seus  olhos  verdes  nos  meus, ele  acente  com a  cabeça. 

- Prometo que  volto pra  casa  logo. Vai ficar  tudo bem. _ põe  a  mão no meu ombro.

- Ainda  acho que  a  Charlie   ficaria  mais  segura  no bunker   com a  gente. _  resmungo desgostosa, ele  concorda.

- Eu também acho, mas  a  decisão é  dela, não posso obrigá-la  a  nada. Ela sabe  se  esconder  o que  até  é  um alívio, não precisa  se  preocupar. Vamos  tirar  esses  caras  da  cola  dela  e  aí vai ficar tudo bem. _ apenas  concordo. eu já não sabia  mais  o que  dizer então só  fiquei ali parada o encarando e ele  também, Damon pigarra  chamando nossa atenção e  piscamos  juntos  desviando o olhar. 

- Tá bem. _  digo por  dizer  e  vou até  o Salvatore ainda meio indecisa, Damon põe o capacete subindo na  moto e  ligando o motor. Meu coração acelera, eu queria me  despedir direito, do meu jeito, do jeito que eu queria, mas  estava  nervosa e  apreenssiva e um pouco sem coragem também, eu exito paranda ao lado da moto e viro a  cabeça  para Dean  que  está no mesmo lugar me  olhando com as mãos  nos  bolsos da calça  jeans. Foda-se! Num impulso estou indo até  ele  a passos rápidos tirando o capacete com as  mãos  trêmulas e suadas, paro bruscamente em frente a  ele que me  olha sem entender, ele espera o olhar intenso, me  ergo na ponta dos  pés e colo nossos lábios num beijo devagar e doce, apenas um encostar das bocas. Abro meus olhos me  afastando devagar a  tempo de ainda o observar de olhos  fechados em seguida ele os  abre calmo, sua  expressão terna, ele sorri suave e sorrio de volta.

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