Supernatural / Epic Love

Sorte

Dean

Helena estava dormindo a dois dias, Castiel disse que era normal dado a tudo que ela tinha passado. Eu não engolia aquilo, estava preocupado pra caralho e era pior quando eles tentavam me convencer que estava tudo bem agora. Não estava porra nenhuma, ela não tava bem. Tinha meia hora que eu estava sentado em frente a mesa de mapa mundi com uma garrafa de uma bebida barata cheia em cima da mesa, ainda sem coragem de tomar. Eu queria mas também queria estar sóbrio pra quando ela acordasse, eu não dormi esses dois dias não consegui e tava morto de cansado, só que eu fiquei com medo de que algo acontecesse com ela caso eu apagasse e fiquei  em seu quarto observando seu sono agitado, ela ainda tinha pesadelos e seus gritos apavorados rasgavam a porra do meu peito e minha sanidade mas ela não chegou a acordar apesar de tudo. Eu queria  acordá-la  mas Castiel e Sam teimavam que deveriamos deixar ela acordar por conta própria e aí as coisas se resolveriam com calma. Damon estava com Elaijah em Nova Orleans tentando resolver o problema do Stefan. Não era nenhuma surpresa ele ter voltado dos mortos fazíamos isso vez ou outra, já era natural. A surpresa era quem o trouxe e seus motivos. Crowley trouxe Klaus e ai o maldito trouxe o Stefan e o obrigou a desligar a humanidade, o porque  não sabiamos, era uma história que  só o Stefan  podia  contar. E o maldito Crowley só fez isso porque eu tava atrapalhando os negócios dele no último ano, eu fui tão bem em ser um demônio quase em tempo integral que os seguidores do rei do inferno me queriam como seu novo rei não deixando o demônio nada feliz, ele queria me tirar da jogada sem sujar as mãos ai trouxe o Klaus, que consequentemente voltou obcecado com a Helena e me fez voltar pra casa.
Ai eu descubro que ela se quer mora mais aqui e a culpa dessa merda toda era do Sam. Eu fui embora porque confiei que ele cuidaria dela e ele a abandonou, eu não podia acreditar. Não estamos nos falando direito desde que soquei a cara dele, eu tava muito puto e com razão. Acho que podia esperar isso de qualquer um menos dele, nunca esperaria que ele a deixasse, não com tudo que parecia sentir por ela, mas ele deixou. O Cass eu entedi quando me disse que não ia mais visitá-la porque não conseguiria esconder que eu voltei e eu precisava estar mais estável para ficar perto dela mas  mas meu irmão não. Hoje eu já controlava um pouco meus nervos ou era o que parecia. Ainda sim não era algo como se eu quisesse conviver com aquela coisa no meu braço o resto da minha vida. A gente tava procurando um jeito de tirá-la mas ainda não encontramos. Charlie tava vindo pra cá por esse motivo, ela tinha pistas importantes e eu estava aliviado porque não podia ser em melhor hora e a melhor pessoa, ela era leve e alegre e era contagiante. Seria bom pra Helena ter ela por perto e eu realmente a adorava, ela me fazia esquecer as merdas que eu fazia, me sentia mais humano perto dela. Charlie era a bondade em forma fisica, o tipo de ser humano que fazia você querer ser melhor quando ela estava presente. Helena sempre ficava feliz quando ela aparecia. Foi sorte ela estar vindo pra cá justo agora porque... Puta merda, eu não acreditei quando Elaijah ligou avisando o que tava acontecendo, não acreditei que minha namorada tão certinha estava no fundo do poço enchendo a cara e se drogando com algum tipo erva mágica de bruxa e foi como ser esfaqueado varias vezes no coração descobrir que ela fazia tudo isso pra me ver, não era eu de verdade, era uma ilusão mas... Era isso que a matinha de pé todo ese tempo aparentemente, era como querer morrer saber disso de tão doloroso. Só sabiamos  porque a bruxa que estava ajudando ela contou para o Elaijah preocupada quando Helena pediu uma quantidade muito alta daquela porcaria. O motivo?  Ela iria atrás de mim. A coisa mais perigosa que poderia acontecer a ela? Me encontrar na forma de um demônio, eu poderia tê-la machucado, pior poderia tê-la matado. Só de pensar me faz entrar em pânico e esfrego as mãos no rosto angustiando apoiando os cotovelos na mesa cobrindo meu rosto. Puta que pariu eu poderia tê-la matado se o Crowley não tivesse tentado me tirar da jogada. Me levanto num salto arrastando a cadeira longe respirando com dificuldade.

- Você tá ai. _ meu irmão aparece no corredor, ele tá pisando em ovos comigo desde de a briga. - Quer... comer alguma coisa? _ olho de cara feia pra ele, é involuntário já tá em mim, por mais que eu o amasse não conseguia passar pano, ele fez merda, a maior de todas dos últimos tempos.

- Não. _ respondo de mal gosto, ele acente cabisbaixo saindo da sala e eu vou procurar alguma coisa pra fazer, suspiro alto pegando a caixa de celulares que a gente tinha guardado, tínhamos vários reserva e ia checar as mensagens. Vai que deixamos passar alguma coisa, alguém em algum lugar mandando algo sobre a marca, ajuda a gente tinha pedido a alguns  caçadores conhecidos. Jogo a caixa em cima da mesa e me sento passando as mãos no cabelo os deixando ainda mais bagunçado, decido tomar um gole da bebida apenas, só pra dar uma relexada, abrindo a garraga coloco uma dose no copo mas não chego a tomar e abro a caixa deixando a tampa de lado, pego os fones de ouvidos de dentro dela e ligo o primeiro celular, nada. Nesse meio tempo Sam se senta na ponta da mesa e se serve de uma panela de macarrão requentado comendo em silêncio. O segundo celular também  não tinha nada. Ouvindo as mensagens do terceiro celular meu corpo enrigesse quando ouço a voz dela e  eu juro por  Deus  ele  tem sorte  de ser  o meu irmão.

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