Supernatural / Epic Love

Sonho recorrente

E

Claro, vou fazer as melhorias sugeridas no seu texto. Vou destacar as mudanças em relação ao texto original.

Estou correndo desesperada, o medo espalhado por cada poro do meu corpo. De novo não. Sei que não é real, é uma lembrança terrível, mas é isso, só uma lembrança. Já conversei com Sam sobre isso, toda vez que ele acordava com meus gritos. Não é real. Não é real. Já foi, mas agora é só um sonho. Um maldito pesadelo. Continuo correndo em direção ao pior momento da minha vida, mesmo não querendo. Não consigo controlar...

Quando eu chego lá, quase sem fôlego, Dean está sentado no chão ensanguentado e fraco, e Metatron enfia a espada de anjo no peito dele, o mesmo susto. Chame de choque, surpresa, eu não sei, mas com certeza eu não esperava isso. Com certeza eu não esperava que um cara com aparência tão franzina fosse machucar meu namorado, mas ele é um anjo, droga, eu não devia subestimá-lo. - Nãããããooo....

O grito sai desesperado da minha garganta, não consigo me mover. Quero correr e abraçá-lo e nunca mais soltar, dizer que vai ficar tudo bem. Largar essa vida de caçar monstros e ficar com ele até envelhecer, numa casa cheia de netos. Vida humana normal. A salvo. Mas não dá... Ele vai morrer. Continuo paralisada, as lágrimas escorrendo por meu rosto, Metatron me encara ainda perto de Dean, ele sabe que venceu. Mal consigo ficar em pé, meu corpo pesa uma tonelada, as lágrimas descem descontroladas, e então ele me olha. Dean... E vendo ele morrer sem conseguir me mover, me dou conta de tudo que estamos perdendo, todo o nosso futuro, o tal "felizes para sempre" que nunca existiu para nós, agora eu sei. Nunca existiu a opção de casar e ter filhos, cercas brancas, um cachorro. Olhando profundamente em seus olhos, sei que ele pensa o mesmo que eu. Metatron sorri para mim vitorioso, como se ele também soubesse o que dizemos no nosso silêncio, e então some no ar.

Eu te amo. - Dean move os lábios, pendendo a cabeça na parede.

Eu também te amo. - minha voz sai num sopro dolorido, ele sorri fraco e então seu corpo cai no chão.

Não, não, não... - O grito que eu solto arranha minha garganta, eu caio de joelhos no chão. Fraca, mal conseguindo respirar, me levanto tropeçando em meus próprios pés e caio próximo ao seu corpo. - Não, Dean... - seguro seu rosto em minhas mãos. - Amor, olha pra mim... - o sacudo para acordá-lo. - Dean, olha pra mim... - choro desesperada e o abraço. - Por favor... Não me deixa... - sussurro apertando seu corpo sem vida em meu abraço. - Você vai ficar bem. Tá tudo bem. Você vai ficar bem... - soluço sem controle, meu corpo todo tremendo. - Eu te amo. Eu te amo. Você vai ficar bem... - Então não estou mais com Dean em meus braços, estou no bunker chorando desesperada e gritando com Sam e Castiel. - Façam alguma coisa... Ele não pode morrer... - meu peito sobe e desce em busca de fôlego. - Não pode me deixar. - nego com a cabeça. - Não pode. - nego com a cabeça desesperada. - Não... não... não... Eu não vou aguentar. - caio de joelhos no chão. - Eu não vou aguentar... Não dá, dói demais. Faz parar... Por favor, faz parar.

Castiel, faça alguma coisa. - ouço a voz engasgada de Sam ao fundo.

Helena... - Castiel se ajoelha do meu lado e me abraça. E eu choro até tudo se apagar. 

Eu abro os olhos ofegante, com o coração batendo descompassadamente em meu peito. Ainda estou um pouco confusa, tentando me desvencilhar do tormento daquele tormento maldito.