Cruel

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***No futuro***

Respiro fundo várias vezes tentado me acalmar ao chegar no corredor, Damon praticamente ordenou que  ficasse  em seu quarto para descansar um pouco e me  acalmar. depois que perdi o controle outra vez perto de  Dean. Solto um palavrão  antes de me jogar na cama king com seus lençóis de ceda preto. Depois agitada eu vasculhei todo o quarto como uma boa curiosa. Ele tinha bom gosto tenho que admitir, encontrei uma garrafa de Bourbon na gaveta de cuecas de marca e sorrindo peguei como se fosse uma criança aprontado, finalmente algo bom em meio ao caos, tomei metade da garrafa e agora me sentia bem melhor. Não que a vontade de chorar não estivesse apertando o meu peito até agora, só que era mais fácil respirar depois de tudo. Eu me sentia traída, outra vez sentia que estava sendo deixada de lado nas decisões importantes e era tudo culpa de uma única pessoa, aquele que deveria apoiar e respeitar minhas decisões assim como eu o fazia com ele. A verdade é que sinto como se ele me subestimace. "A pobre Helena não dá conta de salvar o mundo. Isso e coisa pros Winchesters."_ ele deve imaginar eu sei lá. Estava deitada de barriga para cima, com um braço combrindo o meu rosto cantando baixinho uma música da Ariana grande, GOD IS A WOMEN, quando alguém bate na porta me
interrompendo, eu torço para não ser meu namorado e digo num tom mais alto que o necessário. - Não quero conversar, vai embora. _ na verdade não importa quem seja realmente, eu não quero conversar, só quero ir atrás dos meu amigos e salvá-los, porque sim eu dou conta disso, sei que sim. A porta se abre mesmo assim e respiro fundo frustrada. - Vai falar sozinho. _ resmungo depois de ter certeza quem é a pessoa que para ao meu lado em pé, reconheço seus passos e seu perfume em qualquer lugar mas dessa vez sua presença não me alegra, como sempre o fez antes. Ele respira como se tentando se acalmar para não falar besteira e eu já estava desgastada demais para brigar mesmo sentido a marca queimar em sua presença.

- Acho meio cedo pra você encher o caneco. _ O exemplo de sobriedade deve ter visto a garrafa pela metade jogada ao meu lado. Num tom ácido respondo pontuando em cada dedo, uma merda após a outra.

- Um: Meu amigos foram sequestrados. Dois: tenho o corpo de outra amiga esperando um funeral. Três: Não consegui matar o Klaus. Quatro: Ele levou meu melhor amigo em vez disso. Pode crer eu devia ter tomado umas 5 garrafas dessas. _ engulo a vontade de chorar. - Me deixa em paz. _ ele não diz nada e eu continuo na mesma posição. Não quero falar com ele, não quero olhar na cara dele, me sinto como se nesse momento eu... o odiace. Ele não confiou em mim e perdemos mais uma vez e agora eu não confio nele, não mais e a marca... Poxa  meu braço lateja, queima, é como se ela se acendesse toda vez que  ele  chega perto e aí eu perco o controle e eu não evito isso, nem poderia na verdade mesmo se quisesse, mas  fundo não quero.

-Amor eu... _ solta o ar pesadamente. - Eu não quero ficar brigado com você ok? Eu vacilei, admito. Não pensei direito e perdemos o Sam e... _ solta o ar pesado, consigo sentir a angústia em sua voz e simplesmente não dou a mínima mesmo tendo uma  pequena parcela  minha que quer se importar. - Nós estamos numa situação foda demais e eu... eu tenho medo de te perder Helena e agora tô louco de preocupação com meu irmão e a culpa é toda minha de tudo ter dado errado eu sei. _ele espera que eu diga algo? Talvez. E apesar  de por um segundo querer esquecer tudo isso, deixar tudo para lá e me jogar em seus braços onde me sinto completamente segura e confortá-lo pra que  ele  se sinta assim também, não o faço, não consigo perdoa-lo, sequer consigo olhar para ele, ainda mais se algo acontecer ao Sam. - Essa que é a verdade... _ sua voz me  traz  de volta a realidade. - Eu não posso cogitar você arriscar sua vida. Eu deveria proteger você como prometi, eu deveria manter você segura.

_ ainda na mesma posição digo duramente. - Você precisa confiar em mim. _tiro o braço do rosto e me ponho sentada colocando os pés para fora da cama me levantando num pulo fazendo - o dar um passo para trás. - Eu sei que passei esse tempo todo fugindo de lutas, ok?  _ me aproximo mais olhando firmemente em seus  olhos. -Eu também fui treinada por um caçador Dean. Você não faz ideia das coisas que passamos. _eu estava furiosa. - Eu... não tinha um propósito como o de vocês pra continuar caçando mas eu fui bem treinada. _ o enfrento olhando firmemente em seus límpidos olhos verdes.- Eu sei o que fazer. Eu confio em você mas preciso que confie em mim. Essa é a minha escolha e você deveria aceitar isso. E quer saber!? _ a marca ardia meu no meu braço queimado minhas  veias eu poderia  soca-lo, pegar minha faca presa ao cós da calça e cortar sua garganta alí mesmo. Ninguém me  impediria, não haveria  tempo, rio com escárnio de sua  expressão angústiada. - Se o seu irmão morrer a culpa será toda sua. _ ver o choque, o misto de incredulidade e sofrimento me diverte, eu gosto e pra  caralho de ver ele  assim. - Você é um irmão de  merda Dean. _ continuo porque sei onde o atingir, sei como acabar com ele  sem encostar um dedo. - Quer saber o que  vai acontecer amor? Sussurro cruel quase tocando seus lábios. -  No fim... _ faço uma pausa dramática e sorrio friamente. - Você ficará sozinho Dean. _ Eu vejo e  saboreio o preciso momento em que algo se quebra  em seu olhar o brilho de uma  lágrima  que ele  nunca permitirá cair o engolir em seco e então sua mandíbula se trava  quando ele  abre a boca numa reação de segundo de movimento a porta se abre intepestivamente.

-Elaijah teve uma idéia. _ Damon diz num fôlego só me  fazendo me  dar conta da merda que acabei de fazer ao me tirar do transe que a marca me coloca, meu peito se enche de culpa. Inferno!! Como  posso ser tão cruel !? Não dá mais, não posso ficar perto dele  não enquanto a  marca estiver comigo. Sem olhar para  mim ele  acente  para  Damon e  caminha até a porta. Nosso amigo se afasta o suficiente para que meu namorado saia de cabeça  baixa  como se fosse um derrotado do quarto. O olhar  que  Damon me  dá deixa claro, ele fez  isso pra  evitar dizermos mais coisas  ruim um pro outro. Para  evitar que eu  dissesse mais  coisas cruéis a  Dean. - Obrigado.  _ sussurro ele apenas  acente com a  cabeça uma vez  e da um leve sorriso torto que não chega a ser um sorriso de verdade.

-  Descanse um pouco, você precisa. _ eu concordo emquanto ele  fecha  a porta. Sozinha  no quanto me  dou conta de uma  certeza  irrefutável. Não importa  o que eu faça no futuro, mesmo se tudo der certo nada muda o fato de que  eu fiz  algo dentro de Dean Winchester se quebrar  hoje e eu me sinto um lixo por  isso.

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No próximo eu explico meu sumiço. Beijo gente. Até  o próximo com Dean Winchester. 😘😘

Supernatural / Epic LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora