Supernatural / Epic Love

Acabou

Helena

No momento em que senti os dentes dele cravando a carne do meu pescoço eu vi Dean correndo em nossa direção com Damon ao seu lado, suas expressões uma máscara do mais puro terror. Infelizmente todo o sofrimento dos dois a partir de agora era culpa minha e eu sentia certo alívio porque não estaria ali para presenciar. Klaus me envolve em uma abraço esquisito e repulsivo em um aperto me segurando em pé quando vacilo fraca, meu corpo começou a ficar dormente e minha cabeça pesada, minha visão desfocada. - Não! _ Dean grita a plenos pulmões. Eu sei que ele tentou, ele se esforçou muito mesmo para me salvar mas era isso.
Acabou.
Adeus Dean.

Dean

Meu coração está disparado muito mais pelo medo de perdê-la do que pela corrida desenfreada naquele momento. Eles estavam lá num tipo de altar, o filho da puta a apertava contra seu corpo sugando o sangue dela. Eu gritei por ela ao mesmo tempo que gravava na mente a cena macabra, meu irmão amarrado impotente perto de uma mulher, ele chamava por Castiel aos berros, três corpos no chão espalhados, não cheguei a ver quem eram. Crowley com Rowena presa em seu encalso ao mesmo tempo que nos aproximamos dos corpos se materializando ao lado da mulher e enfiado uma adaga no peito dela que cai morta logo em seguida. Apesar de toda minha pressa e ansiedade quando chego perto de Helena e Klaus sei que é tarde demais, ele solta o corpo desfalecido da minha namorada que cai pesado com um barulho estranho no chão. Ela estava morta e eu conseguia ver as marcas das presas que perfuraram a pele macia do seu pescoço, seu olhos estavam abertas vidrados. Klaus sai de perto dela com os dentes afiados como se tivessem crescido e rosnava como um cachorro, seus olhos mudando para um tom amarelado. Era isso? Ele conseguiu? Estava em processo de transição, isso era claro. Ele seria um híbrido e eu simplesmente não conseguia ligar para isso. Fui até ela devagar minhas pernas pesavam uma tonelada e caí de joelhos em frente ao corpo dela, trêmulo estiquei mão a parando no ar, eu não conseguia tocá-la, a sensação de ter falhado mais uma vez me consumia . Me vi perdido, afundando num torpor eu não conseguia sentir meu corpo. Sam cai ao meu lado se apoiando em mim eu me desequilíbro mas não me importo. Com a visão periférica percebo que estamos sendo rodeados por pessoas estranhas com olhos brilhando como os de Klaus. Eram lobisomens. Sinto meu cabelo ser puxado e ao olhar para cima vejo Rowena ao lado de Crowley me olhado de cima altivamente, o demônio analisava a situação ao nosso redor com o senho franzido, a bruxa da a volta atrás de mim chegando a Helena e pegando um fio do cabelo dela pouco ligando para sua morte e aquilo me deixou com raiva.

- Termine logo o feitiço mãe. Você disse que só faltava os cabelos deles para concluir.

- Eu já comecei o feitiço Fergus. _ seu tom é como se falasse com um idiota. - É um processo de qualquer forma. _ revira os olhos. - Se você olhar bem a marca. _ ela ergue o braço de Helena mostrando a marca um pouco apagada ali totalmente indiferente. - Já está saindo do braço dela. Logo ela aparecerá no corpo do seu bichinho Winchester. _ aponta para mim com a cabeça. - Espero que saiba o que está fazendo. _ encara o filho. - Ele é uma bomba relógio prestes a explodir. _ ela não estava errada. Eu realmente era, eu sabia. Sam ergue a mão chegando ao rosto dela e fecha seus olhos finalmente e eu volto a mim naquele momento. - Você tem que tirar ela daqui. _ ordeno e ele me olha sem entender me fazendo analisar seu rosto, encherguei minha própria dor estampada ali e engulo em seco. Nunca quis adimitir aquilo, mas era verdade, ele sofria porquê tanto quanto eu Sam a amava mas ao contrário de mim ele não sabia que ela voltaria a vida. Ele pensava que a tinha perdido para sempre. Eu não tinha muito tempo para pensar sobre e como aquilo de alguma forma machucava. - Ela vai voltar Sam e é só isso que você precisa saber. Agora tira ela daqui. Vai para o mais longe que puder.

- Dean!? _ ele aperta meus ombros, suas preocupações e medo são evidentes. - Diz pra mim que você não vai voltar a ser demônio. _ eu não podia fazer o que ele tava me pedindo então só implorei a ele.

- Só... a mantenha segura por favor. _ meu irmão derramava lágrimas silenciosas, apertando o maxilar negava com a cabeça. - A proteja até mesmo de mim Sammy. Prometa. _ eu precisava de algum tipo de controle sobre aquilo. Ele concorda com a cabeça sem forças para falar e solta um soluço. Nos tirando da nossa bolha Crowley mata um cara que vinha em nossa direção sem nem tocá-lo.

- A novela mexicana tava boa meninos mas precisam de foco aqui. Agora. _ haviam mais de trinta pessoas agora por toda a clareira e ao observar isso percebo que Damon não estava no meu campo de visão e aquilo me preocupou.

- Vai, pega ela. _ eu ordenei a meu irmão que imediatamente se abaixou e pegou Helena em seus braços com facilidade.

- Nos dê o tempo que puder. _ digo a Crowley.

- Se  eu fosse  você  me  apressaria. Você  não vai querer  estar  perto deles  quando a  marca  se  manifestar. _ Rowena interfere  e  engulo em seco concordando.

- Vamos. _ digo a  Sam pegando minha  arma  no cós  da  calça  a destravando, ele  me  segue  em silêncio.  Damos   poucos  passos  e  me  surpreendo com Castiel   se  materializando  a  nossa  frente  um pouco machucado  e  ensanguentado, Caim  o primeiro portador da  marca  ao seu lado do mesmo jeito.  Os  olhos  do meu amigo caem sobre  Helena  nos  braços  do meu irmão e  sigo seu olhar, ele  empalidece vacilando um passo para  trás.

- Não, não, não... Tá  tudo bem Cass. Ela vai voltar, vai ficar  tudo bem. _ o tranquilizo o segurando pelo braço.

- Ela  realmente  está portando a  marca. _  Caim parece  surpreso me  fazendo  estranhar, mas  não tenho tempo para  pensar  sobre  aquilo porque  alguns  homens  nos  atacam fazendo   todos  nós  ali lutar  defensivamente  em volta  de  Sam que  apertava  Helena  em seus  braços  de  forma  protetora. Meu braço começou a arder gradativamente onde antes era a marca, sentia uma raiva visceral que inflamava minhas veias aumentando na mesma proporção, estacando no lugar segurei meu antebraço confuso sem conseguir esconder a careta de dor ou o grunhido que escapou da minha boca. - Dean?  _ Damon que estava sumido  aparece uns passos a minha frente, atravessa a  mão no peito de  um cara que  cai inerte no chão. Para logo parar ofegante  na  minha  frente, as  sombralhas  arqueadas  de  preocupação  me  analizando, outra onda de dor e fúria me atravessam e me encolho ainda segurando o braço, urro de dor sem conseguir me conter. - Dean o que tá acontecendo? _ ele se abaixa até ficarmos com os rostos próximos e me analisa segurando meu rosto  preocupado. Eu não tinha muito tempo pra pensar alguma coisa já que estava literalmente em guerra ali e minha namorada que foi feita de mártir para um sacrifício estava agora morta nos braços  do meu irmão, porém eu sabia o que estava acontecendo comigo.

- Eu... Eu acho que é a marca, ela está voltando pra mim. _ no segundo seguinte qualquer dúvida sobre isso foi sanada quando como se estivesse sendo marcado com ferro em brasa o desenho da marca se destaca em minha pele me fazendo cair de joelhos gritando e eu apago.
Quando abro os olhos estou em pé do outro lado da clareira, corpos espalhados ao chão, a  espada  de  Caim que  Klaus  havia  tirado de  Helena em uma  mão e a  cabeça  de  Klaus  na  outra  pingando sangue  no chão.  Eu o havia  matado? Como?

                          ***