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Choveu bastante no caminho de volta para casa mas não deixei Damon parar por minha causa, quanto mais rápido chegassemos mais rápido poderia ligar para Dean e saber como andavam as coisas, chegando no bunker ele entrou com a moto direto na garagem. Estávamos bem um com o outro ao que parecia mas não tinha muito o que falarmos naquele momento, ainda  era  esquisito, fosse  como fosse. Fui direto para o meu quarto tomar um banho e ele foi para o seu próprio. Eu queria ligar para o Dean mas só faziam algumas horas que tínhamos nos despedido e eu não queria atrapalhar, decidi esperar que ele me ligasse. Meia hora depois eu me sentia revigorada depois de um banho quente e demorado e estava com um pijama levinho de calça e manga comprida rosa com pequenos pinguins estampados, não sequei meus cabelos com o secador eu sabia que iria demorar pra dormir se não conseguisse falar com Dean antes, então os deixei secar naturalmente, coloquei meias pink florescente que comprei junto com o pijama e tinha achado o máximo e pantufas também com desenhos de pinguins na cor branca, a parte boa em viver com a grana de Elaijah era que eu tinha renovado todo o meu pequeno guarda roupa com a insistência dele e da minha mãe. Eu adimiti na época que minhas escolhas eram infantis e cafonas e adimito ainda mas eu adoro então.... Fui atrás de Damon, a verdade era que eu não queria ficar sozinha comigo mesma naquele momento, porque me levaria a pensar e pensar era algo que eu não queria naquele momento, pelo menos não na conversa que tive com Dean. Na verdade não queria pensar em qualquer outra coisa que me fizesse me autodepressiar.

- Damon? _ bato na porta do quarto dele, o qual Dean havia oferecido a ele e Bonnie quando vieram passar uns dias com a gente na primeira vez. - Damon? _ tento outra vez.

- O que é chata? _ resmunga atrás de mim e dou um pulo assustada soltando um gritinho estridente colocando a mão no peito.

- Puta que pariu! Quer me matar de susto? _ acuso de cara feia, ele revira os olhos.

- Não dá idéia. _ solta sarcástico. - Ficar de babá não tem nada de interessante. Não estamos nem uma hora aqui e eu já tô completamente entediado. _ me dá as costas e o sigo pelo corredor sentindo um cheiro gostoso pelo caminho, ele tava fazendo alguma coisa pra comer eu o sigo animada, estava faminta.

- E se... _ começo mas ele para bruscamente me surpreendendo e dou um esbarrão nele que se vira rápido pra mim as sombracelhas escuras frazidas, o olho sempre entender.

- Não. _ aponta um dedo em riste. - Seja lá o que for, não. Sabe, _ ri sem humor. - por muito pouco _ junta os dedos indicador e polegar para demonstrar. - muito pouco mesmo seu namorado que a propósito é um caçador não me mata. _ enfatiza o caçador bem enérgico e o olho de olhos arregalados. - Pois é, lembra aquela vez que fugimos pra ir atrás do klaus? Você sabia que Dean me perseguiu umas 3 vezes nesse último ano quando me encontrava num bar, me lembrando exatamente desse momento? _ engulo em seco incrédula de olhos  arregalados. - Nem você nem eu vamos sair desse bunker até ele chegar. Porquê? Porque eu não quero um caçador com a marca de Caim no modo demônio assassino na minha colade novo.  Tenho coisas a fazer, coisas realmente importantes e não posso ser morto. Não agora. _ ficamos em silêncio enquanto ele me encarava intenso e eu processava suas palavras.

- OK. _ respondo simples passando por ele. Eu não tinha muito o que dizer na verdade. Sabia que a culpa era minha, eu usei a fraqueza dele a meu favor naquela época. Ele faria tudo pela Bonnie e se eu dissesse que ele teria que me matar pra poder salvá-la eu acho que ele o faria e tudo bem, porque por vezes eu pensei sobre isso. Teria sido melhor se tivesse acontecido. Se eu tivesse morrido naquela ponte como deveria ser. Nada do que aconteceu depois que eu voltei teria acontecido. Todos eles estariam bem e felizes agora. As  coisas  teriam tido um rumo diferente   pra  eles.

- Só isso? Só um ok? _ me  encara confuso.

- Uhum. _ confirmo com a  cabeça dando de  ombros e  passando por  ele indo em direção a  cozinha.

- Desde quando você  é a  garota  que  aceita  as  coisas sem questionar? _ pergunta  assim que  passa  minha  frente  andando de  costas  enquanto   analisa  meu rosto ainda sem entender, eu paro e  com toda  a  sinceridade   respondo.

- Desde que  por  minha  causa  você  perdeu as  pessoas  mais  importantes   da  sua  vida. _ ele  engole  a  saliva  e  seu olhar  de  puro entendimento me  desampara, porque senti que  ele  entedia perfeitamente como eu estava  me  sentindo   em relação   a  ele.

- Desculpe  ter te  dado as  costas. _ ele  diz  me  surpreendendo depois de  uns  minutos  de silêncio pesaroso, eu abaixo a  cabeça, a  tristeza  me  consumindo.

- Sabe  Damon, eu senti de  tudo nesses  quase  2  anos  em que  me  vi perdida  sem todos vocês.... _  procuro as  palavras certas  pra  definir  como me  sentia  mas  não sabia  exatamente o que  dizer, como dizer. -  Eu me  senti culpada  a  maioria  das  vezes, abandonada  mesmo com minha  mãe  e  Elaijah   por  perto.  Furiosa  pela  perda, com  raiva  de  mim por  ter... _  meus olhos  se  enchem de  lágrimas e minha  voz  embarga. - Por  ter  ido atrás  dela. _ ele  pisca  e  vira  o rosto para  o lado. - Eu entedi, sabe, desde o início   que  seria  muito difícil  pra  você  ficar  perto de  mim, eu mesma  não conseguia  ficar  na  minha  própria  presença. Eu quis  morrer. Várias  vezes. Só que  daí pensava  que  se aconteccece a  morte  dela  seria  em vão. _ ele  me  olha atento em silêncio. - Eu não podia  permitir   isso. Então eu aguentava  firme  o máximo que  minhas  parcas forças  me  permitiam apenas  pra  durar  até  até próximo  dia. Que  quem sabe, com sorte poderia  ser  melhor que  o anterior. _ eu ignoro seu olhar  de  piedade. -  Não me  orgulho da  minha  fraca  personalidade  em que  não aguento o tranco dessa  vida  de  merda  rodeada  pelo sobrenatural.  Mas  eu tentei do meu jeito seguir  em frente  e  sei que  você  também  do seu. Então não importa o que  você  faça  desde que  isso te  dê  forças  pra  continuar   vivendo. Porque  era  isso que  ela  iria  querer,  que  nós  esforçarmos  ao máximo pra  viver. E  eu vou fazer  isso.  _  ele  não diz  nada  e  até  penso que  talvez  não devesse  ter  dito nada, mas  me  surpreendendo   com as  mãos  na  cintura  ele  concorda  de  cabeça baixa. 

-  Que  tal uma  cerveja. _ sua  oferta  me  deixa  confusa. -  tem um bar  aqui perto. _  ergue  a  cabeça com um sorriso de lado. -  Eu não conto se  você  não contar. _  e  sei que  sua  mudança   de  assunto é  o seu jeito  de  aliviar  as  coisas, de  dizer  que vai ficar tudo bem e  aceito isso com um sorriso simples.

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Supernatural / Epic LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora