O Passado sempre volta (Mpreg) | Livro 1 - Meu coração é seu!

Capítulo Dezenove - 1°parte

Vicente Johnson:

Todos haviam ido embora e Alicia sendo arrastada por alguns policiais com ela se debatendo e pedindo ajuda para o pai que não conseguiria fazer nada, menos Felipe, que ficou para trás olhando para Milena com seus olhos profundos que encarava minha amiga com emoções complicadas.

— Senhor Almeida, por que você ainda está aqui? — Guilherme perguntou, erguendo as sobrancelhas quando o viu.

Imagino o que se passa na cabeça de Guilherme e Daniel nesse momento. Se Felipe não tivesse machucado Milena, ambos teriam tido uma boa impressão dele.

Após tal incidente, Felipe conseguiu manter a calma e o rosto. Era óbvio que ele teve a compostura para subir ao pico absoluto. Era uma pena que tal homem fosse cego e não tivesse coração.

— Presidente Browns, gostaria de falar com Milena. Por favor, concorde com isso. — Felipe disse respeitosamente aos pais de Milena, que olharam para a filha. Como ele queria falar com ela, então, naturalmente, ele teve que obter o consentimento dela.

— Tudo bem, vou falar com você. — Milena zombou e desceu do palco.

Lorenzo fechou a expressão e desceu do palco, vindo até a mesa em que estávamos, e Antônio veio logo em seguida, depois de dizer algo para os pais que assentiram.

— Não acredito que ela foi conversar com ele — Lorenzo resmungou.

— Ela sabe o que está fazendo — Manuel disse, pegando a mão do esposo. — Não adianta dar uma de irmão super protetor, ela sabe o que está fazendo.

— Lorenzo, você está sendo muito ciumento por ser irmão. Por que não cuida do seu esposo, que está esperando o bebê? — Antônio disse calmamente.

— Antônio, você está sendo muito folgado — disse Lorenzo completamente cético, cruzando os braços. — Ainda está pensando em não contar o segredo do seu trabalho maravilhoso.

— Já disse que é segredo, mas como pensa que o papai conseguiu as provas contra a família Almeida? — Antônio respondeu. — Ainda mais contra aquela Nicole. Como ela ousa difamar Milena tão abertamente achando que não teria como encontrar nada contra ela, parece até que é maluca.

Um pensamento me surgiu na cabeça ao ouvir essas palavras.

— Antônio, onde você trabalha? Tenho uma situação que seria muito boa para usar seus métodos — falei e ele me olhou curioso.

Todos na mesa estavam assim, com uma certa curiosidade, quero dizer, quase todos, menos Manuel, Lucas e Donald, que sabiam sobre  Angelo e o que ele é capaz de fazer. Pensei nos seguranças que estavam de olho nos gêmeos e em mim, como também no meu tio trabalhando para encontrar alguma coisa contra aquela cobra.

— Posso fazer isso, só preciso do nome da pessoa — Antônio falou, peguei o celular e enviei os detalhes que tinham nos documentos sobre o  Angelo e a família dele.

— Sério? Isso é tão fácil de fazer? — Lorenzo perguntou, e um certo orgulho surgiu em sua expressão ao olhar para o irmão mais novo.

— Agora está vendo do que sou capaz no que faço — Antônio falou com um enorme sorriso surgindo em seus lábios.

— Não exagera tanto — Lorenzo retrucou.

Manuel soltou uma risada roubando um pouco do prato de comida do irmão que olhou com uma expressão feia para ele.

— Sabe que tem que cuidar de mim, para que não passe vontade — Manuel falou e quando notei Donald se levantou e foi atrás de uma homem de terno vinho que estava a noite toda cantando meu amigo.