Prólogo

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Vicente Johnson:

Três anos antes:

— Então é essa a última vez que Vou estar morando nessa casa. — anunciei com as mãos trêmulas, enquanto colocava a minha mala no chão. Meu pai não disse nada. Seu silêncio era como um veneno que eu precisava engolir e então eu prossegui, vendo-o sentado no sofá com a cabeça baixa: — Estou decidido, já que vou começar a morar com o Pedro após o casamento.

— Você decidiu e mesmo que não goste daquele rapaz devo aceitar sua decisão. — Meu pai falou e sorri o agradecendo por me deixar crescer. — Ainda não creio que você vai casar e só tem dezoito anos.

— Sei que é cedo, mas amo o Pedro com todo o meu coração. — Falei. — É como você disse, os Johnsons sabem quando o amor é de verdade.

Meu pai mordeu os lábios e sei que se doeu já que segundo ele o homem que seria meu outro pai o abandonou sem nem saber que já estava vindo ao mundo. Meu pai Bill nunca revelou ou correu atrás para falar a verdade sobre o ocorrido.

— Vou ficar bem, pode confiar — Falei e já que hoje é o dia da minha mudança em definitivo.

— Só tome cuidado por causa do bebê, sei que ainda não contou nada para o Pedro sobre a gravidez. — Meu pai falou e assenti.

— Pode confiar no seu filho — Falei e sorri abrindo a porta e fui em direção ao meu carro e fui indo embora para o prédio de Pedro.

Quarenta e cinco minutos depois cheguei em frente ao portão do prédio, abro a janela do carro confirmando quem eu sou, entro na garagem desço do carro e o pior daqui é que não tem elevador na garagem, ou seja preciso ir de escada até o térreo, passar pela portaria e pegar o elevador.

Não que eu esteja reclamando, me dá tempo de bater um papo com o porteiro que tem a minha idade e se tornou um grande amigo.

Faço tudo isso e vejo meu amigo escrevendo algo em um caderno.

— Boa tarde! — Falei sorrindo para ele. – Bart, tem alguma coisa pra mim?

Lembrou de algo e balançou a cabeça positivamente.

— Sim, o Pedro chegou cedo ..... – Ele começou a falar e nem deixei ele terminar, sai correndo para o elevador. – Ele está com companhia.... – Não ouvi o que ele disse.

Pois quando o elevador abriu entrei nele, e só dei um tchau alegre da vida, não vejo a hora de contar para Pedro que vamos ter um filho. Apertei o botão do décimo quarto andar.

Estou ansioso para contar para ele.

Ainda não entendo o porquê de colocarem música nos elevadores, e o pior que o dono do prédio escolheu aquelas que todo mundo odeia, que sempre grudam na cabeça.

Dei graças a Deus quando as portas do elevador abriram, sai bem rápido em direção ao meu apartamento, retirando minha chave do bolso da calça, e no momento que coloco a chave na porta e a abro, e passo para o lado de dentro para contar a grande novidade ao meu noivo que em algumas horas será meu esposo.

Pelo menos foi isso o que eu pensei, até estagnar completamente na porta do nosso banheiro.

No início, não tive reação. Demorei alguns segundos para reconhecer o meu melhor amigo, que havia acabado de colar sua boca na de um Pedro.

Os dois debaixo do chuveiro. Ele ainda estava vestido, mas Pedro estava sem camisa e com o corpo caindo em cima de Ângelo.

Dei um passo à frente e parei, mas devo ter feito algum barulho, porque ele abriu os olhos e me fitou. Vi um sorriso surgir e desaparecer de seus lábios, antes do Pedro notar algo de errado e cambalear para o lado, tentando escorar-se na parede.

O Passado sempre volta (Mpreg) | Livro 1 - Meu coração é seu!Onde histórias criam vida. Descubra agora