Capítulo Sete

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Vicente Johnson:

Chegando na creche das crianças já corri para dentro atrás das crianças que estavam na sala de aula brincando com os seus amigos. Batendo na porta e ambos se viraram para mim com enormes sorrisos ao me verem, pegaram suas mochilas vindo na minha direção abracei ambos em um enorme abraço.

— Papai — Eles falaram alegres.

— Oi, meus amores — Falei levantando com ambos se segurando em meus ombros. A professora acenou para mim. — Como se comportaram na escola?

— Foram os anjos só ficaram meio manhosos no início depois que os deixou, mas consegui resolver — Ela disse e apontou para o boneco que Otávia segurava firmemente. — Como sempre digo um show de fantoches resolveu.

Entreguei para as professoras e me despedir, indo para o carro com delicadeza os coloquei na cadeirinha.

Antes que voltasse a ligar o carro, ao mesmo tempo que Pedro se encostou na lateral da janela do motorista e dei um pulo no lugar. Olhei para trás vendo que os gêmeos estavam entretidos com os seus bonecos.

— O que está fazendo aqui? — falei friamente.

— Estou vindo em um sinal de paz — Ele disse e levantou um pequeno pedaço de papel. — Eu sei que me odeio pelo que aconteceu a três anos atrás, mas tenho uma explicação para o que aconteceu e ainda posso provar que fui usado.

Levantei uma sobrancelha e balancei a cabeça em negação.

— Pedro, não quero discutir aqui em frente a creche dos meus filhos e ainda pior com ambos no banco de trás podendo ouvir tudo — Falei estalando a língua. — Em menos de vinte quatro horas já discuti com você e com o  Ângelo, preciso de um tempo.

Ele me olhou com suas feições mudando para de descrença e mordeu os lábios com força e vi uma raiva genuína surgindo em seus olhos que fiquei surpreso com esse fator.

— Me diga que ele não causou nada a você? — Pedro perguntou.

— Só me disse para ficar longe de você, ele deveria saber que não tenho medo dele — Falei e revirei os olhos.

— Vicente, ele é uma pessoa perigosa — Pedro disse e olhei para ele atentamente.

— O que você… — Parei de falar e comecei a ver que estava atrasado. — Vou levar as crianças para casa.

— Espera…eles são meus? — Pedro perguntou.

— Eles são só meus — Respondi ligando o carro e ligando a ignição, saindo o mais rápido da creche. Pelo retrovisor vendo Pedro olhando para o carro com uma expressão de tristeza.

O que teria para explicar? Daquela cena que presenciei a três anos atrás.

Mandei a memória para o fundo da mente, quero ser alguém capaz de esquecer o passado, posso parecer emocionalmente vulnerável e estar lutando para superar os eventos dolorosos que experimentei. A superação de tais desafios pode ser um processo difícil e demorado, mas a ajuda dos meus amigos e familiares foi benéfico para mim que busca seguir em frente.

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Em casa troquei a roupa dos gêmeos e dei um banho, voltando para a casa de Stefano que estava em choque com alguma coisa.

— O que o Donald fez? — perguntei para Milena.

Ela pegou Otávia e deu um beijinho na bochecha dela e fez o mesmo com Gabriel que começou a olhar ao redor com olhos brilhantes até parar em cima de Stefano com seus cabelos rosas.

O Passado sempre volta (Mpreg) | Livro 1 - Meu coração é seu!Onde histórias criam vida. Descubra agora