Capítulo Oito

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Vicente Johnson:

As crianças dormiram de imediato assim que as coloquei na cama para sua soneca da tarde, ambos segurando a mãozinha um do outro que tirei uma foto para o álbum que fiz deles.

Os outros foram embora e fiquei sozinho para colocar uma série que estou querendo assistir, para que isso aconteça fiquei até longe das redes sociais que mais podem ter qualquer spoiler.

Até que gostei bastante do gênero da série até onde consegui assistir até que ouvi um resmungo da babá eletrônica, levantei vendo que Gabriel estava se mexendo para levantar do berço.

Pegue o mesmo no colo que se aconchegou contra meu peito e voltou a adormecer lentamente, ficando mais alguns segundos com ele até que o levei de volta para o berço com toda a delicadeza.

Voltei para sala e levei um susto quando meu interfone tocou e corri para atender, olhando para ver se as crianças não haviam acordado.

— Alô — Falei.

— senhor Johnson — O porteiro falou e fiz uma careta, praticamente temos quase a mesma idade. — Tem um moço e uma moça querendo falar com você aqui na portaria, mas lembro que disseram para ficar de olho caso ele fosse estranho. É um daquele grupo que veio ontem.

— Quais são os nomes dele? — perguntei, mesmo sabendo a resposta.

— Um tal de Pedro Lewis e a irmã dele, Ava Lewis — o porteiro falou.

— Não quero ver ninguém, mas…. — Comecei e o porteiro me cortou.

— Senhor Johnson, a moça disse que tem que conversar com você o mais urgente possível — O porteiro disse. — Ela disse que tem provas do que aconteceu a três anos atrás, foi tudo armado.

— Eu…. — Comecei e ouvi uma confusão do outro lado e a voz do porteiro sumiu.

— Vicente, aqui quem fala é a Ava — A voz feminina disse do outro lado me fazendo mordeu o lábio com força. — Temos provas que meu irmão foi tanto uma vítima como você.

— Ava, eu sei muito bem o que vi — Falei.

— Não, estou dizendo, mas lembra de ter sentido um cheiro estranho ou meu irmão tendo dificuldades para se manter em pé — Ava disse. — Se não acredita, pelo menos veja os exames que fiz no meu irmão ou até o que vários outros médicos fizeram para provar. Meu irmão foi drogado com uma mistura de afrodisíacos e vários remédios, por sorte consegui tirar do seu metabolismo.

Lembrei do passado e do cheiro que senti por alguns segundos no banheiro e de como parecia que  Angelo estava fazendo mais força para manter Pedro em pé debaixo do chuveiro ou como Pedro mau conseguiu se mover até mim com uma certa dificuldade.

— Eu vou conversar com você e ver as suas provas — Falei depois de segundos em silêncio. — Sei que você é uma pessoa completamente honesta e honrada. Só com você e se ver a verdade vou conversar com Pedro, mas diga a ele que não desejo vê-lo.

— Eu agradeço — Ava falou. — Vou informar isso ao meu irmão.

Desliguei o interfone depois de liberar o acesso para o porteiro.

**********************

Minutos depois estava olhando para a irmã mais velha de Pedro e ao lado minha prima que estava desconfiada da situação.

Antes de me envolver com Pedro, já sabia da existência de Ava, que era como a criança estrela da família sendo uma médica renomada e que era colocada em um pódio por todos.

O que me surpreendeu de início foi que ela era quase uma cópia da mãe.  Pensando em todos os tipos de coisas que me aconteceram, Ava era uma amiga desde que nós nos conhecemos, mas o que posso  fazer naquela época que fui embora, tinha sentimentos raivosos e ilusórios sobre o que havia visto.  Não era nojento ou raiva dos membros da família Lewis, mas absolutamente não queria ver aquelas pessoas que estavam ligadas a quem havia me magoado.

O Passado sempre volta (Mpreg) | Livro 1 - Meu coração é seu!Onde histórias criam vida. Descubra agora