Capítulo Quarenta e Dois

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Vicente Johnson:

Normalmente, eu odiava as manhãs de domingo, especialmente com a hipótese de poder dormir à vontade, já que os gêmeos demoravam para se levantar. Mas esta manhã estava ótima, decidi, sonolento, empurrar meu rosto contra o travesseiro quente e agradável que cheirava ridiculamente bem.

Alguém acariciou minha cabeça, os dedos raspando agradavelmente contra meu couro cabeludo.

— Já são quase sete horas, Vicente. Acorde. — disse Pedro com sua voz perto do meu ouvido.

— Não. — murmurei, ouvindo sua suave risada.

— Então, pelo menos me deixe ir para arrumar o quarto antes que os gêmeos venham te acordar e ainda temos que nos limpar — Pedro disse.

Franzi a testa, abri os olhos turvos e vi um peito largo e musculoso, que aparentemente estava sendo usado como meu travesseiro. Pisquei, pensei por um momento e depois fechei os olhos novamente. Haveria tempo de sobra para eu precisar me levantar.

Agora me sentia muito bem e sonolento para fazer qualquer coisa, e isso estava sendo ótimo para mim.

— Vicente. — Pedro falou.

— Só mais alguns minutinhos, Pedro. — murmurei. — Vamos voltar a dormir por mais vinte minutos, os gêmeos vão demorar a levantar.

— É difícil tentar dormir quando você está esparramado em cima de mim. — Ele disse, com a voz extremamente seca.

Suspirei e depois levantei a cabeça um pouco. Olhei sonolento na direção dele, que estava me olhando com leve divertimento.

— Eu não sabia que você era um abraçador. — Ele disse com um sorriso. — Não conseguia respirar quando acordei e te vi todo agarrado em cima de mim, imagino. Agora sabemos de onde vem o jeito todo manhoso dos gêmeos.

Resmungando, abaixei a cabeça no peito dele. Estava na posição perfeita nesse momento.

— O que foi? — Pedro disse, enfiando os dedos pelos meus cabelos. Quase gemi. O toque dele era tão bom, mas realmente não estava ajudando na situação.

— Eu me sinto como um colegial com uma paixão. — resmunguei. Os dedos dele continuaram a fazer carinho em meus cabelos lentamente. — Acho que vou me acostumar a acordar ao seu lado todos os dias.

Pedro soltou uma risada enquanto me aconchegava ainda mais perto de seu peito, abraçando sua cintura. Ele me deu um beijinho na testa.

— Pode aproveitar, eu cuido das crianças depois que eu tomar um banho — Pedro disse, levantando-se. — E ainda tenho que tomar um banho e trocar os lençóis para você.

Ele saiu andando para fora do quarto depois de colocar uma cueca e recolher suas coisas do chão. Fechei os olhos por mais alguns segundos.

Pedro retornou ao quarto após o banho, vestindo uma camiseta confortável e calças jeans. Ele sorriu ao me ver ainda deitado na cama.

— E aí, dorminhoco, está pronto para começar o dia? — disse Pedro, com um tom brincalhão.

Ainda sonolento, eu bocejei e me espreguicei, sentando-me na cama.

— Acho que sim, mas confesso que preferia continuar aqui um pouco mais. — respondi com um sorriso.

Pedro se aproximou e me deu um beijo suave nos lábios.

— Eu também queria ficar, mas os pequenos estão agitados lá embaixo e precisamos preparar o café da manhã. Vamos dar conta disso juntos. — sugeriu ele.

Concordei e levantei-me da cama, indo tomar banho e logo em seguida seguindo Pedro para a cozinha. No caminho, ele passou os braços ao redor da minha cintura, e eu repousei minha cabeça em seu ombro, aproveitando o carinho.

O Passado sempre volta (Mpreg) | Livro 1 - Meu coração é seu!Onde histórias criam vida. Descubra agora