Vicente Johnson:
Normalmente, eu odiava as manhãs de domingo, especialmente com a hipótese de poder dormir à vontade, já que os gêmeos demoravam para se levantar. Mas esta manhã estava ótima, decidi, sonolento, empurrar meu rosto contra o travesseiro quente e agradável que cheirava ridiculamente bem.
Alguém acariciou minha cabeça, os dedos raspando agradavelmente contra meu couro cabeludo.
— Já são quase sete horas, Vicente. Acorde. — disse Pedro com sua voz perto do meu ouvido.
— Não. — murmurei, ouvindo sua suave risada.
— Então, pelo menos me deixe ir para arrumar o quarto antes que os gêmeos venham te acordar e ainda temos que nos limpar — Pedro disse.
Franzi a testa, abri os olhos turvos e vi um peito largo e musculoso, que aparentemente estava sendo usado como meu travesseiro. Pisquei, pensei por um momento e depois fechei os olhos novamente. Haveria tempo de sobra para eu precisar me levantar.
Agora me sentia muito bem e sonolento para fazer qualquer coisa, e isso estava sendo ótimo para mim.
— Vicente. — Pedro falou.
— Só mais alguns minutinhos, Pedro. — murmurei. — Vamos voltar a dormir por mais vinte minutos, os gêmeos vão demorar a levantar.
— É difícil tentar dormir quando você está esparramado em cima de mim. — Ele disse, com a voz extremamente seca.
Suspirei e depois levantei a cabeça um pouco. Olhei sonolento na direção dele, que estava me olhando com leve divertimento.
— Eu não sabia que você era um abraçador. — Ele disse com um sorriso. — Não conseguia respirar quando acordei e te vi todo agarrado em cima de mim, imagino. Agora sabemos de onde vem o jeito todo manhoso dos gêmeos.
Resmungando, abaixei a cabeça no peito dele. Estava na posição perfeita nesse momento.
— O que foi? — Pedro disse, enfiando os dedos pelos meus cabelos. Quase gemi. O toque dele era tão bom, mas realmente não estava ajudando na situação.
— Eu me sinto como um colegial com uma paixão. — resmunguei. Os dedos dele continuaram a fazer carinho em meus cabelos lentamente. — Acho que vou me acostumar a acordar ao seu lado todos os dias.
Pedro soltou uma risada enquanto me aconchegava ainda mais perto de seu peito, abraçando sua cintura. Ele me deu um beijinho na testa.
— Pode aproveitar, eu cuido das crianças depois que eu tomar um banho — Pedro disse, levantando-se. — E ainda tenho que tomar um banho e trocar os lençóis para você.
Ele saiu andando para fora do quarto depois de colocar uma cueca e recolher suas coisas do chão. Fechei os olhos por mais alguns segundos.
Pedro retornou ao quarto após o banho, vestindo uma camiseta confortável e calças jeans. Ele sorriu ao me ver ainda deitado na cama.
— E aí, dorminhoco, está pronto para começar o dia? — disse Pedro, com um tom brincalhão.
Ainda sonolento, eu bocejei e me espreguicei, sentando-me na cama.
— Acho que sim, mas confesso que preferia continuar aqui um pouco mais. — respondi com um sorriso.
Pedro se aproximou e me deu um beijo suave nos lábios.
— Eu também queria ficar, mas os pequenos estão agitados lá embaixo e precisamos preparar o café da manhã. Vamos dar conta disso juntos. — sugeriu ele.
Concordei e levantei-me da cama, indo tomar banho e logo em seguida seguindo Pedro para a cozinha. No caminho, ele passou os braços ao redor da minha cintura, e eu repousei minha cabeça em seu ombro, aproveitando o carinho.
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O Passado sempre volta (Mpreg) | Livro 1 - Meu coração é seu!
RomansaNa noite antes de seu casamento, Vicente descobriu que seu até então "noivo" Pedro o traiu com Angelo seu até então "melhor amigo". Devastado e com o coração em pedaços, fugiu na mesma noite com um sentimento que irá moldar seu futuro. Vicente esco...