Better

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— Minha mãe morreu quando eu tinha 16 anos e Lisandre 6 anos. Isso mudou tudo.

Sua expressão enrijeceu.

— Meu pai não conseguiu lidar com a pressão e nos abandonou.
— Que triste!

Disse ela, sem imaginar como pais podiam abandonar seus filhos.

— Meu avô entrou em cena e foi maravilhoso. Comigo foi tudo bem, mas foi mais difícil para Lisandre. Havia a grande diferença de idade entre nós. Éramos muito próximos até meu pai partir. Depois disso começamos a nos distanciar.

Ela tomou um gole da cerveja.

— Talvez ele tenha se ressentido por eu ter assumido o comando e mostrado autoridade. Não sei. Quanto mais velho ele ficava, menos nos dávamos bem.

Algo sobre a maneira como Sam contou a história a fez se sentir mal.

Era como se tivesse arrependimentos e ainda a machucassem.

Mas antes que ela pudesse pensar o que perguntar, a campainha tocou.

Sam olhou para o relógio.

— Bem na hora.

Disse enquanto se erguia.

— Venha. Você vai gostar.

Mon não fazia ideia sobre o que ela estava falando, mas o seguiu até o saguão. Ela abriu a porta e cumprimentou um homem baixo, de meia idade, carregando uma grande maleta.

— Mon, este é Frank Gaston. É dono da Gaston Jewelry.
— Senhor Gaston.

Disse ela, cumprimentando o homem.
O sr. Gaston sorriu-lhe e, em seguida, virou-se para Sam.

— Ela é muito bonita. Espero que sejam muito felizes.

Sam sorriu para Mon.

— Tenho certeza que seremos.

Caminhou para a sala de jantar e indicou para o homem colocar a maleta sobre a mesa.

— Pedi para o senhor Frank trazer uma coleção de anéis de noivado. Pensei que seria mais fácil do que ir a uma loja juntas.

Aproximando-se dela, baixou o tom de voz.

— Não se preocupe. Não precisa usar o anel até decidirmos o que dizer à sua família.

Mon apenas assentiu com a cabeça, porque falar era impossível.

Sam estava lhe comprando um anel de noivado?

Ela só estava grávida desde aquela manhã. Certo, desde que fora para a cama com Lisandre, mas só tomara conhecimento do fato há 14 horas.

Tudo estava acontecendo rápido demais. Sentia como se estivesse vivendo a vida em câmera acelerada. Queria retardar as coisas e fazer sua cabeça parar de girar, mas o sr. Gaston já estava abrindo a maleta e perguntando se ela sabia qual era a medida do seu dedo.

— Dez, eu acho.

Respondeu, lutando contra o desejo de esconder as mãos atrás das costas.

Se não aceitasse um anel, talvez nada daquilo realmente acontecesse.

Mas então o sr. Gaston entregou-lhe uma aliança simples e ela se viu deslizando-a no dedo.

A aliança passou pela sua junta, mas o ajuste era apertado.

— Dez e meio.

Disse o homem. Enquanto Mon o observava, ele vasculhava através de estojos de anéis de diamante, que reluziam, cintilavam e pareciam muito grandes e impressionantes.

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