Every Kind Of Way

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UMA SEMANA depois, Mon sentou-se no escritório de Sam e fingiu repassar a lição de casa. Ela havia trazido alguns relatórios para casa que precisavam ser conferidos, antes da manhã do dia seguinte, de modo que Mon se unira a ela, sob o pretexto de terminar o dever de casa.

Na verdade já havia terminado, mas queria ficar perto dela e não conseguia pensar em outra desculpa.

Alguma coisa havia mudado entre elas, pelo menos para ela, e ainda estava tentando descobrir o quê.

Poderia identificar a data exata em que tudo começara a mudar, fora na tarde, após a sua primeira consulta médica. Às vezes, pensava que era porque Sam a beijara de uma maneira como ela nunca havia sido beijada antes.

Não que o estilo fosse muito diferente.

Mas era a sua própria reação que lhe roubava o sono à noite. Outras vezes, dizia a si mesma que, embora o beijo tivesse sido bom, não significara tanto assim. A verdadeira ligação ocorrera quando revelaram uma a outra não estarem realmente preparadas para terem um bebê juntas.

Que aquela situação não era apenas uma questão de logística e detalhes, haveria uma outra vida envolvida.

Riram juntas, entraram em pânico juntas e encontraram conforto na partilha da experiência. Fosse qual fosse a causa, Sam já não era apenas a irmã mais velha de Lisandre, a mulher que estava sendo gentil com ela em circunstâncias desesperadoras.

Ela era ela.

Alguém que ela gostava e respeitava.

Alguém capaz de deixá-la excitada apenas com um sorriso.

Agora, em sua mente havia vários dilemas, pensou, enquanto a fitava do canto do sofá de couro.

Algo mudara para ela?

Sam continuaria a vê-la apenas como um problema a ser resolvido ou uma pessoa de verdade?

Sabia que gostava dela, mas queria mais do que isso.

Queria que a achasse sexy, atraente e excitante. Mon suspirou.

Era capaz de se tornar relativamente atraente em um bom dia, mas sexy e excitante não eram palavras normalmente usadas para descrevê-la. Havia também a diferença de idade.

Sabia que estava ciente disso.

Sam a acharia jovem demais?

Julgava estar fazendo um bom trabalho em se refrear perto dela, mas isso era só a partir da sua perspectiva.

Então, o que pensaria? Sua mãe sempre lhe dissera que era muito melhor perguntar do que deduzir, que ser direta era a melhor maneira de fazer um relacionamento dar certo. O conselho soava bom, mas a ideia de colocá-lo em prática a aterrorizava.

Desejar e sonhar era totalmente seguro.

Agir era completamente diferente.

E se a rejeitasse por completo?

E se a achasse uma estúpida?

E se risse dela? Sam olhou para cima e a surpreendeu olhando para ela.

— O que foi?

Perguntou, erguendo as sobrancelhas escuras.

— Nada.
— É alguma coisa. Você estava fazendo careta.

Ela sorriu.

— Eu não. Não é atitude de uma dama, e fui criada para ser uma dama.
— Tudo bem. Estava pensativa. Quer me dizer por quê?

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